terça-feira, 13 de dezembro de 2011

UM VERDADEIRO CRISTÃO - COMO SABER!

Como Saber se Você é um Verdadeiro Cristão
por
Jonathan Edwards

Conteúdo

Os Demônios têm um Conhecimento de Deus.
Só o Conhecimento de Deus não é prova de salvação.
As experiências religiosas não são prova de salvação.
Objeção #1 - As pessoas são diferentes dos demônios.
Objeção #2 - As pessoas podem ter sentimentos religiosos que os demônios não podem.
As verdadeiras experiências espirituais têm uma diferente origem.
Uma verdadeira experiência espiritual transforma o coração.
As genuínas experiências espirituais têm resultados diferentes.
A visão da beleza de Cristo - o maior dom de Deus!


Tiago 2:19
Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem”. 
Como você sabe se pertence a Deus? Nós vemos nestas palavras no que algumas pessoas confiam como sendo uma evidência de sua aceitação diante de Deus. Algumas pessoas pensam que elas estarão certas diante de Deus se não forem tão más como algumas pessoas ímpias. Há um sistema evangelístico em uso comum que pergunta às pessoas certas questões. Uma das questões é: "Suponha que tu morras hoje. Por que Deus deveria deixar-te entrar no Seu céu?" Uma resposta muito comum é: "Eu creio em Deus". Aparentemente o apóstolo Tiago conhecia pessoas que diziam a mesma coisa: Eu sei que estou no favor de Deus, porque eu conheço estas doutrinas religiosas.
Certamente Tiago admite que este conhecimento é bom. Não somente é bom, mas é também necessário. Ninguém que não acredite em Deus, pode ser um Cristão; e mais do que isto, no Único e Verdadeiro Deus. Isto é particularmente verdadeiro para aqueles que tiveram a grande vantagem de realmente conhecer o apóstolo, alguém que poderia lhes dizer em primeira mão de sua experiência com Jesus, o Filho de Deus. Imagine o grande pecado de uma pessoa, que conheceu Tiago, e depois recusou crer em Deus! Certamente isto faria sua condenação maior. Certamente, todos Cristãos sabem que esta crença no Único Deus é somente uma parte das boas coisas "porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que O buscam". (Hebreus 11:6)
Todavia, Tiago é claro que embora esta crença seja uma boa coisa, definitivamente ela não é prova de que uma pessoa é salva. O que ele pretende dizer é isto: "Você diz que é um Cristão e que está no favor de Deus. Você pensa que Deus permitirá que você entre no céu, e a prova disto é: você crê em Deus. Mas, isto não á uma evidência de maneira nenhuma, porque os demônios também crêem, e eles estão certos de que serão punidos no inferno". Os demônios crêem em Deus, podem estar certos disto! Eles não somente crêem que Ele existe, mas eles crêem que Deus é um santo Deus, um Deus que odeia o pecado, um Deus de verdade, que prometeu julgamentos, e que cumprirá Sua vingança sobre eles. Esta é a razão dos demônios "estremecerem" ou tremerem - eles conhecem Deus mais claramente que a maioria dos seres humanos, e eles estão amedrontados. Todavia, nada na mente do homem, que os demônios possam experimentar também, é sinal de que a graça de Deus esteja em nossos corações.
Este raciocínio pode facilmente ser girado ao redor. Supor que os demônios tenham, ou encontrem dentro de si mesmos, algo da graça salvadora de Deus, não prova que eles irão para o céu. Isto provaria um erro de Tiago. Mas, quão absurdo! A Bíblia deixa claro que os demônios não têm esperança de salvação, e que sua crença em Deus não tira sua futura punição. Portanto, crer em Deus não é prova de salvação para os demônios, e pode-se dizer com segurança que tampouco para os seres humanos. 
Os Demônios têm um Conhecimento de Deus.
Isto é visto mais claramente quando pensamos sobre o que os demônios são de fato. Eles não são santos: qualquer coisa que eles experimentem, não pode ser uma santa experiência. O diabo é perfeitamente mau. "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira". (João 8:44) "Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo". (1 João 3:8) Portanto, os demônios são chamados espíritos maus, espíritos impuros, poderes das trevas, e assim por diante. "Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais". (Efésios 6:12)
Assim, é óbvio que qualquer coisa nas mentes de demônios não podem ser santas, ou conduzir à verdadeira santidade por si mesma. Os demônios claramente sabem muitas coisas sobre Deus e religião, mas eles não possuem um santo conhecimento. As coisas que eles conhecem em suas mentes podem fazer impressões em seus corações - realmente, veremos que os demônios possuem sentimentos muito fortes sobre Deus; tão forte, na realidade, que eles "estremecem". Mas, eles não possuem sentimentos santos porque eles não têm nada a ver com a obra do Espírito Santo. Se esta é a verdade sobre a experiência dos demônios, isto é também verdadeiro sobre a experiência dos homens.
Note isto, que não importa quão genuínos, sinceros, e poderosos estes pensamentos e sentimentos são. Os demônios, sendo criaturas espirituais, conhecem Deus em um caminho que os homens na terra não podem. O conhecimento deles sobre a existência de Deus é mais concreto do que o conhecimento de qualquer homem possa ser. Porque eles estão presos na batalha com as forças do bem, eles possuem uma sinceridade de conhecimento também. Em uma ocasião, Jesus expulsou alguns demônios. "Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus?", eles clamaram, "Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?" (Mateus 8:29). Que experiência pode ser mais nítida do que esta? Todavia, apesar dos pensamentos e sentimentos deles serem genuínos e poderosos, eles não eram santos.
Também podemos ver que os santos objetos de seus pensamentos não fazem seus pensamentos e sentimentos serem santos. Os demônios sabem que Deus existe! Mateus 8:29 mostra que eles sabem mais sobre Jesus do que muitas pessoas! Eles sabem perfeitamente que Jesus julgara-los algum dia, porque Ele é santo. Mas é claro, que pensamentos e sentimentos genuínos, sinceros e poderosos sobre coisas santas e espirituais, não são prova da graça de Deus no coração. Os demônios têm estas coisas, e enxergam adiante a punição eterna no inferno. Se os homens não têm mais do que os demônios têm, eles sofrerão do mesmo modo.

Só o conhecimento de Deus não é prova de salvação.
Nós podemos fazer diversas conclusões baseadas nestas verdades. Primeiramente que, não importa quanto as pessoas possam saber sobre Deus e a Bíblia, isto não é um sinal certo de salvação. O diabo antes de sua queda, era uma das mais brilhantes estrelas da manhã, uma labareda de fogo, um que excedia em força e sabedoria. (Isaías 14:12, Ezequiel 28:12-19). Aparentemente, como um dos principais anjos, Satanás conhecia muito sobre Deus. Agora que ele está caído, seu pecado não tem destruído suas memórias de antes. O pecado destrói a natureza espiritual, mas não as habilidades naturais, tais como a memória. Que os anjos caídos têm muitas habilidades naturais pode ser visto em muitos versos da Bíblia, por exemplo, Efésios 6:12. "Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais". No mesmo modo, a Bíblia diz que Satanás é "mais astuto" do que os outros seres criados. (Gênesis 3:1, também 2 Coríntios 11:3, Atos 13:10) Portanto, podemos ver que o Diabo sempre teve grandes habilidades mentais e que é capaz de conhecer muito sobre Deus, sobre o mundo visível e invisível, e sobre muitas outras coisas. Visto que sua ocupação no princípio era ser um anjo principal diante de Deus, é somente natural que compreender estas coisas sempre tenha sido de primeira importância para ele, e que todas suas atividades tenham a ver com estas áreas de pensamentos, sentimentos e conhecimento.
Porque era sua ocupação original ser um dos anjos diante da própria face de Deus e porque o pecado não destrói a memória, é claro que Satanás conhece muito mais sobre Deus do que qualquer outro ser criado. Depois da queda, podemos ver de suas atividades como a tentação, etc., (Mateus 4:3) que ele tem gastado seu tempo para aumentar seu conhecimento e suas aplicações práticas. Que o seu conhecimento é grande pode ser visto em quão enganador ele é quando tenta as pessoas. A astúcia de suas mentiras mostra quão sagaz ele é. Certamente não poderia manejar tão bem suas ludribriações sem um conhecimento real e verdadeiro dos fatos.

Este conhecimento de Deus e de Suas obras é desde o princípio. Satanás existia desde a Criação, como Jó 38:4-7 mostra: "Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência...Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?" Assim, ele deve conhecer muito sobre a maneira como Deus criou o mundo, e como Ele governa todos os eventos do universo. Além do mais, Satanás viu como Deus desenvolveu Seu plano de redenção no mundo; e não como um inocente espectador, mas como um inimigo ativo da graça de Deus. Ele viu Deus trabalhar nas vidas de Adão e Eva, em Noé, Abraão, e Davi. Ele deve ter tomando um especial interesse na vida de Jesus Cristo, o Salvador dos homens, a Palavra de Deus encarnada. Quão próximo prestou atenção a Cristo? Quão cuidadosamente ele observou Seus milagres e ouviu Suas palavras? Isto é o porque Satanás se pôs contra a obra de Cristo, e foi para o seu tormento e angústia que Satanás assistiu a obra de Cristo desvelada com sucesso.

Satanás, então, conhece muito sobre Deus e sobre a obra de Deus. Ele conhece o céu em primeira mão. Ele conhece o inferno também, com conhecimento pessoal como sua principal residência, e tem experimentado seus tormentos por todos estes milhares de anos. Ele deve ter um grande conhecimento da Bíblia: pelo menos, podemos ver que ele conhecia o suficiente para ver se conseguia tentar nosso Salvador. Além do mais, ele tem tido anos de estudo dos corações dos homens, seus campo de batalha onde ele luta contra nosso Redentor. Quanto labores, esforços, e cuidados o Diabo usou através dos séculos a medida que ludibriava os homens. Somente um ser com seu conhecimento e experiência sobre a obra de Deus, e sobre o coração do homem, portanto, poderia imitar a verdadeira religião e transformar-se em um anjo de luz. (2 Coríntios 11:14)
Portanto, podemos ver que não há nenhuma quantidade de conhecimento sobre Deus e religião que poderia provar que uma pessoa tem sido salva de seu pecado. Um homem pode falar sobre a Bíblia, Deus, e a Trindade. Ele pode ser capaz de pregar um sermão sobre Jesus Cristo e tudo que Ele fez. Imaginem, alguns podem ser capazes de falar sobre o caminho da salvação e a obra do Espírito Santo nos corações dos pecadores, talvez até mesmo mostrar a outros como se tornarem Cristãos. Todas estas coisas podem edificar a igreja e iluminar o mundo, todavia, não é uma prova certa da graça de Deus no coração de uma pessoa.
Pode também ser visto que as pessoas meramente concordarem com a Bíblia não é um sinal certo de salvação. Tiago 2:19 mostra que os demônios realmente, verdadeiramente, crêem na verdade. Da mesma forma que eles crêem que há um só Deus, eles concordam com toda a verdade da Bíblia. O diabo não é um herético: todos os artigos de sua fé estão firmemente estabelecidos na verdade.
Deve ser entendido que, quando a Bíblia fala sobre crer que Jesus é o Filho de Deus, como uma prova da graça de Deus no coração, a Bíblia tenciona dizer não um mero concordar com a verdade, mas outro tipo de crença. "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido". (1 João 5:1) Este outro tipo de conhecimento é chamado "a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade". (Tito 1:1) Há um acreditar espiritual na verdade, o que será explicado mais tarde. 
As Experiências Religiosas não são prova de salvação.
Algumas pessoas têm fortes experiências religiosas, e pensam delas como uma prova da obra de Deus em seus corações. Freqüentemente, estas experiências dão às pessoas um sentimento da importância do mundo espiritual, e a realidade das coisas divinas. Contudo, elas, também, não são uma prova certa da salvação. Os demônios e os seres humanos condenados têm muitas experiências espirituais que têm um grande efeito em suas atitudes de coração. Freqüentemente, essas experiências dão às pessoas um sentido da importância do mundo espiritual, e da realidade das coisas divinas. Contudo, essas, também, não são uma prova seguro de salvação. Os demônios e os seres humanos condenados têm muitas experiências espirituais que causam um grande efeito nas atitudes de seus corações. Eles vivem no mundo espiritual e vêem em primeira mão como este é de fato. Os sofrimentos deles mostram-lhes o valor da salvação e o valor de uma alma humana em uma maneira mais poderosa do que se possa imaginar. A parábola em Lucas capítulo 16 ensina isto claramente, porque o homem sofrendo pergunta se Lázaro pode ser enviado para avisar seus irmãos, a fim de evitarem este lugar de tormento. Sem dúvidas, as pessoas no inferno têm uma idéia distinta da vastidão da eternidade, e da brevidade da vida. Eles estão completamente convencidos de que todas as coisas desta vida não são importantes quando comparadas com as experiências do mundo eterno. As pessoas que estão agora no inferno têm um grande sentido da preciosidade do tempo, e das maravilhosas oportunidades que as pessoas têm, as que possuem o privilégio de ouvir o Evangelho. Elas estão completamente conscientes da loucura do pecado, da negligência das oportunidades, e de se ignorar as advertências de Deus. Quando os pecadores descobrem por experiência pessoal o resultado final de seu pecado há "pranto e ranger de dentes" (Mateus 13:42) Assim, até mesmo as mais poderosas experiências religiosas não são um sinal seguro da graça de Deus no coração.
Os demônios e as pessoas condenadas também têm um forte senso da majestade e poder de Deus. O poder de Deus é mais claramente demonstrado na execução de Sua divina vingança sobre Seus inimigos. "E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição" (Romanos 9:22). Estremecendo, os diabos aguardar a punição final deles, debaixo de um poderoso senso da majestade de Deus. Eles sentem isto agora, certamente, mas no futuro isto se mostrará em altíssimo grau, quando "se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder. Como labareda de fogo..." (2 Tessalonicenses 1:7-8) Neste dia, eles desejarão fugir, se esconder da presença de Deus. "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele." (Apocalipse 1:7) Portanto, todos O verão na glória de Seu Pai. Porém, obviamente, nem todos que O verão, serão salvos. 
Objeção #1- As pessoas são diferentes dos demônios. 
Agora, é possível que algumas pessoas possam objetar-se à tudo isto, dizendo que os homens ímpios deste mundo são totalmente diferentes dos demônios. Eles estão sob circunstâncias diferentes e são diferentes espécies de seres. Um objetor pode dizer: "Aquelas coisas que são visível e presentes para os demônios, são invisíveis e futuras para os homens. Além disso, as pessoas têm a desvantagem de terem corpos, que restringem a alma, e impedem que as pessoas vejam estas coisas espirituais em primeira mão. Portanto, mesmo se os demônios possuem um grande conhecimento e experiência pessoal das coisas de Deus, e não têm graça, a conclusão não se aplica a mim". Ou, colocando de uma outra forma: se as pessoas possuem estas coisas nesta vida, isto pode ser muito bem um sinal seguro da graça de Deus em seus corações.

Na resposta, concorda-se que nenhum homem nesta vida jamais terá o grau destas coisas como os demônios as têm. Nenhuma pessoa jamais estremecerá, com a mesma quantidade de temor que os demônios estremecem. Nenhum homem, nesta vida, pode jamais ter o mesmo tipo de conhecimento que o Diabo tem. É claro que os demônios e os homens condenados entendem a vastidão da eternidade, e a importância do outro mundo, mais do qualquer outra pessoa viva, e assim eles desejam ardentemente a salvação ainda mais.

Porém, podemos ver que os homens neste mundo podem ter experiências do mesmo tipo daquelas dos demônios e pessoas condenadas. Eles têm a mesma percepção mental, as mesmas opiniões e emoções, e os mesmos tipos de impressões na mente e no coração. Note, que para o apóstolo Tiago isto é um argumento convincente. Ele argumenta que se as pessoas pensam que acreditar em um único Deus é prova da graça de Deus, ela não é prova, pois os demônios crêem no mesmo. Tiago não está se referindo ao ato de crer somente, mas também às emoções e ações que vão juntas com sua crença. Estremecer é um exemplo de emoções do coração. Isto mostra que as pessoas têm o mesmo tipo de percepção mental, e que reagir no coração da mesma maneira, não é sinal seguro de graça.

A Bíblia não declara quantas pessoas neste mundo podem ver a glória de Deus, sem possuírem a graça de Deus nos seus corações. Não nos é informado exatamente em que grau Deus Se revela a certas pessoas, e quantas deles responderam em seus corações. É muito tentador dizer que se uma pessoa tem uma certa quantidade de experiência religiosa, ou uma certa quantidade de verdade, ela deve ser salva. Talvez, seja até possível para alguns povos não-salvos terem experiências maiores do que aqueles que possuem a graça em seus corações. Assim, é errado olhar para a experiência ou conhecimento em termos de quantidade. Os homens que possuem uma genuína obra do Espírito Santo em seus corações, têm experiências e conhecimento de um diferente tipo.
Objeção #2- As pessoas podem ter sentimentos religiosos que os demônios não podem.
Neste ponto, alguém pode replicar estes pensamentos dizendo: "Eu concordo com você. Eu vejo que crer em Deus, entendendo Sua majestade e santidade, e conhecendo que Jesus morreu por pecadores, não é prova da graça em meu coração. Eu creio que os demônios podem saber estas coisas também. Porém, eu tenho algumas coisas que eles não. Eu tenho alegria, paz e amor. Os demônios não podem tê-los, de forma que isto deve mostrar que sou salvo."
Sim, é verdade que você tem algo a mais do que os demônios possam ter, mas isto não é nada melhor do que os demônios possam ter. Uma experiência pessoal de amor, alegria, etc., não pode ser porque eles tenham qualquer causa neles diferentes de um demônio, mas somente diferentes circunstâncias. As causas, ou origens, de seus sentimentos não são as mesmas. Esta é a razão porque estas experiências não são melhores do que aquelas dos demônios. Para explicar melhor:
Todas as coisas que foram discutidas antes sobre os demônios e pessoas condenadas, surgiram de duas principais causas, entendimento natural e amor próprio. Quando eles pensam sobre eles próprios, estas suas coisas são as que determinam seus sentimentos e reações. O entendimento natural mostra-lhes que Deus é santo, enquanto que eles são ímpios. Deus é infinito, mas eles são limitados. Deus é poderoso, e eles são fracos. O amor próprio dá-lhes um senso da importância da religião, do mundo eterno, e um desejo pela salvação. Quando estas duas causas trabalham juntas, os demônios e os homens condenados conscientizam-se da terrível majestade de Deus, quem eles sabem que será seu Juiz. Eles sabem que o julgamento de Deus será perfeito e sua punição será para sempre. Portanto, estas duas causas juntas com seus sentimentos causarão sua angústia no dia do julgamento, quando eles verão a glória visível de Cristo e Seus santos.
A razão porque muitas pessoas sentem alegria, paz e amor hoje, enquanto os demônios não, pode ser mais devido suas circunstâncias, do que qualquer diferença em seus corações. As causas em seus corações são as mesmas. Por exemplo, o Espírito Santo está agora atuando no mundo impedindo que todos da humanidade sejam tão maus como poderiam ser (2 Tessalonicenses 2:7). Isto está em contraste aos demônios, que são tão maus como eles poderiam ser o tempo todo. Além do mais, Deus em Sua misericórdia dá dons à todas pessoas, tal como a chuva para a colheita (Mateus 5:45), o calor do sol, etc. Não somente isto, mas freqüentemente as pessoas recebem muitas coisas na vida que lhes trazem felicidade, tais como relacionamentos pessoais, prazeres, músicas, boa saúde, e assim por diante. Mais importante de tudo, muitas pessoas ouvem as novas de esperança: Deus enviou um Salvador, Jesus Cristo, que morreu para salvar pecadores. Nestas circunstâncias, o entendimento natural das pessoas pode fazer com que sintam coisas que os demônios não podem sentir.
O amor próprio é uma força poderosa nos corações dos homens, forte o bastante para fazer com que as pessoas, mesmo sem a graça, amem aos que os amam: "E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam." (Lucas 6:32) É uma coisa natural para uma pessoa que vê Deus ser misericordioso, e que sabe que eles não são tão maus como poderiam ser, serem conseqüentemente seguros do amor de Deus por eles. Se seu amor por Deus vem somente de seus sentimentos de que Deus te ama, ou porque você tem ouvido que Cristo morreu por você, ou algo similar, então, a origem de seu amor por Deus é somente o amor próprio. Isto reina nos corações dos demônios também.
Imagine a situação dos demônios. Eles sabem que eles são irrefreáveis em sua maldade. Eles sabem que Deus é seu maior inimigo e sempre será. Embora eles estejam sem qualquer esperança, ainda estão ativos e lutando. Pense apenas, o que aconteceria se eles tivessem algo da esperança que as pessoas têm? O que aconteceria se os demônios, com seu conhecimento de Deus, tivessem suas maldades refreadas? Imaginem se um demônio, depois de todos seus temores sob o julgamento de Deus, fosse repentinamente levado a imaginar que Deus pudesse ser sue Amigo? Que Deus poderia perdoá-lo e permiti-lo, com pecado e tudo, no céu? Oh a alegria, a maravilha, a gratidão que nós veríamos! Não seria este demônio um grande amante de Deus, visto que, apesar de tudo, todo mundo ama as pessoas que lhes ajudam? O que mais poderia causar sentimentos tão poderosos e sinceros? É alguma maravilha, que muitas pessoas são enganadas dessa maneira? Especialmente visto que as pessoas têm os demônios para promover esta ilusão. Eles têm promovido isto agora e por muito séculos, e ah!, eles são muito bons nisto.

As verdadeiras experiências espirituais têm uma origem diferente 
Agora chegamos à pergunta: se todas estas várias experiências e sentimentos vêm de nada mais do que os demônios são capazes de possuir, quais são os tipos de experiências que são verdadeiramente espirituais e santas? O que tenho que encontrar em meu coração, como um sinal seguro da graça de Deus ali? Quais são as diferenças que mostram-nas serem do Espírito Santo?
Esta é a resposta: aqueles sentimentos e experiências que são bons sinais da graça de Deus no coração diferem das experiências dos demônios em sua origem e em seus resultados.
Sua origem é a percepção da devastadoramente santa beleza e amabilidade das coisas de Deus. Quando uma pessoa entende em sua mente, ou melhor ainda, quando ela sente seu próprio coração cativado pela atratividade do Divino, isto é um sinal inequívoco da obra de Deus.
Os demônios e condenados no inferno não experimentam agora, e nunca experimentarão nem um pouco disto. Antes da queda deles, os demônios tinham esta percepção de Deus. Mas em sua queda, eles a perderam, e a única coisa que eles poderiam perder do seu conhecimento de Deus. Temos visto como os demônios possuem claras idéias sobre como Deus é poderoso, sobre Sua justiça, santidade, e assim por diante. Eles conhecem muitos dos fatos sobre Deus. Mas agora eles não têm um indício sobre como Deus é. Eles não podem saber o que Deus é mais do que um cego pode saber sobre cores! Os demônios têm uma forte percepção da terrível majestade de Deus, mas eles não vêem Sua amabilidade. Eles têm observado Sua obra entre a raça humana por estes milhares de anos, deveras com toda a atenção; mas eles não podem ver um vislumbre de Sua beleza. Não importa quanto eles saibam sobre Deus (e temos visto que eles sabem realmente muito), o conhecimento que eles possuem nunca lhes trará a este alto e espiritual conhecimento de como Deus é. Pelo contrário, quanto mais eles sabem sobre Deus, mais eles O odeiam. A beleza de Deus consiste primariamente nesta santidade, ou excelência moral, e isto é o que eles mais odeiam. É porque Deus é santo que os demônios Lhe odeiam. Alguém pode supor que se Deus fosse menos santo, os demônios Lhe odiariam menos. Sem dúvidas os demônios devem odiar qualquer Ser santo, não importa quem Ele seja. Mas, certamente, eles odeiam este Ser ainda mais, por ser infinitamente santo, infinitamente sábio, e infinitamente poderoso!
Pessoas ímpias, incluindo aquelas ainda vivas, verão no dia do julgamento tudo o que há para ver de Jesus Cristo, exceto Sua beleza e amabilidade. Não há nenhuma coisa sobre Cristo que pudermos pensar, que não será posta diante deles em poderosa luz naquele brilhante dia. Os ímpios verão Jesus "vindo nas nuvens, com grande poder e glória". (Mateus 13:26) Eles verão Sua glória visível, que é muito, muito maior do que podemos imaginar agora. Os ímpios serão totalmente convencidos de tudo o que Cristo é. Eles serão convencidos sobre Sua onisciência, a medida que eles virem seus pecados repassados e julgados. Eles verão em primeira mão a justiça de Cristo, a medida que suas sentenças forem anunciadas. Sua autoridade será feita absolutamente convincente quando cada joelho se dobrar, e cada língua confessar a Jesus como Senhor. (Filipenses 2:10,11) A divina majestade será impressa sobre eles em um modo totalmente efetivo, a medida que os ímpios forem lançados no inferno, e entrarem no seu estado final de sofrimento e morte. (Apocalipse 20:14,15) Quanto isto acontecer, todo seu conhecimento de Deus, tão verdadeiro e poderoso como possa ser, não valerá nada, e menos do que nada, porque eles não verão a beleza de Cristo.
Portanto, é esta visão da amabilidade de Cristo que faz a diferença entre a graça salvadora do Espírito Santo, e as experiências dos demônios. Esta visão ou percepção é que faz a verdadeira experiência Cristã diferente de qualquer outra. A fé do povo eleito de Deus é baseada nisto. Quando uma pessoa vê a excelência do evangelho, percebe a beleza e amabilidade do plano divino da salvação. Sua mente é convencida de que isto é de Deus, e crê nisto com todo seu coração. Como o apóstolo Paulo diz em 2 Coríntios 4:3,4: "Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus." Isto é dizer, como foi explicado antes, que os incrédulos podem ver que há um evangelho, e entender os fatos sobre ele, mas eles não vêem sua luz. A luz do evangelho é a glória de Cristo, Sua santidade e beleza. Justamente após isto nós lemos: 2 Coríntios 4:6 "Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo." Claramente, é esta divina luz, brilhando em nossos corações, que nos capacita a ver a beleza do evangelho e a ter uma fé salvadora em Cristo. Esta luz sobrenatural nos mostra a superlativa beleza e amabilidade de Jesus, e nos convence de Sua suficiência como nosso Salvador. Somente um Salvador glorioso e majestoso pode ser nosso Mediador, permanecendo entre o culpado, pecadores merecedores do inferno como nós mesmos, e um Deus infinitamente santo. Esta luz sobrenatural nos dá uma percepção de Cristo que nos convence de uma maneira que nada mais poderia fazer.

Uma verdadeira experiência espiritual transforma o coração
Quando o pior dos pecadores é levado a ver a divina amabilidade de Cristo, ele não mais especula porque Deus deve estar interessado nele, para salvá-lo. Antes, ele não poderia entender como o sangue de Cristo poderia pagar a penalidade pelos pecados. Mas agora, ele pode ver a preciosidade do sangue de Cristo, e como Ele é digno de ser aceito como um resgate para o pior dos pecados. Agora, a alma pode reconhecer que ele é aceito por Deus, não por causa do que ele é, mas por causa do valor que Deus põe no sangue, na obediência, e na intercessão de Cristo. Ver este valor e dignidade dá à pobre alma culpada, um descanso que não pode ser encontrado em qualquer sermão ou livreto.
Quando uma pessoa chega a ver o fundamento apropriado da fé e da confiança com seus próprios olhos, esta fé é salvadora. "Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna." (João 6:40) "Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra. Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti. Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste". (João 17:6-8)
É esta visão da divina beleza de Cristo que cativa as vontades e atraí os corações dos homens. Uma visão da grandeza visível de Deus em Sua glória pode esmagar os homens, acima daquilo que poderão suportar. Isto será visto no dia do julgamento, quando os ímpios serão trazidos diante de Deus. Eles serão esmagados, sim, mas a hostilidade do coração permanecerá integralmente e a oposição da vontade continuará. Mas por outro lado, um simples raio da glória moral e espiritual de Deus e da suprema amabilidade de Cristo brilhando no coração, sujeita toda hostilidade. A alma é inclinada a amar a Deus como se por um poder onipotente, de modo que agora não somente o entendimento, mas todo o ser recebe e abraça o amável Salvador.
Esta percepção da beleza de Cristo é o principio da verdadeira fé salvadora na vida de um verdadeiro converso. Esta é totalmente diferente de qualquer sentimento vago que Cristo lhe ama ou morreu por ele. Este tipo de sentimentos confusos podem causar um tipo de amor e alegria, porque a pessoa sente uma gratidão por ter escapado da punição de seu pecado. Na realidade, estes sentimentos são baseados no amor próprio, e de nenhuma maneira em um amor por Cristo. É uma coisa triste que tantas pessoas são iludidas por esta falsa fé. Por outro lado, um vislumbre da glória de Deus na face de Jesus Cristo causa no coração um supremo e genuíno amor por Deus. Isto é porque a luz divina mostra a excelente natureza da amabilidade de Deus. Um amor baseado nisto está muito, muito acima de qualquer coisa que venha de um amor próprio, o qual os demônios podem possuir tão bem como os homens. O verdadeiro amor por Deus que vêm desta visão de Sua beleza causa uma alegria santa e espiritual na alma; uma alegria em Deus, e um regozijo nEle. Não há regozijo em nós mesmos, pelo contrário há regozijo somente em Deus.

As experiências genuínas espirituais têm resultados diferentes
A visão da beleza das coisas divina causará verdadeiros desejos pelas coisas de Deus. Estes desejos são diferentes das aspirações dos demônios, as quais acontecem porque os demônios sabem da maldição que lhes esperam, e desejam que isto possa ser de alguma forma diferente. Os desejos que vêm desta visão da beleza de Cristo são desejos naturais livres, como um bebê desejando leite. Porque estes desejos são tão diferentes das suas falsificações, eles ajudam à distinguir a genuína experiência da graça de Deus da falsa.
As falsas experiências espirituais têm a tendência de causar orgulho, que é um pecado especial do diabo. "Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo".(1 Timóteo 3:6) O orgulho é um resultado inevitável das experiências espirituais falsas, embora elas sejam freqüentemente cobertas com um disfarce de grande humildade. A experiência falsa é enamorada com si própria e cresce assim. Ela vive da própria exibição de um jeito ou outro. Uma pessoa pode ter um grande amor por Deus, e ser orgulhosa da grandeza de seu amor. Ele pode ser muito humilde, e deveras orgulhoso de sua humildade. Mas, as emoções e experiência que vêm da graça de Deus são exatamente opostas. A verdadeira obra de Deus no coração causa humildade. Elas não podem causar qualquer tipo de exibicionismo ou auto-exaltação. A percepção da terrível, santa, e gloriosa beleza de Cristo mata o orgulho e humilha a alma. A luz da amabilidade de Deus, e esta somente, mostra à alma sua própria vileza. Quando uma pessoa entende isto, inevitavelmente começa um processo de fazer Deus maior e maior, e ele mesmo menor e menor.
Outro resultado da graça de Deus operante no coração é que a pessoa odiará cada mal e reagirá a Deus com um coração e uma vida santa. As experiências falsas podem causar uma certa quantia de zelo, e até muito do que é comumente chamado religião. Contudo, não é um zelo pelas boas obras. Sua religião não é um serviço de Deus, mas antes um serviço próprio. Isto é como o apóstolo Tiago o coloca neste mesmo contexto, "Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?" (Tiago 2:19,20) Em outras palavras, os feitos, ou boas obras, são evidências de uma genuína experiência da graça de Deus no coração. "E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade". (1 João 2:3,4) Quando o coração tem sido encantado pela beleza de Cristo, como poderia responder de outra forma?

A visão da beleza de Cristo - o maior dom de Deus!
Quão excelente é esta bondade interna e a verdadeira religião que vêm desta visão da beleza de Cristo! Aqui você tem as mais maravilhosas experiências dos santos e anjos no céu. Aqui você tem a melhor experiência do próprio Jesus Cristo. Embora sejamos meras criaturas, isto é um tipo de participação na própria beleza de Deus. "Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina." (2 Pedro 1:4). "Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este [Deus], para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade." (Hebreus 12:10) Por causa do poder desta obra divina, há uma habitação mútua de Deus em Seu povo. "Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele".
Este relacionamento especial faz com que a pessoa envolta seja tanto feliz como abençoada, como nenhuma criatura existente. Este é um dom especial de Deus, que Ele dá somente para Seus favoritos. Ouro, prata, diamantes, e reinos terrestres são dados por Deus para pessoas que a Bíblia chama de cães e porcos. Mas o grande dom de contemplar a beleza de Cristo, é uma benção especial de Deus para Seus queridos filhos. Carne e sangue não podem dar este dom: somente Deus pode concedê-lo. Este foi o dom especial pelo qual Cristo morreu para obter para Seus eleitos. Este é o sinal mais alto de seu eterno amor, o melhor fruto de Seus labores, e a mais preciosa aquisição de Seu sangue.
Por este dom, mais do que qualquer outro, os santos brilham como luzes no mundo. Este dom, mais do que qualquer outro, é seu o conforto. É impossível que a alma que possua este dom possa perecer. Este é o dom da vida eterna. Este é o início da vida eterna: aquele que o tem, não pode jamais morrer. Este é o amanhecer da luz da glória. Ele vem do céu, tem uma qualidade celestial, e guiará seu portador ao céu. Aqueles que possuem este dom, podem vagar no deserto ou serem lançados pelas ondas do mar, mas finalmente chegarão ao céu. Lá a faísca celestial se tornará perfeita e elevada. No céu, as almas dos santos serão transformadas em uma brilhante e pura labareda de fogo, e eles brilharão eternamente como o sol no reino de seu Pai. Amém.


terça-feira, 29 de novembro de 2011

WI-FI PODE ACABAR COM A RAÇA HUMANA

Wi-Fi pode acabar com a raça humana

Estudo revela que sinais de rede sem fio podem matar ou mutilar espermatozoides.
Um estudo desenvolvido por cientistas argentinos revelou que a utilização da tecnologia Wi-Fi em notebooks pode afetar a capacidade de reprodução dos homens, se usados próximos dos órgãos reprodutores. De acordo com a pesquisa, liderada por Conrado Avendaño, do Nascentis Medicina Reproductiva, em Córdoba, os sinais da rede sem fio são capazes de matar ou mutilar os espermatozoides.
Segundo a Reuters, A pesquisa consistiu em deixar uma quantidade de esperma muito próxima a um laptop conectado a uma rede Wi-Fi. Após quatro horas, 25% dos espermatozoides pararam de se movimentar e 9% apresentaram danos em sua estrutura de DNA.
Em contrapartida, em uma mesma quantia de sêmen mantido na mesma temperatura, porém longe do computador portátil, os índices de mortalidade e problemas na estrutura genérica dos espermatozoides não passaram de 14% e 3%, respectivamente.
O pesquisador acredita que a radiação eletromagnética das redes Wi-Fi é a culpada pela diminuição da qualidade do esperma. "Nossos dados sugerem que o uso de um laptop com conexão sem fio posicionado perto os órgãos reprodutores masculinos pode diminuir a qualidade do esperma humano", afirma Avendaño.
Para conferir mais detalhes do estudo, clique aqui para acessar a sua publicação no periódico científico eletrônico ScienceDirect.


Leia mais em:http://www.tecmundo.com.br/saude/15972-wi-fi-pode-acabar-com-a-raca-humana.htm#ixzz1f81qaUvY

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

RÓTULO E CONTEÚDO

QUARTA-FEIRA, 23 DE NOVEMBRO DE 2011

Rótulo e Conteúdo

Isaías 58.1-14

Introdução. É comum ouvir-se de quando em vez: “Cuidado! As aparências enganam”, “nem tudo que reluz é ouro”; “por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”. Estes ditos populares têm seu lugar nas ações humanas. Falam do caráter de pessoas que se revela na sua vida prática.
O Mestre dos mestres ensina: “pelos frutos se conhece a árvore”. O capítulo em estudo nos fala exatamente disto. O culto que era prestado tinha aparência de piedade, porém sua motivação era outra. Havia uma espécie de “culto-barganha”. Havia o propósito de alcançar favores ao invés de adoração por amor, por temor piedoso. Os “adoradores” aparentavam piedade, fidelidade, mas seu viver não traduzia tais sentimentos. Havia dicotomia entre culto e ação.

1- Denúncia ordenada por Deus: Isaías 58.1,2.
“Clama em alta voz... como de trombeta... anuncia ao meu povo... sua transcrição... os seus pecados”. Há muita coisa importante aqui: Deus ordena ao profeta denunciar transgressão e pecados aos que vinham ao culto.
Era o seu povo (meu povo). Gente que havia sido escolhida; recebera leis, mandamentos e tinha sacerdotes, levitas, profetas, etc., cuidando dela, assistindo-a, ensinando-a.
Quando consideramos, assim, um alerta ressoa em nossa percepção: estava havendo falha na ministração ao povo? Que fora feito das reformas de Joás (2Cr 24.1-14); de Ezequias (2Cr 29.1-30); de Josias (2Cr 34.1-35. 19), etc. O registro de 2Crônicas 34. 8-21 dá a entender que houve negligência, pois o Livro da Lei estava abandonado e foi encontrado (v.14). Esse fato produziu o avivamento do reinado de Josias.
Ou o povo não levava em conta os ensinos que lhes eram ministrados? Parece que as duas ocorrências tiveram lugar. Nos nossos dias também... Deus se está agradando das ministrações e cultos que marcam nosso contexto? Os líderes precisam ser zelosos, fiéis na sua ministração. O povo de Deus precisa obedecer à Palavra assim ministrada e praticá-la.
O conteúdo do verso 2 deixa claro que o povo não vivia em justiça (como se fosse um povo que praticasse a justiça); o povo havia se desviado da Palavra de Deus (isso não aconteceria se não tivesse abandonado a ordenança do seu Deus).
Que proveito havia na prática de ritos e viver de maneira ímpia, injusta?

2-Queixas contra Deus: Isaías 58.3.
Esse povo além de prestar um culto egoísta, ainda se queixava do Senhor, atribuindo-lhe indiferença, desinteresse, ou, quem sabe, incapacidade para operar a retribuição esperada. As perguntas (queixas) dirigidas a Deus chegam a ser afrontosas:
• Por que temos jejuado e não atentas para isso?
• Por que temos afligido as nossas almas e não o sabes?
O Povo Israelita costumava celebrar fatos, eventos de sua história, para expressar seu reconhecimento a Deus. Lembravam a libertação do cativeiro egípcio, por meio da Páscoa; a peregrinação de quarenta anos no deserto, por meio da festa dos Tabernáculos; a doação da Lei no Sinai, por meio do Pentecoste; e outras, como a festa das expiações, conforme Lv 16.29-34; 23. 1-44; Nm 29.7, etc. Problemas surgentes na vida do povo levavam-no, também, a jejuns, ao oferecimento de holocaustos, etc. (Jz 20.26; Jr 36.5-10, etc).
Aqui não há uma especificação relativa a festas ou emergências. Parece-nos que se refere à rotina de atividades religiosas como nos capítulos 1 e 59. O povo tinha suas necessidades. Recorria à ajuda de Deus, usando como meio de movê-lo o jejum, o assentar-se sobre saco de cinzas, como expressão de humilhação, aflição, etc., mas apenas ritualidade. Nada fluía de um coração devoto e sincero. O verdadeiro temor, quebrantamento, etc. estava ausente (Sl 51.17). É impossível enganar a Deus (Sl 139. 1-16; Hb 4.13)
Não há no texto qualquer condenação ao Jejum. Jesus o praticou; Paulo o praticava; a igreja em Antioquia (na Síria – At 13) o praticava. A repreensão é dirigida ao superficialismo, ao ritualismo, à hipocrisia que estava ocorrendo. Deus aceita o culto verdadeiro, alegra-se nele, porém abomina, rejeita a hipocrisia, o “culto-barganha”.*

3-A resposta e a rejeição às queixas: Isaías 58.3b,4,5.
É maravilhoso o nosso Deus. Ele ouve as queixas daquela gente e, pacientemente, mostra o erro, classifica-o como transgressão e pecado, e corrige bondosamente. Duas respostas revelam a rejeição da motivação imprópria dessa busca de Deus. Quatro perguntas revelam que não foi essa prática que o Senhor pediu. Com simplicidade o Senhor conduz o povo à consciência de seu erro (pecado e transgressão), mostrando-lhe a seguir a adequada forma de vida que deveria ter.
– No dia em que jejuais prosseguis nas vossas empresas (na busca de vossos interesses) e exigis que se façam todos os vossos trabalhos. Certamente faziam seus jejuns, ofereciam seus sacrifícios no sábado, mas impunham aos seus servos a realização de tarefas pesadas visando ao aumento de suas riquezas, praticando a opressão.
– Jejuais e fazeis contendas, tendes desentendimentos (rixas) pessoais. Agredis (feris com punho iníquo) uns aos outros, etc. É difícil admitir que uma comunidade se disponha a cultuar o Senhor, agindo com tais motivações erradas, com tais atitudes.
O resultado é a rejeição dessa postura: “Jejuando vós assim como hoje, a vossa voz não se fará ouvir no alto” (no céu)... A questão não é indiferença ou incapacidade da parte de Deus (3a), mas atitude equivocada, motivação pecaminosa por parte dos “adoradores” (Is 59.1,2; 1.11-17; Gn 4.3-7; Tg 4.1-3, etc.). Deus, por sua própria natureza (justiça, santidade, verdade...) não pode aceitar tal adoração distorcida, equivocada, egoísta – “culto-barganha”. O culto verdadeiro, sincero, devotado, Deus aceita (Is 57.15; Gn 4.7; Jr 29.11-14). Porventura poderá o Senhor aceitar e retribuir todas as manifestações de cultos e adoração de nossos contextos atuais sob a alegação de contextualização? É necessário entender o que é a contextualização verdadeira e a contextualização clientelista*.

4- Perguntas reveladoras do erro dos “adoradores”: Isaías 58.5.
Há muitas perguntas que o próprio Deus faz, cujo propósito é tornar a pessoa consciente de sua situação pessoal. O Senhor conhece todas as coisas de maneira completa, absoluta (Gn 3.9,11,13; 4.9,10). No texto acima, Deus procura conscientizar o povo de que Ele não escolheria, não pediria, não aceitaria tal prática errada, distorcida, imprópria.
- Seria esse o Jejum que escolhi? É como se o Senhor quisesse lhes fazer pensar, refletir se Ele (Jeová) seria capaz de tal contradição (Zc 7.5-8).
- O dia em que o homem aflija sua alma? Qual o resultado de afligir-se, impor-se desconforto, penitenciar-ser fisicamente, flagelar-se como muita gente ainda hoje o faz?
- Consiste em inclinar a cabeça como o junco emurchecido pelo calor? Sentar-se sobre saco de cinzas? Que proveito em efetuar todo esse ritual e continuar com a maldade aninhada na alma, continuar na prática da iniquidade?
- Chamarias tu a isso Jejum e dia aceitável ao Senhor? As respostas a todo esse questionamento que o Senhor levanta é um categórico não. Jeová é o Deus da verdade, da justiça, da sinceridade, nunca das expressões exteriores, ritualistas, travestidas de adoração.

5- O jejum que Deus escolheu (O Culto Verdadeiro). Isaías 58. 6,7.
Novamente o Senhor volta ao método interrogativo para fazer Israel entender que o culto que Ele requer e aceita brota de um coração contrito, quebrantado (Sl 51.17; Is 57.15; Jr 29.12,13). Esse culto é expressão devocional sincera. O adorador adora conscientemente, sua alma se derrama naturalmente por reconhecer que o Senhor é digno de louvor, honra, glória (Sl 96.1-13; 100.1-5; Ap 4.8-11; 5.11-14).
O Senhor mostra por intermédio do questionamento que a atitude sincera, a prática da justiça, as atitudes piedosas devem estar em pleno acordo com os atos de culto (Mq 6.8; Ml 1.5,6; Os 6.6; 12.6; 1Sm 15.22).
Após mostrar o erro, o Senhor vai corrigi-lo, mostrando a atitude adequada para seu povo servi-lo, adorá-lo. Por meio de perguntas e respostas, ensina que o verdadeiro Jejum (culto) se manifesta por coerência entre adorar e viver. Vejamos o verso 6:
Acaso não é este o jejum que escolhi?
1-Que soltes as ligaduras da impiedade?
2-Que desfaças as ataduras do jugo?
3-Que deixes ir livres os oprimidos?
4-Que despedaces todo o jugo?
Agora a resposta a todas essas questões é um categórico sim. Que proveito haverá em deslocar-se ao Templo (ou qualquer local de culto), apresentar sacrifícios, jejuar, ajoelhar-se, aparentar quebrantamento, piedade, enquanto continua no pecado, na exploração, opressão de escravos ou trabalhadores (até mesmo no dia do repouso)? Deus repudia, reprova a injustiça social, a exploração, a opressão (Am 4. 1-5; Os 4. 1-3; 9.17; Jr 34. 8-22).
Vejamos agora o verso 7:
1- Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto?
2- Que recolhas em casa os pobres e desamparados?
3- Que vendo o nu, o cubras (o vistas)?
4- E não te escondas da tua própria carne; de teus próprios irmãos; de tua própria gente (Ne 5.10-12; Lv 25.25-35; Dt 15.12-18)?
O Antigo Testamento registra o cuidado que o Senhor manifesta com os necessitados (pobres, órfãos, viúvas, etc.) e ensinou seu povo a praticar a beneficência, lembrando-lhe o sofrimento experimentado no Egito (Mq 6.8; Is 1.16; Jr 4.14; Am 5.14,15).

6- A Justa Retribuição do Senhor à Prática da Justiça: Isaías 58.8-12.
A Bíblia inteira mostra a soberania de Deus orientando, dirigindo a história, cujo protagonista é o ser humano, Sua imagem e semelhança. Sua soberania se expressa numa condicionalidade relacional: “SE... ENTÃO”.
Vimos acima que Deus rejeitou a adoração imprópria, deixou de atender as reivindicações do seu povo por não atenderem seus ensinos. Não era culto autêntico, era um culto reivindicatório, “culto-barganha”.
Agora neste conteúdo o Senhor ensina o modo correto de adorá-lo. E as expressões de vida devem corresponder ao novo do povo: “Povo do Senhor” (2Cr 7.14). Vejamos:
Então romperá a tua luz como a alva (Pv 4.18). Haverá uma mudança completa. Os aspectos negativos da situação anterior serão mudados em expressões benditas da comunhão com o Senhor. Verão o Deus bondoso, cuidadoso, zeloso, pronto e poderoso.
E a tua cura apressadamente brotará. Se o povo (Israel) abandonar o superficialismo, a atitude egoísta, afastar-se da mera religiosidade e praticar o que é bom, então Deus operará sua justiça e mudará sua condição (2Cr 7.14; Jr 30.15-22).
E a tua justiça irá adiante de ti. A postura adequada, recompensada pelo Senhor, o fará seguir praticando o bem, realizando sua tarefa como Deus preparou.
• E a glória do Senhor será a tua retaguarda. Deus foi guia na condução de seu povo ao sair do Egito e também o protetor de sua retaguarda. Continuará a sê-lo se andar nos seus ensinos (Êx 14.19,20; Nm 15.16; Is 52.12; 63.8,9).
• Então clamarás e o Senhor te responderá... Eis-me aqui. O Senhor tem prazer em ouvir, atender seu povo. Mas é necessário estar adequadamente sintonizado com Deus (2Cr 7.14; Jr 33.3; 29.11-14).
• Se abrires a tua alma ao faminto, e fartares ao aflito. A liberalidade da alma generosa para socorrer os necessitados é o oposto do egoísmo. Na expressão aqui, seria como andar em trevas, na escuridão. O Egoísta (avarento, insensível) vive afastado do Senhor, da Luz.
• Então a tua luz nascerá nas trevas... como o meio-dia. A ação benevolente, misericordiosa reflete o caráter de Deus (Pv 4.18; Sl 37.6; 2Sm 23.3,4).
• O Senhor te guiará continuamente opondo-se às queixas do povo de não ser considerado, não ser atendido, Deus diz, por intermédio do profeta, que havendo mudança (conversão, abandono do pecado), Ele cuidará do seu povo continuamente.
• E te fartará até em lugares áridos. Estará Deus querendo lembrar ao povo do suprimento que seus antepassados receberam por quarenta anos no deserto? Nenhum Israelita morreu de fome, de sede, de nudez, de enfermidade. Morreu uma grande quantidade por rebeldia.
• Fortificará os teus ossos. Deus não somente farta com subsistência. Também com saúde. Ele prometeu que se houvesse obediência, nenhuma enfermidade viria sobre seu povo.
• Serás como um jardim... como manancial cujas águas nunca falham. Linda figura para habitantes da Palestina. Ambiente árido, desértico. Mas os que forem fiéis, permanecerem no Senhor, serão tais.
• Os descendentes serão abençoados: Serão a raiz de muitas gerações. Reconstruirão (restaurarão) os lugares assolados pelos babilônios. Vale a pena um estudo cuidadoso de como o Senhor cumpriu esta Palavra por meio de Neemias e Esdras.

7- O Sábado desvirtuado. Isaías 58.13,14.
A palavra sábado é um aportuguesamento da palavra hebraica, cujo significado em português é repouso, descanso, etc. A palavra não é sinônimo de sete. O repouso, de acordo com o registro de Gênesis (Gn, 2.1-3), ocorreu no sétimo dia. A ênfase, entretanto, está no significado, na finalidade, não no dia específico. Alguns destaques:
•Deus o estabeleceu e o justifica em Êxodo 20 e Deuteronômio 5.
•Estabeleceu-o como dia necessário ao descanso, à restauração física, mental, espiritual:
1-Abençoou-o: Fê-lo para nosso bem. Jesus afirma que o sábado foi feito por causa do homem.
2-Estabeleceu-o para repouso e culto; santificou-o. Separou-o para Si mesmo exclusivamente. No verso 13 há observações sobre o sábado, o dia do repouso, porque estava sendo profanado pelos israelitas. Pensavam estar procedendo bem, a ponto de se queixarem e requererem recompensas do Senhor, mas usavam o sábado em proveito próprio.
•Se desviares do sábado (do dia do repouso) o teu pé;
•E deixares de prosseguir nas tuas empresas (atividades de interesses pessoais) no MEU SANTO DIA (pertencente ao Senhor exclusivamente);
•Se ao sábado (dia de repouso) chamares deleitoso, ao santo dia do Senhor;
•Digno de honra; se o honrares, não seguindo os teus caminhos (propósitos pessoais);
•Nem te ocupando nas tuas empresas (cuidando de empreendimentos pessoais);
•Nem falando palavras vãs (prometendo fidelidade e não cumprindo). “SE... ENTÃO”.
Os resultados são descritos no verso 14 e podemos resumi-los na seguinte frase:
Tu serás bendito do Senhor em todos os aspectos de tua vida.

APLICAÇÕES

1- O povo de Israel (nos dois reinos) era descendência de Abraão, Isaque e Jacó. Foi formado para ser fiel e servir ao Senhor. Recebeu leis, preceitos, mandamentos e líderes para o apascentar (reis) e para os guiar espiritualmente (sacerdotes e profetas). Mas desviou-se, como estamos vendo na lição de hoje. Precisamos ficar atentos, como povo de Deus em nosso tempo e contexto, evitando cairmos nos mesmos erros.

2- Hoje, como então, Deus chama, prepara e envia líderes para cuidar do seu povo. É necessário que atendamos os ensinos que recebemos, tendo cuidado de discernir se realmente são alicerçados na Palavra de Deus.

3- Precisamos nos conscientizar do que é culto, como adoração ao Senhor, tanto no devocional, pessoal, como no familiar e no coletivo. Há diferença marcante entre “show” de entretenimento travestido de culto e culto genuíno, preparado e desenvolvido com o propósito de honrar, exaltar, glorificar ao Senhor, num espírito de verdadeiro respeito, de reverência à Trindade Santa.

4- Precisamos estar precavidos com tanta pregação “novidadeira” nos veículos de comunicação de massa apresentando outro Cristo que não é aquele do evangelho. Este é o Filho de Deus, que veio buscar e salvar os perdidos; que requer renúncia, arrependimento, vida nova; santidade e serviço. Aquele outro (o da mídia) é falsificado por seus apresentadores atuando apenas para o contexto terreno e material.

5- Precisamos valorizar, respeitar, santificar o domingo, o dia do repouso para os cristãos. Nada mudou de seu significado e finalidade. Jesus nos diz no Evangelho de João que nosso amor a Ele se manifesta por nossa obediência a seus ensinos. Esses grupos que ao invés de dedicar todo o dia a Ele, aproveitando os cultos, a alegria do convívio familiar, visitando necessitados, evangelizando, etc. se aplicam a coisas menos importantes, cuidado!


Glossário: Notas Explicativas:

* “Culto-Barganha”: Nunca me deparei com esta expressão em qualquer publicação, nem mesmo a ouvi em qualquer comunicação oral. Desde meus tempos de seminário, com o propósito de conhecer diretamente a verdade sobre muita coisa sensacionalista, visitava lugares desse tipo de “manifestações espetaculares”. Numa delas havia muitos deficientes físicos e nenhum foi curado. Mas as “promessas” de curas e solução de problemas mediante certas quantias mínimas sempre eram feitas. E dava resultado. Os ajudantes (obreiros) recolhiam bastantes e boas ofertas.
Certa feita, após acompanhar por algumas semanas os estudos de livros das chamadas “T.J.”, fiz uma pergunta. Fui descoberto e expulso como “espião”. Mas o colhido naquelas semanas com mais alguma pesquisa me rendeu bom grau na monografia.
Presentemente alguns grupos fazem sucesso com suas “manifestações espetaculares” e em pouco tempo já ostentam bom status. Os “milagres” requerem boas doações em moeda, veículos, imóveis, etc. É como se o Senhor tivesse “loteca” ou algum “baú da prosperidade”. Os tais líderes (milagreiros) nos quais favores são trocados, e os frequentadores apostam na possibilidade de serem agraciados. Assim estava acontecendo com aquela geração Israelita, de Isaías 58. Bom, eu chamei aquilo e as presentes “cerimônias”, de “culto-barganha”, ou seja: “toma lá, dá cá”. Mas se alguém tiver uma designação mais adequada, use o meu e-mail e me ajude. Obrigado.

• Contextualização Clientelista.
A palavra contextualização tem uma função muito especial no âmbito da comunicação. Eu a uso muito nas minhas aulas de Missiologia (Missões Transculturais). Desde o Seminário me senti atraído pelo estudo da comunicação.
No âmbito da Missiologia a Contextualização é aplicada à Comunicação e Relacionamento Transcultural. Como estabelecer boa comunicação do evangelho e um bom relacionamento com um outro grupo cultural.
Bem, a gente anda por aí, visitando, pregando, palestrando, etc. Vê-se muita coisa, coisa estranha também, do ponto de vista bíblico quanto a culto e adoração.
Contextualizar é o recurso ou método que a igreja usa para tornar a mensagem de Salvação inteligível (entendida) e relevante à sua comunidade. Isto é contextualização verdadeira. Quando, ao contrário, ela é usada para atrair gente, sem considerar Deus como objetivo do culto, torna-se contextualização clientelista. É aquilo que o Senhor Jesus conceitua como “porta estreita, caminho apertado” e “porta larga, caminho espaçoso”.




LEITURAS DIÁRIAS

segunda-feira Tg 4.1-6
terça-feira Gn 4.1-7
quarta-feira Dt 15.1-11
quinta-feira Ml 1.1-14
sexta-feira Jr 34.8-22
sábado Sl 96.1-13
domingo Is 58.1-14

A ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO RELIGIOSO

A ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO RELIGIOSO. LIÇÃO CPAD 09 - 11/2011 [- atualização:24/11/2011] - 1ª Parte - em edição continuada...

A ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO RELIGIOSO.
LIÇÃO CPAD                                       -                                         Autor: Osvarela

TEXTO ÁUREO:
Ne 12.43. E ofereceram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram; porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:
Ne 12.27,31;43.

E na dedicação dos muros de Jerusalém buscaram os levitas de todos os seus lugares, para trazê-los, a fim de fazerem a dedicação com alegria, com louvores e com canto, saltérios, címbalos e com harpas.
E assim ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém, como das aldeias de Netofati;
Como também da casa de Gilgal, e dos campos de Geba, e Azmavete; porque os cantores edificaram para si aldeias nos arredores de Jerusalém.
E purificaram-se os sacerdotes e os levitas; e logo purificaram o povo, as portas e o muro.
Então fiz subir os príncipes de Judá sobre o muro, e ordenei dois grandes coros em procissão, um à mão direita sobre o muro do lado da porta do monturo.
E ofereceram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram; porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.
Texto amparo:Rm. 12.1,2.
ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
Etimologia:
Etimologia e sentido primitivo da palavra.
Significado de Liturgia:
Podemos entender, por inferência, na atualidade: a liturgia se interpreta como “forma de culto”.
Liturgia (grego leitourgía, -as, serviço público, serviço do culto)
s. f. Conjunto das cerimônias.cerimônias eclesiásticas. = RITO
Liturgia: sf. Ordem das seqüencias de Cerimônias de uma Igreja.
O vocábulo "Liturgia", em grego, formado pelas raízes leit- (de "laós", povo) e -urgía (trabalho, ofício) significa serviço ou trabalho público. Por extensão de sentido, passou a significar também, no mundo grego, o ofício religioso, na medida em que a religião no mundo antigo tinha um carácter eminentemente público
Exemplo do uso de Liturgia:
No  culto Evangélico, "liturgia" refere-se a ordem seguencial a qual o sacerdote utiliza no decorrer do culto.
Obs: Lutero e Calvino são considerados os reformadores da liturgia no final da Igreja Medieval.
Liturgia (li-tur-gi-a) - s. f. Conjunto das cerimônias e preces ordenado pela autoridade espiritual competente; ritual: liturgia romana.Entre os antigos gregos, serviço público cuja execução era confiada às classes mais altas: o equipamento das trirremes, a organização dos espetáculos públicos etc., eram dispendiosas liturgias.
Sinônimo: rito  ·  ritual
O vocábulo "Liturgia", em grego, formado pelas raízes leit- (de "laós", povo) e -urgía (trabalho, ofício) significa serviço ou trabalho público.
Passou a significar também, no mundo grego, o ofício religioso, na medida em que a religião no mundo antigo tinha um carácter eminentemente público.
Na Septuaginta  (LXX), tradução grega das Sagradas Escrituras, o vocábulo "liturgia" é utilizado para designar somente os ofícios religiosos realizados pelos sacerdotes levíticos no Templo de Jerusalém.
No princípio, a palavra não era utilizada para designar as celebrações dos cristãos, que entendiam que Cristo inaugurara um tempo inteiramente distinto do culto do templo.
Mais tarde, o vocábulo foi adoptado, com um sentido cristão.
Exórdio:
Precisamos nos localizar sobre este momento no livro de Neemias.
Localizar os locais de adoração é importante neste domingo.

E assim ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém, como das aldeias de Netofati;

Como também da casa de Gilgal, e dos campos de Geba, e Azmavete; porque os cantores edificaram para si aldeias nos arredores de Jerusalém.


Betel e Gilgal eram os dois mais sagrados locais de adoração. 
- dos campos de Geba; Sudoeste de Micmás é a moderna aldeia árabe de Jaba, que preserva o local bíblico de Geba.

A cidade levítica no território tribal de Benjamim, Geba foi fortificada por Asa durante sua guerra com Baasa (1 Reis 15:22).

Durante o tempo de Josias, Geba foi, aparentemente, a cidade mais setentrional de Judá, como o rei destruiu os lugares altos "desde Geba até Berseba" (2 Rs. 23:8).

Por causa da ocupação atual, o sitio arqueológico não foi escavado.

Alguns cidadãos de Geba viveram em Micmás e outras cidades nos dias de Neemias, bem como a outras cidades (Neemias 11:31). Cantores levitas moravam lá (Neemias 12:29).
– Azmavete - Hebraico - A morte é forte. 2 Samuel 23.31; 1 Crônicas 8.36; 12. 3; 27.25.

Heb. ‘Azmaweth, “a morte é forte”.  
É também o nome de uma planta que cresce na Arábia e que é muito usada como forragem para camelos. Um local perto de Jerusalém para onde voltaram 42 judeus, cujos antepassados lá tinham vivido. Vieram do exílio em Babilônia juntamente com Zorobabel (Ed 2:24).

Em Ne 7:28 é chamada Bete-Azmavete. Alguns cantores do templo edificaram aí as suas casas (Ne 12:29). Tem sido identificado com Hizmeh, entre Geba e Anatote, situada cerca de 8 km a nordeste de Jerusalém.
Contexto:
É uma narrativa que evoca a renovação religiosa, no sentido do ‘religare’.
A narrativa se desenrola no resgate de valores fundamentais para o Povo.
Para a Nação como Nação especialmente escolhida em uma Terra escolhida e sob uma Aliança em recuperação, que os levara, ao ser quebrada, ao Exílio de septuagésimo - 70 anos.
O povo está em pleno festejo da Festa do Hanukkah, ou seja um festejo de grande celebração.
Raymond A. Bowman ao estudar os fatos indica a data como 2 de Outubro de 445 a.C.
É momento de reforma de tudo.
Cidade
Muralhas
Portas
Templo
Culto
Inserção em resposta viva ao que disseram no desterro: Salmos 137:1-4.JUNTO dos rios de Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião. - Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas. - Como cantaremos a canção do SENHOR em terra estranha? - Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião.
Era chegada a hora de juntar em santa convocação os levitas, sacerdotes, oficiais, povo pra a Celebração conforme havia sido instituída por Deus.vide neste texto I Crônicas 9 e 15.
Enquanto temos tempo celebremos a nossa Liturgia com Cristo em sua plenitude.
É a reafirmação, que Neemias vai resgatando na alma hebréia nacionalista e javista.
É o momento de tirar a confusão sobre o que o povo, mormente os nascidos no cativeiro, e outros esquecidos de renovarem o culto com a Liturgia divinalmente inspirada.
Hebreus 10:24-25. - E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, - Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. 
É o nosso tempo.
É tempo de tirar a confusão da mente do povo.
É o nosso tempo.
Tiremos da mente do povo, as pedras de toque, as imposições de liturgias humanas e idólatras e deixemos retornar a verdadeira liturgia dirigida pelo Espírito Santo.
O Rei da Pérsia quer imprimir ao povo seus valores.
Ainda que exista uma ‘casa de Ezequiel’ no exílio é necessário retornar a ‘nossa terra’.
Os nosso valores religiosos são questionados, mesmo entre nossos crentes.
A prática comercial do neos prejudica a continuidade da adoração verdadeira.
Se não houver ritual, suor, lenço, copo de água, carro novo [coisa boa]...
Há um conflito entre a Igreja e o povo da terra (‘os que não foram para o exílio’
É tempo de restaurar a Identidade e a identificação do povo com Deus:
-assimilação de outras práticas religiosas;
-dificuldades com os casamentos mistos;
-alianças por interesses econômicos;
-radicalismos na prática religiosa:
Neemias está colocando o povo diante de Javé.
É hora da Igreja de Cristo se posicionar.
Quanto a uma Liturgia real e realista.
Quanto a uma teologia própria e não segmentada com vínculos próprios com a Bíblia Sagrada.
Liturgia Atualidade - Noção atual.
Podemos entender por inferência, na atualidade, que a liturgia se interpreta como “forma de culto”.
A igreja utilizou-se de muitas palavras do vocabulário grego e as inseriu em seu linguajar e uso cúltico, como exemplo temos a palavra ekklésia, e outras tantas.
Da mesma forma a palavra em destaque é uma palavra composta: “Leitourgia” de “ergón” (obra) e “leitos” (adjetivo derivado de “leos” ou “laos” - povo).
A Septuaginta emprega o termo “leitourgía” e seus derivados para designar o serviço do templo por parte dos sacerdotes e levitas;Liturgiae

A adoração a Deus corretamente.
É fundamental para o crente o adorador realizar o culto a Deus de forma correta.
Assim, temos que seguir e aprender a Organização do Culto, em suas etapas e a função de cada participante da liturgia.
É usado para incluir o cumprimento de obrigações de todos os tipos, tanto para com Deus como para com as pessoas.
Além disso, quando usado no sentido mais alto, não significa qualquer tipo de adoração, mas, como a etimologia indica, corretamente.
ευλαβης significando originalmente cuidadoso em tratar, em sua aplicação religiosa significa cuidadoso em tratar das coisas divinas.
Caracteriza o adorador que mantém o temor – não remove os antigos marcos – não realiza a Obra de Deus relaxadamente.
Aquele que cuida para não mudar nada que deveria ser observado na adoração, e temeroso de ofender. 
Liturgia Na Forma Correta e Na Prática:

Podemos entender, por inferência na atualidade que a liturgia se interpreta como “forma de culto”

Liturgos.

Celebração.

-louvores

-canto

Conjuntos corais

Procissão de louvor


Demonstrando alegria:

- porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.


E ofereceram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram; porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.

Liturgia.

Podemos entender, por inferência na atualidade que a liturgia se interpreta como “forma de culto”

Liturgos.

Celebração.

-louvores

-canto

Conjuntos corais

Procissão de louvor

Demonstrando alegria:

- porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.
Celebração e Solenização:
Ne 8.18 E, de dia em dia, Esdras leu no livro da lei de Deus, desde o primeiro dia até ao derradeiro; ecelebraram a solenidade da festa sete dias, e no oitavo dia, houve uma assembléia solene, segundo o rito.
Entendendo os termos:
Celebração. ποιεω poieo - v. fazer ;celebrar, observar; cumprir: um promessa
Entre tantas formas da palavra e considerando o uso ao longo do tempo do vocábulo.
Solenização.
Temos então uma junção destes termos em um só ato, embora dividido por etapas da organização do Culto:
ευσεβεια eusebeia - Religioso.
1) reverência, respeito; 2) fidelidade a Deus, religiosidade
ευσεβεω eusebeo
v. -1) agir piedosa ou reverentemente ;1a) em relação a Deus, nação, magistrados, relações, e a todos a quem respeito e reverência são devidos
ευσεβης eusebes - adj.1) piedoso, submisso
ευλαβεια eulabeia - n f. precaução, circunspeção, prudência, discrição;-reverência, veneração;-reverência a Deus, temor divino, piedade
θρησκεια threskeia -  n f. adoração religiosa; esp. externo, aquilo que consiste de cerimônias; disciplina religiosa, religião.
Θεοσεβης [piedoso], de acordo com a derivação e uso, significa adoração a Deus.
É um termo geral, significando religioso num bom sentido.
Piedoso.
ευσεβης é distinto de θεοσεβης em duas formas. 
Podemos celebrar e solenizar, mas será que o culto está atendendo a vontade e atingindo o coração de Deus.
Melhor dizendo: Deus está recendo o Culto.
Amós 5:21,23. - E ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos. - Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me exalarão bom cheiro. - Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos;porque não ouvirei as melodias das tuas violas.
Quantas reuniões solenes são abjetas diante de Deus pela falsidade dos corações.
Pode ser o meu, para não ferir o leitor, mas Deus sabe o porque precisamos sofrer este agravo em nossos ouvidos!

II - Da Desorganização.
Primeiro falemos da falta de ordem na liturgia do culto para podermos alinhar os princípios da liturgia.
Hoje em dia, muitas igrejas têm perdido o conceito de culto.
Umas avançam para a encenação teatralizada
Outras para a centralização do louvor como principal ‘atrativo’ do culto.
A Hinologia como poderá ver, em poucas linhas, é essencial e importante e faz parte da verdadeira liturgia.
Coloco-a aqui quando há desvirtuamento de sua interação e uso correto na liturgia.
Outros tem se colocado sob a direção de homens e mulheres, centralizam em si todo a solenização cúltica.
Como assim?
- Há o período litúrgico do louvor.
- Há quadros em separado para departamentos.
E em seguida, parece-me ver como anúncio do espetáculo esperado:
Vem aí...o Pregador!
Só faltam as luzes ou holofotes sobre o ‘homem que tem a palavra’.
Veja bem.
Não descarto e não desconsidero este momento como principal do culto, nem como erro, e o mesmo deve ser o principal, no sentido da liturgia cristã, o momento da pregação.
Mas, estou dando um superlativismo gramático à questão e forma como certos pregadores são tratados, esperados, como o centro do culto.
Não se espera a Palavra, se espera o homem da ‘palavra’: leia Apóstolo Pedro: 
I Pedro 5:1-6 - AOS presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: - Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; - Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.- Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte;
Parece-me sermos sujeitos apenas uma revelação das Escrituras, não desejo com isto tirar o brilho de nenhum pregador inspirado, entre os tantos e excelentes pregadores espalhados pelo Brasil e exterior, aos quais tenho o prazer em ouvi-los.
Refiro-me a revelação citada pelo Apóstolo Pedro: II Pedro 1:20-21.- Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
II-A- A Palavra é o centro do culto e o ‘mitte’ da Palavra é Cristo.
2 Pedro 1:19. - E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.
Vejo cultos com imensa balburdia litúrgica.
Cultos sem nenhuma  ‘modum praxin’.
II-B- Aborrecidos pela Prática Litúrgica:
Temos encontrado muitos crentes totalmente desinteressados e aborrecidos com a liturgia de nossos cultos.
Embevecidos por liturgias diferenciadas em cultos aos quais vão ‘ver’ as novidades do mundo ‘gospel’.
E nós, como ministros, passamos um momento em que a transição está ocorrendo sem que se note, ou sendo notada, sem que façamos força, ajeitando a situação ao modo mais ‘agradável’.
Centenariamente temos um tônus litúrgico forte.
Centenariamente passamos a sofrer influências diversificadas.

A adoração Por Interesse Pessoal:
Interessados ou Crentes?
Amós enfrentou o mesmo problema: "Vinde a Betel e transgredi, a Gilgal, e multiplicai as transgressões; e, cada manhã, trazei os vossos sacrifícios e, de três em três dias,os vossos dízimos; e oferecei sacrifício de louvores do que é levedado, e apregoai ofertas voluntárias, e publicai-as, porque disto gostais, ó filhos de Israel, disse o Senhor Deus" (Amós 4:4-5).
Betel e Gilgal eram os dois mais sagrados locais de adoração. 
Gostar não é Adorar. 
Hoje em dia, muitas igrejas e seus pastores estão estimulando uma geração de crentes interesseiros.
Muitos buscam adorar o Senhor do modo que lhes convenha.
Já se nota como publicamos nesta página, certo descontentamento com grupos ou linhas de ação de inúmeras Igrejas, que estimulam ao povo:
Prosperidade, em forma de bens materiais, nada contra ter, mas primeiro é ter adoração, buscar o Reino, para posterior acrescentamento.
A adoração organizacional da verdadeira liturgia não age assim, mas é espontânea e celebratória à Deus. É o que aprendemos com Neemias e os levitas deste tempo em estudo.
Há motivos de Festa.
Muros restaurados, eis o motivo da Adoração.
Pois, o povo estava preparado para celebrar.
Eles tinham aprendido a Palavra de Deus.
Compreenderam:
É motivo de celebrar o cumprimento da Promessa de Deus para a nossa nação.
Para a nossa Igreja.
Para nossas almas.
Estamos livres, pois nós confessamos e retiramos de nosso meio o anátema,o qual impedia a totalidade da Celebração.
Povo instruído pode celebrar o que entende, pela Palavra de Deus!  
Para que nos ajuntamos?
Para sermos adoradores e edificadores dos muros da igreja de Cristo.
Para realizar:
Dedicação a Deus do nosso culto, com alegria;
Para entoar louvores à Deus;
Para que nossos agrupamentos em perfeita Organização façam a suas apresentações de louvores à Deus:
Para que nossos instrumentais possam participar do Culto Organizado de forma que a Liturgia não sucumba as nossas qualidades, mas que seja parte do Culto organizado.
Lembram do Rei Davi?
I Crônicas 15:16 - E disse Davi aos chefes dos levitas que constituíssem, de seus irmãos, cantores, para que com instrumentos musicais, com alaúdes, harpas e címbalos, se fizessem ouvir, levantando a voz com alegria.
É esta a noção primordial que gostaria de passar ao leitor deste texto:
Leia 1º Livro das Crônicas e entenda o que é a organização do culto.
A organização do Serviço Religioso é algo a ser mantido, nestes tempos neotestamentários pós-reforma como as Escrituras nos ensinam.
Talvez você possa questionar o momento atual do Culto como celebração, afinal não há cordeiro.
Mas, eu digo que há sacrifício: Rm. 12.1. ... apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Não há sacrifício de sangue!
E eu digo: O sangue já foi derramado – João O Baptista declarou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do Mundo”. Pois o Cordeiro – Jesus de Nazaré - já morreu e ressuscitou.
Maior motivo, para que celebremos com alegria, com cantos, com júbilo, com trombeta, com alaúdes, com cordas.
A Liturgia não significa o engessamento do Culto.
A Liturgia apropriada a cada Culto representa uma Organização mística ensinada pela Bíblia Sagrada.
O próprio Jesus Cristo ensina-nos de forma prática: Mateus 26:30. - E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras.
Sacrifício;
Alegria;
Deus alegrando seu Povo;
Homens, mulheres, meninos.
Alegria da Cidade;
Ruído santo, das vozes tocadas pelo Espírito Eterno!
O Envolvimento Nacional:

Então fiz subir os príncipes de Judá sobre o muro, e ordenei dois grandes coros em procissão, um à mão direita sobre o muro do lado da porta do monturo.

E ofereceram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram; porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.

Tipos de Toda a Gente:

A referência masculina é grande no Antigo testamento.

Mulheres.

Porém nesta lição o texto ressalta que tamném, as mulheres se alegraram.

Há um sentido de:

Elas conseguiram se soltar das amarras do machismo e se alegraram. Talvez inspiradas na irmã e matriarca da família mosaica – Miriam –

O sentido do texto é:

Liberdade advinda da alegria da musica divinamente e espontaneamente que envolveu a celebração. Era mais um cântico de vitória!

Crianças – envolvidas na celebração –o espírito santo suscita louvores até dos que mamam;

E na dedicação dos muros de Jerusalém buscaram os levitas de todos os seus lugares, para trazê-los, a fim de fazerem a dedicação com alegria, com louvores e com canto, saltérios, címbalos e com harpas.

Os Levitas:

De todas as cidades se Organizaram:

Ajuntaram-se em aldeias. ... porque os cantores edificaram para si aldeias nos arredores de Jerusalém.

União entre os levitas, ressalta a união que a organização que David impôs à seu tempo,  estava de volta.

Valores retomados.

Organização retomada.

1-  Dedicação;

2-  Alegria;

Agrupamento:

a- corais - dois grandes coros em procissão, um à mão direita sobre o muro do lado da porta do monturo.

3-       Agrupamentos musicais:

I-    Naipes – de vozes;

II-   Naipes instrumentais – saltérios;

III-  Címbalos;

IV-  Naipes de cordas; harpas.

Culto avivado!

-levitas de todos os seus lugares;

- casa de Gilgal; Betel e Gilgal eram os dois mais sagrados locais de adoração.a casa de Gilgal se juntar nesta celebração destaca uma ponto poderoso da reforma promovida por Neemias e na ação da Palavra por Esdras.Gilgal era importante lugar de adoração.a casa de Gilgal se unindo em adoração significava muitíssimo para esta celebração.realmente o culto se organizara!
Esta lição traz em seu texto de ouro a verdadeira liturgia, corroborada pelo que identificamos como texto suporte:
Rm. 12.1.ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deusque é o vosso culto racional.
Voltando ao contexto neemiaco.
Vemos a aplicação prática, a partir, do capítulo 7 – parte final e capítulo 8.
Ofertas
Voluntariedade
Preparação
Animais para o sacrifício preparado – compare com 2 Co. 9 – Apóstolo Paulo.

Observar e comentar:
Sincretismo religioso.
Não podemos deixá-lo avançar em nosso meio.

Palavras.
As palavras utilizadas na liturgia em adoração ao eterno são também fator de estudo daqueles que estudarão esta lição.
Há uma série de falas, palavras, formas de expressão que tornam a liturgia uma sinfonia de palavras de adoração, comunhão e união entre os que a lideram entre os que servem ao povo e entre os personagens divinos e do povo.
Hinologia:
Colossenses 3:16. Paulo admoesta os membros a se encorajarem uns aos outros na fé, com salmos, hinos, cânticos espirituais e com gratidão nos corações.

E assim ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém, como das aldeias de Netofati;

Como também da casa de Gilgal, e dos campos de Geba, e Azmavete; porque os cantores edificaram para si aldeias nos arredores de Jerusalém.

-instrumentos sonoridade solene - cordas

-instrumentos – que despertam – sonoridade metálica e ruído -


Temos então uma junção destes termos em um só ato, embora dividido por etapas da organização do Culto:

-louvores

-canto

-instrumentos sonoridade solene - cordas

-instrumentos – que despertam – sonoridade metálica e ruído -

E na dedicação dos muros de Jerusalém buscaram os levitas de todos os seus lugares, para trazê-los, a fim de fazerem a dedicação com alegria, com louvores e com canto, saltérios, címbalos e com harpas.

E assim ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém, como das aldeias de Netofati;

Muitos estudiosos e homens de Deus do passado e do presente tem se manifestado quanto a Organização do Culto nesta área.

Temos então posições importantes a defender ou comunicar:

Qual a posição da musica em uma liturgia e na organização do Culto?

Como já escrevemos na Desorganização.

Precisamos entender:

A musica pode ter valores diferentes.

Há musicalidade para cada culto em sua organização – liturgia.

Festejando; Casamentos

Na Bíblia Sagrada vamos encontrar as celebrações com instrumentos ruidosos.

Expressando jubilo;

Expressando o ruído de uma vitória. Até Moisés notou que havia um alarido no acampamento dos hebreus, enquanto estava no Monte, ensinando-nos a identificar qual é o sentido de da musicalidade de cada som que sai do acampamento dos santos.
Miriam cantou- após o mar ser aberto