terça-feira, 21 de agosto de 2012

SINAIS DOS TEMPOS

          Embora a bíblia declare que a data da segunda vinda de Cristo seja além do conhecimento humano, dá sinais que anunciam aquela vinda, para que os cristãos possam ser alertados para os tempos em geral. 
          E mais, adverte os crentes a se despertarem ao ver tais sinais. Ele deu vários sinais, uns em gerais em natureza, e outros bem específicos. Muitos dos sinais se encontram em Mateus 24:6-12, tais como: "guerras e rumores de guerras", fome e terremotos", perseguição de crentes, traição por amigos, a aparição de falsos profetas, e a multiplicação de iniquidade. Estes sinais são do tipo geral e já apareceram em várias épocas através da história desde a primeira vinda de Cristo.
Todos existem hoje em dia, nesta última metade do século vinte, provavelmente num grau mais evidente que em qualquer outra época.

          Um sinal específico, que certamente é mais marcante agora que em qualquer outro século, é a apostasia dentro da chamada igreja cristã. Paulo, escrevendo a Timóteo, disse: que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de  demônios" (1 Tm. 4.1). Ele também disse que nos últimos dias os homens seriam " antes amigo dos prazeres que amigo de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder" (2 Tm. 3:1-5). Séculos anteriores já conheceram uma certa apostasia, na medida que pessoas se desviaram da fé verdadeira, mas não no grau de hoje existente. Esta apostasia não se refere meramente a assuntos secundários, mas ao tema central; a natureza sobrenatural de Cristo e da bíblia. Muitos afirmam hoje em dia que Cristo era somente um homem, embora um homem marcante, e a bíblia um simples produto humano, embora um produto de excepcional valor. Esta forma liberal de teologia iniciou-se com o Racionalismo alemão que passou pela Inglaterra, depois aos Estados Unidos, invadindo o mundo inteiro. Seminários teológicos, igrejas individuais, e até denominações inteiras já caíram ante  a sua onda avassaladora. Nunca antes na historia havia acontecido algo semelhante na área da teologia. Certamente é um sinal da proximidade dos eventos dos últimos tempos.

 CLARO SINAL DE ISRAEL

          O sinal mais claro do retorno de Cristo é o moderno estado de Israel. As escrituras ensinam que, nos últimos dias, judeus voltarão a sua terra em grande número, com o conseguinte restabelecimento do seu estado soberano. (Isaías 11:11,12). "Naquele dia o Senhor tornará a estender a mão para resgatar o restante do seu povo, que for deixado... levantará um estandarte para as nações, ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá recolherá desde os quatro confins da terra".

          O primeiro retorno implicado nesta passagem foi da Babilônia em 538-537 a.C., quando o povo de Judá voltou à Palestina de uma direção, o leste. Mas o segundo retorno, diz o profeta, será dos "quatros confins", ou das quatros direções. Nenhuma instância de tal retorno aconteceu até o século vinte, que significa que o retorno agora testemunhado deve ser o profetizado. E Judeus têm retornado nestes dias de todas as quatros direções. Já vieram de aproximadamente cem países.
          As Escrituras também dizem que, uma vez de volta à terra, o povo não será mais forçado a sair. Amós diz: "Mudarei a sorte do meu povo Israel... planta-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o Senhor teu Deus"( Am. 9:14,14). Visto que os judeus foram novamente arrancados da palestina após o primeiro retorno, o retorno que Amós predisse deve ser o atual, o predito por Isaías. Portanto, é bem provável que a nação de Israel agora existente permanecerá, e que este retorno seja realmente a votta permanente que as escrituras dizem proceder o começo dos eventos dos últimos dias.

          O cumprimento destas promessas acerca de israel começou a ocorrer no fim do século dezenove. Sionismo, o movimento que tem influenciado a presença existência de Israel como estado, iniciou sob a direção  de Dr. Theodore Herz. Começando em 1897, uma série de congressos sionistas se realizou para descobrir meios para criar uma terra natal para judeus na Palestina. A grande maioria de judeus permaneceu fora da terra desde o tempo  em que por duas vezes as legiões romanas esmagaram rebeliões judaicas, 70 d.C. Poucos se conseguiu através destes congressos até que o General Allenby, da Grã-Bretanha, conquistou a Palestina como parte do plano dos Aliados durante a Primeira Guerra Mundial. A Turquia tinha o controle da terra desde os tempos do seu império Otomano, e se opôs à ideia da Palestina tornar-se a terra natal dos judeus. Na época da vitória de Allenby, a atitude da Grã-Bretanha era bem diferente e foi expressa numa carta oficial escrita por Lord Balfou.

          "O Governo da Sua Majestade vê favoralmente o estabelecimento na Palestina de uma terra natal para o povo judaico, e fará o desempenho deste objetivo, como o entendimento que será feito para prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas já existentes na Palestina, ou os direitos e status político gozado pelos judeus em qualquer outro país."

          O controle da terra da Palestina por um governo simpático ao Sionismo encorajou os judeus no mundo inteiro, e nos vintes anos seguintes a população judaica na Palestina aumentou muito. Em 1882, havia aproximadamente 24 mil judeus na Palestina, de uma população de 624 mil habitantes. Em 1914, sob o ímpeto dos congressos sionistas, este número subiu para 85 mil judeus. Em 1936, 404 mil; e em 1948, quando o moderno estado nasceu, 650 mil judeus.

          Este crescimento não foi sem oposição da população árabe. Os antigos habitantes viram a sua influência diminuir sob a atividade mais enérgica dos judeus. O atrito entre o grupo aumentou com o passar dos anos. Em 1939, a política Britânica para com os judeus foi alterado oficialmente e as cotas de imigração limitadas severamente. Sentiu-se esta mudança especialmente após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando tanto judeus, querendo fugir da Alemanha após a atrocidade nazistas, queriam entrar na Palestina. Navios carregados deixaram portos sul da Europa, os passageiros esperando entrar, de algum modo, na terra da promessa, mas a maioria ficou frustada. Havia uma severa disputa na terra, com os Britânicos tentando manter a nova política, e os judeus tentando sabotá-la. Finalmente a ONU tentou solucionar o problema com um plano de partição. Áreas de população principalmente judaica foram identificadas e designadas como pertencendo aos judeus, e o restante da Palestina entregue a Jordânia. As Nações Unidas votaram no dia 29 de novembro de 1947, a votação sendo de 33 a 10, com 10 abstenções, em favor do plano. Agradou os judeus, mas os árabes não ficaram satisfeitos, uma vez que queriam que os judeus nada receberam. Como resultado, o árabes iniciaram uma guerra planejada numa proporção nunca vista antes. Seguiram seis meses de ataques e retaliações, com a consequente perda de muitas vidas e muitas propriedade. Finalmente a Grã-Bretanha se retirou de cena em 14 de maio de 1948. Nesta data os judeus se declararam um Estado Soberano, de acordo com o voto das Nações Unidas.

          Com esta declaração de independência, a luta se intensificou. Os árabes estavam dispostos a forçar todos os judeus a sair a tirá-los no  Mar Mediterrâneo - como eles mesmo diziam. Os britânico em virada estavam convencidos que isto aconteceria de fato, mas não aconteceu.
Embora tropas do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque tivessem entrado formalmente na luta, os judeus teimosos, lutando por seu sonho multicentenário, conseguiram conter o ataque e aos poucos começaram a ganhar em várias frentes de batalhas. Então virou-se o jogo, e Israel, após uma série de cessar-fogos, sempre rompidos pelos árabes, apossou-se de grande área de terra que fora designada aos árabes. O resultado foi que, quando uma nova linha foi demarcada, as fronteiras includiram muito mais território para Israel que da primeira demarcação. Estas fronteiras continuaram até a Guerra de Seis Dias em 1967, quando Israel capturou mais grandes áreas de terras árabes. Aproximadamente 13 mil quilômetros estavam incluídos na porção designada depois de 1948; e aumentou em quatro vezes após 1967. O premio mais importante da Guerra de Seis Dias foi a posse de toda Jerusalém, com o acesso ao lugar sagrado, o Muro de Lamentações, além do controle sobre a área do Templo. Isto os levou a um passo mais próximo para a prometida construção do Templo. O moderno estado de Israel agora é uma realidade no mundo. O aluno de profecia não mais precisa dizer que vai acontecer algum dia, mas que já aconteceu. É um dos sinais mais claro e inconfundíveis de que os eventos dos últimos dias estão próximos. Deve-se, contudo, ter cuidado, evitando especificar demais. Deve se perceber que o cronograma divino podia pedir que Israel ficasse na terra por muitos anos antes da consumação do século. Mas com a nação definitivamente lá, e com muitos fatores relevante lá, e com muitos fatores relevantes a ela se encaixando com as condições declaradas nas Escrituras acerca dos últimos dias, como veremos, podemos crer seguramente que a vinda de Cristo não está muito longe.

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