segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012


Unidade no corpo de Cristo




CRISTO DEU EXEMPLO DE UNIDADE

Texto Bíblico: Filipenses 2.1-5


Cristo deu o exemplo de unidade. O verbo se fez carne e habitou entre nós. Por que habitou entre nós? Por que Deus não mandou Jesus direto para o Calvário? Ele ficava lá tomando suco de laranja, no céu, tranquilo e na hora certinha Deus mandava, e ele vinha direto para o Calvário, na hora certinha, e o mundo estava salvo. Se Jesus viesse direto para o Calvário não faria diferença para você. Porque o sangue seria derramado. Ele seria entregue em sacrifício vivo, estaria morto e estaríamos todos salvos. Mas ele nasceu da virgem e cresceu como uma criança. O verbo habitou entre nós. Sabe para quê? Para que a experiência dele, andando com a gente, nos convencesse de que O PROJETO DE DEUS É QUE ANDEMOS JUNTOS. A experiência de Cristo, o exemplo do amor de Cristo, enquanto Ele andava, Paulo vai dizer assim: “consolação de amor”. E enquanto ele andava, ele curava. Enquanto ele andava, libertava pessoas endemoninhadas porque É IMPOSSIVEL CAMINHAR JUNTO SEM AMAR. É A CAMINHADA QUE NOS FAZ AMAR. Tem gente que pensa assim: “Eu só posso caminhar se eu amo. Acha que é o amor que faz você caminhar junto, mas é a caminhada que nos faz amar um ao outro. Sabe por quê? Porque quem caminha junto conhece e ninguém pode amar quem não conhece. Sabe disso? Você pode admirar quem você não conhece. Você pode achar legal quem não conhece, mas amar você só pode amar quem você conhece.

1- FAZENDO ALIANÇAS DE AMOR

É quando você caminha junto que você conhece. Isso é muito interessante quando a gente pensa no casamento. Sabe por quê? O camarada namora, e o namoro é tranquilo. O namoro é beleza, o namoro é só coisa boa. Por exemplo: dificilmente o namorado vê a namorada despenteada. E a namorada não vê a unha encravada do namorado. O pé do namorado dentro do tênis, que está sempre brilhante, mas lá dentro do tênis está úmido e com unha encravada. Mas isso ela não vê. E a namorada passa um negócio no cabelo que congela o cabelo, são os artifícios. A namorada coloca o cabelo do jeito que ela quer e coloca esse negócio no cabelo. Pronto! Congelou. Só não pode chover, se chover complicou. Namoro é tranquilo. Aí namora, gosta um do outro, fica gostando muito, aí noiva. Noivou e pensa que tem que comprar uma aliança, mas tem é que fazer uma aliança. Comprar aliança é beleza. O problema não é comprar a aliança, o problema é a aliança que você fez. Aí ficou noivo. Aí marca o dia do casamento, às vezes com um ano de antecedência. Tem gente que às vezes marca com cinco anos de antecedência. (Conheci uma pessoa que namorou oito anos e noivou quatro anos. Ainda bem que conseguiu se casar. Já pensou se não se casasse?) Aí se casou, tirou o tênis. O que é que a mulher viu? A unha encravada. Casou-se, na primeira chuvinha o penteado cai. Aí ele vê o spray e diz: “Bendito seja o Senhor por esse spray”. Aí é que ele vai conhecer. Amadurecer os sentimentos, chamado amor. Você vai conhecer as manias. Ele vai poder comer de boca aberta, quando era namorado ele se esforçava e comia com a boca fechada. Aí, casado, ele vai poder comer com a boca aberta. Aí você vai ter que conviver com aquele camarada. A pessoa na hora de escovar os dentes ao invés de apertar a pasta de dente no finalzinho espreme com força, e você tem que limpar a pia toda, parece até que a pia vai escovar os dentes também. Depois de 22 anos de casado eu poderia fazer uma lista enorme de coisas que a minha esposa viu de mim, depois que ela se casou comigo. Por difícil que seja a coisa que você conhece da pessoa com quem você caminha junto, é a verdade da vida dela que você começa a amar, descobrir que você ama mesmo a pessoa. Aí você ama mesmo, se estiver careca você ama, você vai desencravar a unha dele se for preciso, e você vai porque você ama. Porque a caminhada aconteceu. Então JESUS CAMINHAVA E AMAVA. E tinha uma criancinha e amava. E tinha uma mulher com problemas e Ele amava. E como é que Ele amava gente? Quantas poesias de amor os evangélicos têm registradas que Jesus fez e declamou para as pessoas? Quantas? Nenhuma. Amar não é fazer poesia. Poesia é moleza. AMAR É AGIR EM SACRIFÍCIO DA PESSOA. A pessoa estava doente e Jesus curava. Estava atormentada por um espírito maligno e como é que Jesus amava? Libertava. PARA QUÊ, ELE FEZ ISSO? PARA NOS DAR O EXEMPLO DE QUE NA IGREJA DELE NÓS DEVEMOS ANDAR JUNTOS E TEMOS DE NOS AJUDAR OBJETIVAMENTE NA PRÁTICA E NÃO NA TEORIA.

2- VIVENDO A ALEGRIA DA COMUNHÃO

O que é que seu irmão precisa? É também encorajamento do Corpo de Cristo. Olha que coisa interessante que Paulo diz aqui. Se há alguma comunhão do Espírito. E agora nós estamos em comunhão. A igreja está em comunhão e isso nos revigora. Já pensou se tem uma fogueira e a gente tira uma brasa vermelhinha da fogueira o que é que vai acontecer com ela? Vai apagar, mas enquanto ela estiver na fogueira ela gasta todinha, mas não apaga. É assim também na igreja. Ah, eu sou crente, vai apagar, porque se tirar da fogueira vai apagar, pode enganar quem você quiser, até você mesmo, mas vai parar de orar. Sua oração vai ser igual que nem comprimido, analgésico, remédio que basta três vezes ao dia nas refeições. É assim que você vai começar a orar. Vai parar de ler a Bíblia. Vai ler a Bíblia sabe quando? No Natal. Vai ser assim. Devagar vai esfriando, esfriando. Aquele que já saiu da igreja e voltou é testemunha que esfria.
Ah, não. Eu não preciso de igreja, eu sou crente. Igreja coloca uma coisa dentro da sua cabeça. Igreja não é invenção de homens, igreja nasceu no coração de Jesus Cristo. Ele disse assim: “Eu vou edificar a minha igreja”. A primeira vez que a palavra “igreja” ocorre na Bíblia quem pronunciou foi Jesus Cristo. Ele disse: A minha igreja eu vou edificar. Então, eu tenho que estar ali junto porque na comunhão com os irmãos há o fortalecimento do fogo, o revigoramento. Eu vou manter a chama acesa. Comunhão do Espírito. Entrei meio triste, macambúzio, meio devagar; aí eu começo a ver a igreja adorando, aí vem um e me dá um abraço, e outra pessoa chega e diz “que bom que você está aqui”, e aquilo vai entrando na minha vida e daqui a pouco eu estou cantando também, e batendo palma também, e daqui a pouco o Espírito Santo já mudou a minha vida, porque eu estou no meio do povo de Deus.
Eu estava em um congresso em São Paulo e o Asaph Borba estava ministrando o louvor com os homens e ele só assobiava, e ele ficou uns bons minutos só assobiando aquela canção. E o Espírito Santo enchendo o ambiente, e nós estávamos orando enquanto ele assobiava. E ele cantava uma canção que dizia assim:
Sim. Eu quero estar entre aqueles que te amam, entre aqueles que entregam tudo em suas mãos. Eles não são perfeitos, eles não são o suprassumo da santidade, mas eles te amam, e eles entregam tudo em tuas mãos. É junto deles que eu quero estar, é lá que eu quero estar.
Ah, mas tem gente que faz coisa errada na igreja”. Mas é lá que eu quero estar. Mas tem gente que é hipócrita, na igreja. Mas é lá que eu quero estar. Eu quero estar no meio daquelas pessoas e confessar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Com aquelas pessoas que estão tomando corpo comigo, não são perfeitas, mas estão em processo de aperfeiçoamento e eu vou ajudá-las a crescer. “Ah, pastor, tem gente na sua igreja... Sei não, viu pastor. Tem gente com um língua, que eu não sei não, viu?” Seu irmão não está pronto, não. Deus o está fazendo ainda. Você não está pronto!
“Porque aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoara até o dia de Cristo.” (Filipenses 1.6)

LEITURA DIÁRIA
SEGUNDA-FEIRA – 1Pedro 1.1-5
TERÇA-FEIRA – 1Pedro 1.6-10
QUARTA-FEIRA – Colossenses 1.15-23
QUINTA-FEIRA – João 3.1-21
SEXTA-FEIRA – Salmo 51
SÁBADO – Salmo 32
DOMINGO – Salmo 133

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


A RESPONSABILIDADE HUMANA

Por responsabilidade humana queremos dizer aquela do homem para com Deus por todas as suas ações. O ensino da responsabilidade do homem é tão geral na Bíblia que não se precisam de citações da Escritura. Quem quer que de algum modo esteja familiarizado com a Bíblia poderia sem nenhuma dificuldade achar bastante de provas textuais sobre este assunto.
I. A RESPONSABILIDADE HUMANA E A SOBERANIA DE DEUS
1. O SENTIDO DA SOBERANIA DE DEUS
A soberania absoluta de Deus quer dizer o mesmo que Paulo afirma em Efésios 1:11, onde ele fala de Deus como de um que "faz todas as coisas segundo o conselho de Sua vontade?. Isto ensina o mesmo que a Confissão de Fé de Filadélfia, quando diz: !Deus decretou nEle mesmo, desde toda a eternidade, pelo mais sábio e santo de Sua própria vontade, livre e imutavelmente, todas as coisas quantas venham a passar". Outras passagens que ensinam a soberania absoluta de Deus são como segue:
"Quem não entende por todas estas coisas que a mão do Senhor faz isto? Em cuja mão está a alma de tudo quanto vive e o fôlego de toda a carne humana." (Jó 12:9,10).
"Jeová estabeleceu o Seu trono nos céus e o Seu reino domina sobre tudo" (Salmos 103:19).
"Tudo quanto o Senhor quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos" (Salmos 135:6).
"Quem é aquele que diz e assim acontece, quando o Senhor o não mande. Porventura da boca do Altíssimo não sai o mal e o bem?" (Lamentações 3:37,38).
"Formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas" (Isaías 45:7).
"Sou Deus e não há outro como Eu, que anuncio as coisas desde o princípio e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme e farei toda a minha vontade" (Isaías 46:9,10).
"Todos os senhores da terra são tidos como nada e, segundo a Sua vontade, faz com o exercito do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa estorvar a mão e lhe diga: Que fazes?" (Daniel 4:35).
"Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: !Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos meninos" (Mateus 11:25).
"Respondeu-lhe Jesus: Não terias tu nenhum poder contra mim, se do céu não te fora dado" (João 19:11).
"Compadecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, de sorte que não é do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece; porque diz a Escritura a faraó: !Para isto mesmo te constituí, para em ti mostrar o meu poder e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. De sorte que se compadece de quem quer e endurece a quem quer" (Romanos 9:15-18).
Vide também Atos 2:23 e 4:27-28.
2. PORQUE O HOMEM É RESPONSÁVEL?
A pergunta é, então, como pode o homem ser responsável por suas ações quando tudo que ele faz foi ordenado e decretado por Deus? Não é isto uma pergunta nova: é no mínimo tão velha como o Novo Testamento e, provavelmente, mais velha. Paulo antecipou esta pergunta aos seus leitores quando ele escreveu o admirável capítulo nono de Romanos. Disse ele: "Dir-me-ás então: Porque se queixa ele ainda? Porquanto, quem resiste a sua vontade?" E a resposta de Paulo foi: "Mas antes, ó homem, quem es tu que contestas contra Deus? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Porque me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?" Paulo, bem se vê, ao mencionar esta pergunta e sua resposta, mostra, conclusivamente, que ensinou a soberania absoluta de Deus. Na verdade, as suas palavras precedentes ensinam, claramente, isso. Paulo deu a resposta que deu porque antecipou a pergunta como vinda de um objetor. Quando ela vem como de um reverente inquiridor, ela merece consideração mais minuciosa. A resposta de Paulo teve de ser mais breve porque o seu tempo e propósito não permitiram uma discussão mais longa. O nosso tempo permite e o nosso fim requer uma discussão mais completa.
O homem é responsável por suas ações, não obstante o fato que Deus decretou tudo quanto venha a passar, ao menos por três razões:
1. O DECRETO DE DEUS CONCERNENTE AO PECADO NÃO É CAUSATIVO SENÃO PERMISSIVO, DIRETIVO, PREVENTIVO E DETERMINATIVO.
Deus decretou que o pecado viesse ao mundo, por motivos que são inteiramente conhecidos somente dEle, mas Ele decretou que o pecado viesse pela própria livre escolha do homem. Deus não compele o homem a pecar, mas permite-o. O homem, e não Deus, é a causa eficiente do pecado e por essa razão o homem é responsável.
Antes de passar adiante, é preciso ser observado que nenhumas objeções podem ser trazidas contra a afirmação que Deus decretou o pecado viesse ao mundo que não possa ser trazida contra a permissão atual do pecado por Deus, a menos que o objetor assuma a posição que Deus foi impotente para impedir a entrada do pecado. Isto seria uma negação da onipotência e soberania de Deus e renderia o objetor indigno de consideração aqui. A onipotência e soberania de Deus nos ensinam que o que quer que Deus o permita Ele o permite porque Ele quer fazer assim. E desde que Deus é imutável, sua vontade tem sido sempre a mesma: o que Ele quer em qualquer tempo Ele tem querido desde toda a eternidade. Portanto, Sua vontade iguala ao Seu propósito e o Seu propósito iguala ao Seu decreto.
2. A LEI DE DEUS E NÃO O SEU DECRETO FIXA O DEVER E A RESPONSABILIDADE DO HOMEM.
A Lei de Deus é o guia e o padrão do homem. Isto é à vontade revelada de Deus. O decreto de Deus é a Sua vontade secreta. O homem nada tem a fazer com isto, exceto saber e reconhecer os fatos concernentes. "As coisas secretas pertencem as Jeová, nosso Deus, mas as reveladas a nós pertencem e aos nossos filhos para sempre, para que façamos todas as palavras desta Lei" (Deuteronômio 29:29).
3. O MOTIVO ANTES DE O HOMEM PECAR FÁ-LO RESPONSÁVEL.
Porque o homem peca? É porque ele quer, porventura, fazer a vontade de Deus? Não, nunca assim. Porque os homens crucificaram a Cristo? Porque creram que Deus O mandará para morrer como uma porta-pecado? Não. Foi porque eles O odiaram. Crucificaram-O através de motivos ímpios. É assim sempre que o homem peca. O pecado procede do amor do homem as trevas (João 3:19).
II. A RESPONSABILIDADE HUMANA E A INABILIDADE ESPIRITUAL DO HOMEM
Uma outra pergunta concernente a responsabilidade do homem é: Como pode o homem ser responsável por não obedecer inteiramente à Lei de Deus e por não receber o Evangelho, quando o ouve, se ele por natureza não pode fazer ambas as coisas? Para prova da inabilidade espiritual do homem vide os capítulos sobre Pecado e Conversão.
A resposta a esta pergunta é que o homem pode ser responsável pelo que ele não pode fazer somente na suposição de ele ser culpado por sua inabilidade. E é um fato que o homem é culpado por sua inabilidade espiritual. Não é que ele, individualmente, por seu próprio ato pessoal, deu origem à inabilidade, porque ele nasceu com ela; mas todo homem pecou em Adão e assim deu origem à sua inabilidade espiritual. Que todo homem pecou em Adão é o verdadeiro ensino de Romanos 5:12: "Portanto, assim como por um homem entrou o pecado no mundo, pelo pecado a morte, assim a morte passou a todos os homens porque TODOS PECARAM". "Pecaram" no grego está no aoristo, o qual expressa ação passada distinta. A passagem fá-lo referir-se à participação de todos os homens no pecado de Adão.
Mas, como participamos no pecado de Adão quando não estávamos nascidos quando ele pecou? Pensamos que não podemos fazer melhor do que dar em resposta as seguintes palavras de A. H. Strong: "Deus imputa o pecado de Adão imediatamente a toda a sua posteridade em virtude daquela unidade orgânica da espécie humana pela qual a raça toda existiu ao tempo da transgressão de Adão, não individualmente senão seminalmente, nele como seu cabeça. A vida total da humanidade estava então em Adão; a raça por enquanto tinha o seu ser somente nele. Sua essência ainda não estava individualizada; suas forças ainda não estavam distribuídas; as faculdades que agora existem em homens separados estiveram então unificadas e localizadas em Adão; a vontade de Adão foi entrementes a vontade da espécie. No ato livre de Adão a vontade da raça revoltou-se contra Deus e a natureza da raça corrompeu-se. A natureza que possuímos agora é a mesma natureza que se corrompeu em Adão; não a mesma meramente em qualidade senão a mesma fluindo para nós continuamente dele. O pecado de Adão nos é imputado imediatamente; logo, não como algo a nós estranho, mas porque é de nós, nós e todos outros homens tendo existido como uma pessoa moral, ou um todo moral, nele, e como o resultado daquela transgressão, possuindo uma natureza destituída de amor a Deus e inclinada ao mal" (Systematic Theology, pág. 328).
III. A RESPONSABILIDADE HUMANA DEPENDENDO DO CONHECIMENTO
Preciso é ficar acentuado que o homem é responsável somente enquanto ele conhece ou tem dentro do seu alcance o conhecimento do que é justo. O pagão é responsável de reconhecer a Deus porque, e somente porque, "o que de Deus se pode conhecer nele esta manifesto; porque Deus lho manifestou. Porque as Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder, como a Sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que fiquem inescusáveis" (Romanos 1:19,20). Quanto a atos de conduta externa, o pagão é responsável somente pela violação de tais princípios de justiça como sua própria consciência reconhece. !Todos quantos sem Lei pecaram, sem Lei também perecerão?, isto é, aqueles a quem a Lei escrita de Deus não se fez conhecida perecerão, mas não perecerão pela condenação da Lei escrita. Como então serão julgados? Os versos que seguem a citação supra mostram que serão julgados pelo seu propósito paradigma de justiça; não serão acusados de transgressões, exceto aquelas contra sua própria consciência. Vide Romanos 2:12-15.
Do acima é evidente que os pagãos não serão acusados do pecado de incredulidade ou rejeição do Evangelho; todavia perecerão. Mostra isto que é o pecado em geral que condena primariamente. A rejeição do Evangelho não traz condenação ao homem: ela somente a manifesta e aumenta a penalidade que será infringida por causa dela.
O fato de a responsabilidade humana depender do conhecimento explica porque serão salvos as criancinhas agonizantes e os imbecis natos: estão uns e outros mentalmente cegos aos princípios da justiça e, portanto, não são responsáveis. Esta é a espécie de cegueira que os fariseus pensaram ter Jesus dado a entender em João 9:39. E Jesus, percebendo os pensamentos dos seus corações, disse-lhes: !Se fosseis cegos (no sentido que tendes em mentes), não teríeis pecado? (João 9:41). Só há três espécies de cegueiras: física, mental e espiritual. Os fariseus não suposeram, certamente, que Jesus quis dizer que estavam fisicamente cegos e, certamente, Cristo não quis dizer na sua resposta que eles não estavam espiritualmente cegos. Vide João 12:37-40; 2 Cor. 4:3,4. Jesus podia ter querido dizer apenas uma coisa e essa é que, se estivesse mentalmente cegos, não teriam pecado. As crianças e os imbecis são mentalmente cegos, como já se disse, e não são, portanto, responsáveis por sua conduta. É por esta razão que cremos que serão salvos pelo sangue de Cristo sem o exercício da fé no corpo. Contudo, desde que têm uma natureza pecaminosa, devemos crer que lhes será necessário ser regenerados e trazidos assim à fé em Cristo. A Bíblia fá-lo claro que isto é necessário antes que alguém se ajuste à presença de Deus, mas ela não nos diz quando terá lugar com referência as crianças e aos imbecis. Somos da opinião que terá lugar na hora de separação entre espírito e corpo na morte.

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br 

UM ESTUDO SISTEMÁTICO DE DOUTRINA BÍBLICA

  

O LUGAR DA MULHER NA IGREJA

Os tempos mudaram. Sim. Mas, para os tempos que mudam, temos a Palavra que não muda ? a Palavra que está eternamente fixa no céu; que tem arrostado tanto os ataques violentos de inimigos como o abuso de amigos.
Meros costumes podem mudar sem dano ou perda, mas a conduta divinamente ordenada deve ser segura inviolável por aqueles cujos corações regidos pelo temor de Deus.
"A autoridade da Escritura quer dizer tudo para os batistas. É por isto só que eles justificam sua tenacidade quanto ao modo de batismo. Cedam a doutrina da autoridade absoluta e do caráter inerrante das Escrituras e os batistas podem permitir qualquer mudança na política eclesiástica que a sabedoria humana pareça justificar." (A. H. Strong).
"O que chamam o "Movimento da Mulher" é a conspiração mais insidiosa e maliciosa jamais cozida contra a inspiração da Bíblia." (W. P. Harvey, Feminism. J. W. Porter, pág. 118).
"Para dizer o mínimo, não é batístico torcer a Bíblia para justificação qualquer prática. Nossa glória tem sido que temos torcido nossa conduta, quando preciso, em conformidade com o Novo Testamento. Sempre temos estado dispostos a encarar a Bíblia com rosto e coração descoberto para obedecermos ao seu ensino claro. Assim façamos aqui" (A. T. Robertson, Feminismo, J. W. Porter, pág. 110). Retenhamos esta citação mesmo quando estamos bem cônscios de que o escritor mais tarde mudou sua posição sobre o feminismo e lutou para justificar a idéia popular. Considerem nossos leitores a derradeira atitude do Professor Robertson à luz desta citação.
Ao falarmos do lugar da mulher na igreja, referimo-nos ao seu lugar no serviço de Deus como membros da igreja; logo, nossa discussão terá que ver com mais do que a conduta das mulheres nas reuniões públicas da igreja.
Nosso assunto implica uma verdade que precisa de ênfase. Essa verdade é que há um lugar para as mulheres na igreja. Algumas vezes nossa oposição às usurpações inescrituristicas pelas mulheres parece criar a impressão que a mulher não tem lugar na igreja, o que está longe de ser verdade. Ela tem um lugar muito importante, e negligenciado ? negligenciado porque tantas vezes ela tem estado muitíssimo mais preocupada em tentar tomar o lugar do homem do que ocupar sua própria esfera divinamente dada. A glória da mulher achar-se-á na sua própria esfera. Seu vexame ocorre quando ela sai dessa esfera. Notemos primeiro:
I. COISAS QUE AS MULHERES ESTÃO VEDADAS DE FAZER
1. ELAS ESTÃO PROIBIDAS DE ENSINAR
"Não permito que a mulher ensine" (1 Tim. 2:12).O infinitivo "ensinar" está sem objeto e a passagem significa simplesmente que as mulheres não são para ocupar o ofício de mestre na igreja. Elas podem ensinar em particular e informalmente, mas não pública ou oficialmente.
2. ELAS ESTÃO PROIBIDAS DE DIRIGIR ORAÇÃO PÚBLICA
"Desejo, portanto, que os homens orem em todo lugar." (I Tim. 2:8)
A palavra grega para "homens" é a palavra (aner) que distingue homens de mulheres e crianças e não a palavra genérica (anthropos). O artigo "os" está também presente antes de homens, e isso, de si mesmo, serviria para distinguir homens de mulheres. Daí, todavia, como Fausset observa, a ênfase não trata "os homens" senão o assunto de orar; contudo, permanece o fato que a passagem distingue os homens das mulheres e restringe a oração qualquer lugar dos cultos públicos aos homens. Às mulheres os apóstolos deram outras instruções (v. 9). Está de acordo com todo comentador ou erudito notável.
3. ELAS ESTÃO PROIBIDAS DE AGIR EM QUALQUER CAPACIDADE QUE ENVOLVA O EXERCÍCIO DE AUTORIDADE SOBRE HOMENS
Paulo, após tratando de não permitir que uma mulher ensine, comenta ainda: "nem use de autoridade sobre o marido" (1 Tim. 2:12) (?). Uma mulher mandona é uma monstruosidade tanto quanto um homem efeminado.
4. ELAS ESTÃO PROIBIDAS MESMO DE FALAR NA IGREJA
"As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja." (1 Cor. 14:34-35). A referência aqui é a assembléia pública e não ao prédio da igreja.
5. ELAS NÃO SÃO PARA APARECER NOS CULTOS COM CABEÇAS DESCOBERTAS
Vide 1 Cor. 11:3-10. É perfeitamente evidente que isto se refere ao culto público. Pode dizer-se que tanto quanto às mulheres se proíbe profetizar, isto não se aplica quando mulheres guardam seus lugares. Mas também se menciona orar; e, ainda que mulheres não são para dirigir oração pública, contudo elas deveriam orar em silêncio e assim participar do culto. Esta passagem de nenhum modo insinua que se uma mulher tem cabelo comprido, isto é toda coberta que ela carece. Paulo simplesmente afirma que o fato de ser natural às mulheres terem cabelo comprido é só uma indicação da necessidade de uma coberta adicional (Nota do Trad.: Não concordamos com Professor Simmons em que uma mulher precise de véu adicional alem do seu cabelo comprido. Se uma mulher deseja usar de um outro véu, não fazemos objeção, mas sentimos, à luz da Escritura, em 1 Cor. 11:15, que "Para seu cabelo se dá por véu", que, se uma mulher tiver cabelo comprido, isto satisfaz o mandamento que "Uma mulher deve ter um véu na sua cabeça." ). Esta coberta é para ser usada no culto público como um sinal da sujeição da mulher ao seu marido, ou aos homens em geral se a mulher não for casada.
6. ELAS NÃO SÃO PARA APARECER EM TRAJE IMODESTO OU EXTRAVAGANTE.
Vide 1 Tim. 2:9,10.
II. RAZÕES DESTAS PROIBIÇÕES
Paulo dá duas razões destas proibições:
1. PRIORIDADE DE ADÃO NA CRIAÇÃO
Vide 1 Tim. 3:13. A prioridade de Adão na criação indica sua chefia da raça. Ensino público por parte da mulher ou seu exercício de qualquer autoridade sobre homem discrepa dessa chefia.
2. A DECEPÇÃO DA MULHER NA QUEDA.
Vide 1 Tim. 2:14. A mulher foi enganada pela serpente a pensar que o comer do fruto proibido traria benefício em vez de banimento. O homem participou do fruto, mas não foi enganado. Ele sabia quais seriam as conseqüências e, provavelmente, participou do fruto porque preferiu ser expulso com sua esposa a separar-se dela. A decepção da mulher na queda mostra a suscetibilidade da mulher para o malogro.
Isto não é por causa de qualquer inferioridade geral das mulheres aos homens. É por causa da diferença de temperamento e natureza. A natureza da mulher se aperfeiçoa para o lar e para a criação de filhos. Para estes fins ela tem um propício temperamento delicado e uma natureza plenamente emocional. Por isso ela é caracteristicamente manejada mais facilmente que um homem. Sua natureza a dispõe para chegar a conclusões pela intuição e não pela franca consideração. Todos estes fatos desajustam a mulher para a liderança pública ou para o ensino. Se já houve uma mulher pregadora que tenha pregado a verdade, mesmo sobre outras coisas do que o lugar das mulheres, nós nunca a observamos..
III. ARGUMENTOS RESPONDIDOS CONTRA ESTAS PROIBIÇÕES
Muitos argumentos são apresentados por aqueles que gostariam desviar ou sobrepor a clara verdade das passagens já citadas. Notemos os mais salientes deles. É argumentado::
1. HOUVE MULHERES NA BÍBLIA QUE FIZERAM AS COISAS QUE DISSEMOS SEREM VEDADAS ÀS MULHERES FAZER.
Citam-se os seguintes casos:
(1). Débora
Vide Juízes 4:5. Ao passo que Débora fez seu juizado no seu próprio lar (Juízes 4:5), contudo é verdade que o seu lugar de liderança era inconsistente com as proibições do Novo Testamento. Mas isso de nenhum modo cancela estas proibições. Não devemos presumir que tudo que foi feito pelos fieis na Bíblia foi segundo a vontade de Deus. E certamente não devemos por de lado os claros mandamentos de Deus porque alguns se conduziram incoerentemente com esses mandamentos.
Ademais, o que Deus permitiu na dispensação do Velho Testamento não é paradigma pelo qual se determine Sua vontade para a dispensação do Novo Testamento. Ele permitiu a poligamia, e depois a regulou prescrevendo por meio de Moisés a necessidade de um divórcio escrito; mas, finalmente, no Novo Testamento, houve um retorno ao significado original e ao espírito do casamento qual permite o divórcio só por fornicação (Mat. 19:3-9).
Assim é com referência ao lugar das mulheres. O Novo Testamento reverte à ordem original, a despeito do que Deus permitiu na dispensação do Velho Testamento. E as proibições notadas aplicam-se à igreja. Certamente, então, nada permitido fora da igreja pode anulá-las.
(2). Ana
Vide Lucas 2:36-38. Não há prova que Ana fez um discurso e daí não há prova que ela violou 1 Tim. 2:12. Ela não estava na igreja e daí não violou 1 Cor. 14:34. É evidente que ela apenas falou informalmente aos que ela viu em redor do templo. Isto não é violação da Escritura, como veremos mais claramente depois. Ademais, são os mandamentos de Deus e não a conduta de Ana, ou a de quaisquer outras pessoas, que revelam a vontade de Deus. A conduta de Ana não pode ser tomada por critério mais do que a de Débora, ou outros caracteres falíveis.
(3). As mulheres que ajudaram a Jesus e a Paulo
Vide Lucas 8:2,3; Rom. 16:1,2; Fil. 4:3. A senhora M. B. Woodworth?Etter diz:
"Paulo trabalhou com as mulheres no Evangelho mais do que qualquer dos apóstolos; Priscila e Febe viajaram com Paulo pregando e edificando as igrejas" (Atos 18:2-18-26; Rom. 16).
"Ele e Febe fizeram cultos de avivamento juntos; agora ela é chamada para ir à cidade de Roma; Paulo não pode ir com ela, mas ele está muito cuidadoso de sua reputação e ela é tratada com respeito; ele escreve uma carta de recomendação: "Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja (que significa um ministro da igreja) que está em Cencréia, para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo." (Rm. 16:1-2). (Signs and Wonders, pág. 211).
Isto é um belo exemplo de aumentar e de deslumbrante caricatura da Escritura pelos que invocam o exemplo das mulheres supra mencionadas como um argumento contra as proibições que Paulo pronunciou contra mulheres. Não há a mais leve alusão a qualquer dessas mulheres terem pregado ou feito qualquer coisa inconsistente com as proibições de Paulo. No caso das mulheres associadas a Cristo está plenamente afirmado que elas "O serviam com a sua fazenda." Febe e as outras mulheres, provavelmente, que laboraram com Paulo, fizeram o mesmo a Paulo. Algumas delas podem ter feito trabalho pessoal também.
(4). As mulheres que foram enviadas do túmulo de Jesus com uma mensagem para os apóstolos
Mat. 28:1-10; Marc. 16:1-11; Luc. 24:1-9; João 20:1-18. Estas mulheres foram enviadas a um serviço ocasional; não foram comissionadas a fazer um discurso público.
(5). As mulheres da igreja em Jerusalém no Pentecostes.
Atos 2.Pelo que diz nas Escrituras nenhuma mulher discursou no dia de Pentecostes. Pedro foi o único que fez um discurso público naquele dia.
Qualquer fala feita pelas mulheres que eram membros da igreja e se encheram do Espírito foi quando passaram entre o povo, como Ana que deu um testemunho informal. O Espírito nunca levou mulheres a violarem Suas próprias proibições estipuladas por meio de Paulo, pois Ele não se contradiz a si mesmo.
(6). A mulher samaritana.
João 4:16. A única coisa que Jesus mandou esta mulher fazer foi ir chamar seu marido. O que mais fez foi por sua própria vontade e sem autoridade divina necessária. Todavia não há indicação que ela fez mais do que falar à vontade aqueles que ela encontrou.
(7). As filhas de Filipe
Vide Atos 21:9. Não há afirmações que as filhas de Filipe violaram a letra ou o espírito das proibições que temos notado. Assim o oponente nada tem em que basear o seu argumento. O fato que foram profetisas de nenhum modo prova que discursaram publicamente ou que nalgum tempo usurparam autoridade sobre o homem. Note bem, enquanto Paulo estava na casa de Filipe, Deus enviou de longe, da cidade de Jerusalém, um profeta para entregar-lhe uma mensagem.
(8). Profetisas nos últimos dias
Vide Atos 2:18. Apesar do fato que as filhas de Filipe eram profetisas elas nunca dirigirem um discurso público ou usurparam autoridade sobre homens. Isso prova que esta passagem não deve usada como indicação que as mulheres fizeram mais do que darem um testemunho particular. O ônus da prova está sobre o oponente e ele nada tem a oferecer como prova.
(9). Priscila e Áquila
Vide Atos 18:26. Priscila fez o relatado na privacidade do seu próprio lar e em conjunto com seu marido. A Bíblia nada diz contra a mulher dar um testemunho particular. Elas podem mostrar aos perdidos o caminho da salvação, ou podem testemunhar a verdade aos homens em particular. E por certo, quando uma esposa faz isto em conjunto com seu marido, ela não está desafiando o seu lugar escriturístico.
(10). As mulheres profetisas em Corinto.
Vide 1 Cor. 11:5,16. As mulheres em Corinto estavam cometendo duas ofensas. Não só estavam falando na igreja, mas também fizeram isso com a cabeça descoberta. Paulo, no capítulo referido há pouco, corrigiu essa última. No capítulo décimo quarto ele corrige a primeira.
Para uma argumentação similar à participação das festas idolátricas, vide I Cor. 8:10 e 10:14-21. Na primeira passagem Paulo simplesmente diz que os santos em Corinto eram para ser cuidadosos para não ofender aqueles que não podiam entender que um ídolo era nada. Mas na última passagem ele condena comer das festas idolátricas como uma coisa totalmente fora de lugar para o cristão.
2. QUE GÁLATAS 3:28 PROVA QUE NÃO HÁ DISTINÇÃO ENTRE A ESFERA DE HOMENS E A DE MULHERES
Exibe um juízo muito pobre dos que sustentem da fala pública das mulheres perante ouvintes mistas em invocar Paulo a argumentar contra si mesmo. Se a passagem sob consideração ensina completa igualdade e identidade de esfera sexual, então também ensina igualdade racial, e o casamento misto das raças brancas e pretas está justificado (na época de T. P. Simmons, esse assunto era muito importante). A passagem ensina nada mais do que a verdade que todos estão salvos igualmente e que todos tem o mesmo grau de relacionamento gracioso com Cristo. "Raça e sexo tem seus respectivos dons a serem dedicados e usados. O trabalho e a vocação dos sexos são diferentes, conquanto em Cristo não há nem macho nem fêmea." (Ministry of Women).
3. QUE A PROIBIÇÃO DE PAULO EM 1 COR. 14:34 FOI APENAS CONTRA CONVERSAS OCIOSAS
Esta noção é inteiramente sem fundamento. A palavra grega "falar" refere-se a qualquer espécie de fala.
4. QUE ESTA PROIBIÇÃO VEDOU QUE A MULHER FIZESSE PERGUNTAS EM PÚBLICO QUE CAUSARIAM DISSENSÃO         

Mas a proibição de as mulheres fazerem perguntas é só secundária à proibição contra qualquer falar na igreja.
5. QUE ESTA PROIBIÇÃO SÓ SE REFERE ÀS REUNIÕES DE NEGÓCIO NA IGREJA.
Não foi sobre uma reunião de negócios que Paulo estava escrevendo mas uma reunião semelhante à que nós chamaríamos "reunião de testemunho."
6. DESDE QUE SE DIZ À MULHER PARA PERGUNTAR A SEU MARIDO EM CASA SOBRE ASSUNTOS QUE ELA NÃO ENTENDE, ISTO SE APLICA SÓ AS MULHERES CASADAS
Seria de fato esquisito Paulo proibir à mulher casada falar enquanto o consentisse à solteira faze-lo, desde que as casadas são comumente mais velhas e mais judiciosas que as solteiras. Nesta passagem Paulo dá suas instruções para cobrir circunstancias normais, não sentindo ser necessário cuidar de alguma exceção. Uma mulher solteira pode facilmente achar algum homem a quem ela pode perguntar a respeito de coisas que ela não entende.
7. QUE AS INSTRUÇÕES DE PAULO AOS CORINTIOS APLICARAM-SE SOMENTE À IGREJA DE CORINTO.
Mas Paulo disse: "As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei." (I Cor. 14:34). Parece que foi só em Corinto que as mulheres estavam saindo do seu lugar. Na passagem supra Paulo instruiu a igreja em Corinto a manter a mesma ordem quanto às mulheres no culto público que era mantida em todas as outras igrejas.
8. QUE AS PROIBIÇÕES CONTRA MULHERES NO CULTO PÚBLICO APLICAVAM-SE SOMENTE À ERA APOSTÓLICA.
Oponentes dizem que era concepção comum naquela época que as mulheres que apareciam em público sem véu e exerciam qualquer função pública eram de caráter baixo; que foi por essa razão que o apóstolo mandou mulheres estarem quietas e usarem véus. Assim as proibições se tomam à mesma luz com a exortação de Paulo para se absterem de comer carne oferecida a ídolos; isto é, para evitar ofensa aos outros. Ou, como diz A. T. Robertson: "Muitos cristãos modernos sentem que havia condições especiais em Éfeso como em Corinto que precisaram ordens duras para as mulheres que agora não se aplicam."
Mas tais noções estão claramente desaprovadas pelo fato que Paulo dá seu mandamento para o silêncio de mulheres como um mandamento do Senhor. Ele não diz que isto em referência à abstinência de carne oferecida a ídolos. Depois Paulo fundamenta a proibição das mulheres ensinarem por causa da prioridade do homem na criação e a decepção da mulher na queda. Assim ele mostra que esta proibição esta fundada na própria natureza das coisas e portanto é permanente.
IV. COISAS QUE MULHERES DEVERIAM FAZER
Havendo reparado o que às mulheres se proíbe fazerem, veremos agora o que elas podem e deveriam fazer.
1. ELAS DEVERIAM FREQUENTAR O CULTO PÚBLICO
É isto o dever de todo o povo salvo. As mulheres deveriam atender ao culto público para aprenderem e receberem tais bênçãos espirituais que normalmente têm no culto. A alma de toda a pessoa salva carece da influencia curativa, purificadora e animadora do culto público.
2. ELAS DEVERIAM PARTICIPAR DO CULTO PELA ORAÇÃO SILÊNCIOSA E NA PRATICA, SE POSSIVEL, NO CANTO CONGREGACIONAL
Estes também são deveres gerais, tanto como privilégios. Alguns diriam que, se a mulher não se permite falar na igreja, então também cantar. Mas devemos interpretar Paulo pelas intenções manifestas no contexto. Ele não estava discutindo o cantar, mas o falar. Enquanto o cântico envolve a fala: contudo, tecnicamente, o cantar não é igual ao falar.
3. ELAS DEVERIAM CONTRIBUIR DOS SEUS MEIOS
Isto, como o cultuar, a oração silenciosa, e o cântico congregacional, é dever e privilégio gerais e pertence tanto a mulheres como a homens.
4. ELAS SÃO PARA RECONHECEREM O LAR COMO SUA PRINCIPAL ESFÉRA DE ATIVIDADE
Tito 2:5. É aqui que a mulher deve achar seu trabalho principal, não só em cuidar de sua própria família, mas em hospedar a outros. (1 Tim. 5:9, 10). É no lar e no lar somente que ela pode ganhar a recompensa de profeta por hospedar profetas (Mat. 10:41).
5. AS MULHERES MAIS VELHAS SÃO MANDADAS A ENSINAREM AS MAIS NOVAS
Tito 2:3-5. Elas são especialmente incumbidas a ensinar as jovens deveres caseiros práticos, mas esta Escritura não limita o seu ensino a isto: elas são para ser "mestras no bem" (v. 3) e a razão do seu ensino, "a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.", abre um larga área de instrução. Nada achamos na Escritura contra o ensino de mulheres e crianças só por mulheres em qualquer tempo e em qualquer lugar. A Escritura não diz que o seu ensino é para ser feito somente no lar, nem diz que elas devem ensinar só uma cada vez. Ensinar privadamente não quer dizer, necessariamente, ensinar só uma cada vez. Vide Lucas 10:23.

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Luis Antonio dos Santos, 12/05
Edição: Calvin Gardner, 03/09
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br