quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Depois do Armagedom - Documentário Bíblico. muito bom filme completo

Cristãos egípcios são condenados à morte por filme anti-islã

Julgamento tem valor simbólico, já que condenados estão fora do país. O vídeo "A Inocência dos Muçulmanos" provocou uma série de protestos contra os EUA

Manifestante queima as bandeiras americana e israelense durante protesto, na Índia, contra o filme anti-Islã americano que tem gerado protestos muçulmanos em todo o mundo
Manifestante queima as bandeiras americana e israelense durante protesto, na Índia, contra o filme anti-Islã americano que tem gerado protestos muçulmanos em todo o mundo (Fayaz Kabli/Reuters)

Um tribunal do Cairo condenou à morte sete cristãos egípcios julgados à revelia, nesta quarta-feira, pela participação em um filme anti-islã que provocou protestos em vários países muçulmanos. Como os cidadãos egípcios estão fora do país, o julgamento acaba sendo simbólico, já que a punição só será aplicada se eles voltarem ao Egito. O pastor americano Terry Jones, da Flórida, também foi condenado.

"As sete pessoas acusadas foram condenadas por insultos à religião islâmica através da participação na produção e distribuição de um filme que insulta o islã e seu profeta", disse o juiz Saif al-Nasr Soliman.

Entre os condenados está o responsável pelo filme, Mark Basseley Youssef, também conhecido pelo nome de Nakoula Bassely Nakoula. Ele está cumprindo um ano de prisão em Los Angeles por ter violado sua liberdade condicional em um caso de fraude bancária.
Durante o julgamento, o tribunal expôs as provas contra os acusados, como cenas do filme de Jones queimando um exemplar do Corão.
Leia também: Susan Rice admite erro sobre Bengasi, mas não convence republicanos
Aplicar a pena máxima é comum em julgamentos realizados na ausência dos acusados no Egito. Penas capitais são revistas pela autoridade religiosa do Egito, o xeique Ali Gomaa, que aprova ou rejeita a decisão. O veredito final deverá ser anunciado no final de janeiro.

Protestos – O vídeo produzido na Califórnia foi traduzido para o árabe e divulgado na internet semanas antes do aniversário dos ataques terroristas de 11 de Setembro. A divulgação provocou protestos em países muçulmanos contra representações de países ocidentais, principalmente dos Estados Unidos.

Inicialmente, o governo americano divulgou que manifestações espontâneas contra o filme teriam resultado no ataque ao consulado americano em Bengasi, na Líbia, que causou a morte de quatro funcionários dos EUA, incluindo o embaixador J. Christopher Stevens. Mais tarde soube-se que o ataque foi uma ação terrorista.

Blasfêmia – O filme "A Inocência dos Muçulmanos" retrata o profeta Maomé como um tolo e um depravado sexual. O islã proíbe qualquer representação de Maomé e a blasfêmia é tabu no mundo muçulmano. Integrantes do elenco disseram terem sido enganados para aparecer em um filme que acreditavam ser um drama de aventura chamado "Guerreiro do Deserto".

A Igreja Copta Ortodoxa do Egito não emitiu um comentário oficial sobre a decisão. "A igreja denunciou o filme, que não tem nada a ver com ela. Quanto ao caso de hoje, é uma decisão do tribunal e a igreja não comenta decisões judiciais", disse uma fonte da igreja, que pediu para não ser identificada.

Por que o Brasil não consegue baixar a conta de luz?

Tornar a energia mais barata é uma medida positiva, mas a proposta para reduzir em 20% o valor pago pelos brasileiros enfrenta a desconfiança do mercado e a resistência das empresas

Mariana Queiroz Barboza
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IMPACTO POSITIVO
Edifício Copan em destaque na noite de São Paulo: energia barata
beneficia consumidores e aquece a economia
Não é novidade que o Brasil tem uma das energias mais caras do mundo, apesar de a maior parte dela ser gerada por usinas hidrelétricas, uma fonte limpa e barata. A queda do preço cobrado pela eletricidade é uma demanda antiga. Por isso, diversos setores da sociedade aplaudiram a intenção do governo de reduzir, em média, 20% do valor pago nas contas de luz a partir do ano que vem. A medida é mais uma tentativa de acelerar o crescimento da economia, aumentando a competitividade da indústria, reduzindo a inflação e beneficiando diretamente os consumidores. Como aconteceu no primeiro semestre, quando os bancos foram pressionados pela presidenta Dilma Rousseff a reduzir suas taxas, agora as companhias elétricas reclamam da falta de transparência e da perda significativa de receitas. Na próxima semana, o prazo para a adesão à proposta do governo se encerra, mas a medição de forças no setor parece longe de terminar.
O que a Medida Provisória 579 propõe é uma renovação antecipada de contratos de concessão de geração e transmissão de energia que vencem entre 2015 e 2017. Em troca da queda de preços (16,2% para residências e de até 28% para grandes indústrias), as empresas não só seriam beneficiadas por uma prorrogação de até 30 anos, mas também pelo recebimento de indenizações por ativos não amortizados – em outras palavras, investimentos que ainda não foram totalmente quitados. Quem não aceitar, vai ter que devolver os ativos à União ao final do contrato. O problema é que as elétricas não concordam com os valores oferecidos pelo governo, considerados baixos demais. No caso da Eletrobras, por exemplo, foi proposta uma indenização de R$ 14 bilhões, menos da metade do que a estatal calculava, mas o equivalente a 70% do que o governo pretende distribuir entre todas as concessionárias. A notícia caiu como bomba no mercado financeiro, que tem castigado as ações das elétricas. As empresas mais afetadas (Eletrobras, Cemig, Cesp, Copel e Cteep) perderam quase 30% de seu valor de mercado desde o anúncio da medida, segundo a consultoria Economática. Mesmo assim, é esperado que a Eletrobras aceite as novas regras.
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Com a proximidade do fim do prazo para a renovação antecipada, em 4 de dezembro, Cemig, Cesp e Cteep fazem jogo duro, indicam que não aceitarão as condições do governo e ameaçam entrar na Justiça pelo direito de renegociação. “No setor energético, não há pequenos interesses, por isso a capacidade de pressão é muito grande”, afirma José Bonifácio Amaral Filho, professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ao jornal “Valor Econômico” que o governo não vai recuar. “Vamos cumprir à risca o que estabelecemos”, afirmou. No mesmo tom, a presidenta Dilma tem se reunido com líderes do Congresso para garantir que a medida provisória não seja alterada em sua passagem pelo legislativo. “O governo tratou o assunto com intempestividade e falta de transparência”, diz Cláudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, observatório do setor elétrico. Segundo ele, o barateamento da energia poderia ter sido mais agressivo se houvesse mais cortes de tributos e encargos. A retirada de encargos federais, já definida pelo governo, tem um impacto estimado de 7% na diminuição dos preços. “Se fosse eliminado o PIS/Cofins, o impacto seria de mais 8,2%”, afirma Sales. “Além disso, há um espaço enorme para cortar o ICMS, mas infelizmente os Estados veem a conta de luz como uma forma fácil de arrecadar dinheiro.”
Afetadas pela já esperada redução de caixa, as empresas temem perder capacidade de investimento e competência técnica. “Ainda que essas companhias diminuam suas margens de lucro e cortem custos, a tendência é que elas percam capacidade de geração de recursos próprios”, diz Amaral Filho, da Unicamp. O ministro interino de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, argumenta que as indenizações poderão ser pagas à vista, o que permitiria que as companhias acelerassem seus investimentos. No caso da Eletrobras, o governo não desconsidera a hipótese de recapitalizar a estatal, injetando dinheiro do Tesouro Nacional. Como os banqueiros atestaram, esse governo está realmente disposto a comprar grandes brigas.

A nova guerra dos remédios

Indústria brasileira se prepara para lançar no mercado cópias de drogas de última geração usadas para doenças como câncer e artrite reumatoide. Mas a polêmica é se elas serão tão eficazes quanto as originais

Fabíola Perez, Laura Daudén e Monique Oliveira
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ACORDOS
Odnir, da Bionovis, busca ajuda internacional para fabricar os biossimilares
Está dada a largada para a nova era da produção de cópias de remédios no País. Expiram, agora em 2012, as patentes de remédios biológicos ? feitos a partir de organismos vivos, como bactérias. Eles são usados para prolongar e melhorar a qualidade de vida de portadores de doenças graves, como o câncer. Até 2020, outras dezenas de patentes cairão. Entre elas estão a da Herceptina, usada contra tumor de mama, do Mabthera, para linfoma não Hodgkin, do Remicade, para artrite reumatoide, do Xolair, para asma, e do Lucentis, para degeneração macular relacionada à idade.
São medicações caras ? há doses que podem chegar a até R$ 50 mil ? e que, por isso mesmo, têm um impacto de R$ 6 bilhões anuais no orçamento público. Espera-se, portanto, que a queda das patentes abale favoravelmente as contas de planos de saúde e do SUS e torne esses remédios, em geral mais eficazes, acessíveis a uma parcela maior da população.
Porém, o quadro estabelecido denuncia que a questão é mais complexa do que parece. O grande desafio está em saber se as cópias terão a mesma eficácia e segurança que as drogas de referência. Isso porque, neste caso, o processo de produção dos remédios de marca é muito diferente do aplicado para fabricar as drogas convencionais, das quais hoje é possível encontrar seus genéricos nas farmácias.
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Os biológicos são feitos a partir de anticorpos produzidos por seres vivos modificados geneticamente para gerar mecanismos de defesa equivalentes aos humanos. Diferente, portanto, de moléculas sintéticas, criadas em laboratório, como as que originam os remédios comuns. Até lotes de biológicos de uma mesma empresa não são totalmente iguais entre si. ?É impossível produzir duas moléculas idênticas?, diz Valdair Pinto, consultor da indústria farmacêutica. Por essa razão, uma cópia de um biológico nunca será igual ao seu correspondente original. É por esse motivo que elas são chamadas de biossimilares e não de genéricos ? esses sim cópias idênticas das drogas de referência.
Como comprovar, então, a eficácia das cópias? Com testes ? incluindo os clínicos ? semelhantes aos feitos para aprovação da droga original, além de um exame de comparabilidade para determinar se sua eficácia é igual ou superior ao de referência. ?Mas a legislação não esclarece se a estrutura molecular do biossimilar deve ser igual à do seu biológico de referência?, diz Denizar Vianna, presidente do Centro Latino-Americano de Pesquisa em Biológicos.
Um dos problemas que podem ocorrer com o uso dos biológicos ? originais ou não ? é a reação descontrolada do sistema imunológico, que pode reconhecê-los como substâncias estranhas. O resultado é a intolerância ao tratamento. Isso é particularmente importante para as doenças que acometem o sistema de defesa, como o linfoma e a leucemia. ?Estamos atentos a tudo o que envolve essas drogas?, diz Merula Steagall, presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia.
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Na indústria brasileira, há intensa movimentação para que se consiga produzir remédios de tamanha sofisticação. ?A ação de drogas como essas depende de uma fabricação rigorosa, de alto controle?, diz o reumatologista Valderílio Feijó Azevedo, coordenador do Fórum Latino-Americano de Biossimilares. Mas aqui, novamente, apresenta-se outro desafio: a capacitação da mão de obra. Estima-se que nos EUA existam 800 mil cientistas envolvidos com biotecnologia ? área na qual são feitas as medicações ? , enquanto no Brasil esse número não ultrapassa os dez mil. Diante desse cenário, as empresas se viram impelidas a unir forças para bancar o início da produção dos biossimilares. Foi criada a Bionovis, formada pela ESM, Aché, Hypermarcas e União Química, e a Orygen Biotecnologia, formada pela Eurofarma, Cristália, Biolab e Libbs.
A Orygen não anunciou seu investimento e produção. A Bionovis divulgou o investimento de R$ 500 milhões, destinados à produção de cópias do etanercepte, utilizado na artrite reumatoide, e do rituximabe, para o linfoma não Hodgkin. Outras sete drogas estão na lista da companhia. ?Estamos firmando acordos com empresas internacionais que detêm o know-how necessário à produção?, diz Odnir Sinotti, presidente do laboratório. Na opinião de Sarah Rickwood, consultora da IMS, empresa especializada na análise de mercados de saúde, o início da produção no Brasil pode representar um avanço na geração de conhecimento. ?Diferentemente da fabricação dos genéricos, a pesquisa necessária para a fabricação de biossimilares pode ser uma oportunidade para o Brasil produzir, inclusive, drogas melhores do que as originais?, diz.
Algumas iniciativas nesse sentido estão em curso. A Confederação Nacional da Indústria e o Senai fecharam duas parcerias de peso para a formação de profissionais: com o americano Massachusetts Institute of Technology e a alemã Fundação Fraunhofer, instituição de apoio à indústria. No ano que vem, as instituições deverão criar por aqui 23 institutos de inovação em áreas como a biotecnologia. Na mesma linha, o Brasil está firmando convênios com outros países para a transferência de tecnologia, como é o caso dos contratos firmados entre a Fundação Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e o governo cubano para a produção nacional do interferon-alfa, já usado para o tratamento de hepatites virais e alguns tipos de câncer.
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Apesar do alto investimento das empresas brasileiras, eles serão menores do que os despendidos pelos laboratórios que inicialmente criaram essa tecnologia. A Roche, um dos fabricantes que sentirão o abalo com a quebra das patentes, por exemplo, investiu R$ 900 milhões no Avastin, contra o câncer de mama e de colo do útero e cuja patente cai em 2018. Isso é quase o dobro de todo o capital da Bionovis, que produzirá nove biossimilares. A empresa teve 20 anos para explorar o mercado. Agora, acompanha o surgimento dos biossimilares com cautela. ?É preciso ficar atento em relação à segurança desses remédios. Não se pode pular etapas na sua produção?, disse à ISTOÉ Thomas Schreitmueller, gerente de pesquisa e controle de qualidade de produtos biotecnológicos do laboratório.
Feitas as contas, estima-se que o impacto na redução final nos preços dos biológicos será de 25%, margem bem menor que os quase 80% de diminuição a que chegaram os preços dos genéricos. De toda forma, trata-se de uma redução que, espera-se, beneficiará pacientes como Tatiana Margarida dos Santos, 33 anos, de Curitiba ? desde que as cópias apresentem igual eficácia dos de referência, é claro. Ela tem psoríase (doença crônica inflamatória da pele) e usa o etanercepte. Conseguiu acesso a droga após enfrentar muita burocracia. ?Tinha usado porque fiz parte de um estudo clínico. Porém a pesquisa acabou e havia ficado sem o remédio?, lembra.
Foto: Thiago Bernardes/Frame; Rodrigo Castro; Adriano Machado/Ag. Istoé

Nem estudam, nem trabalham

Apesar do crescimento econômico do País, aumentou na última década o número de brasileiros entre 18 e 25 anos sem escola e sem emprego. Eles são 20% dos jovens

Rachel Costa
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EM CASA
Violão e academia são os passatempos de Thaís, 18 anos,
para as tardes desde que terminou o ensino médio
Fora do mercado formal, o trabalho da jovem Miessa Pagliato, 25 anos, é correr atrás do filho Arthur, de 3 anos. Desde que engravidou, trocou o emprego de assistente administrativa pela família. Planejava, para 2013, pôr Arthur na escola e voltar a trabalhar, mas uma nova gravidez a fez encarar mais um período em casa. O futuro que lhe espera, ela sabe, não será dos mais fáceis. “Já não sou mais tão nova, estou defasada para o mercado de trabalho e não tenho uma boa formação”, resume a jovem, que engrossa a lista dos “nem-nens”, tradução para o português do termo espanhol “nini”, uma corruptela de “ni estudian, ni trabajan”. O termo tornou-se popular em uma Espanha arrasada pela crise e onde os jovens têm encontrado muita dificuldade para conseguir trabalho. Aqui, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os “nem-nens” já são um a cada cinco jovens entre 18 e 25 anos, uma massa de 5,3 milhões de pessoas. Em 2000, no censo anterior, eram 4,8 milhões de “nem-nens”, que representavam 18,2% da população. O que impressiona é que nem a redução do desemprego nem a ampliação das vagas de formação técnica e superior foram capazes de reverter o número.
“Ficamos surpresos, esperávamos encontrar menos jovens nessa situação”, diz Adalberto Cardoso, coordenador do projeto Juventudes, Desigualdades e o Futuro do Rio de Janeiro, responsável pelo cruzamento dos dados do Censo. A grande questão é entender por que brasileiros têm seguido por esse caminho. Para uma parcela significativa, a resposta é a mesma de Miessa: a maternidade. Cerca de um terço dos “nem-nens” são jovens mães. “Essa era uma trajetória comum no passado, mas, como se vê, ainda tem sobrevivido”, considera Mario Rodarte, da Faculdade de Administração e Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Outro grande grupo, acredita Rodarte, seria formado por uma juventude descontente, que não se sente seduzida pela transição entre educação e trabalho, que normalmente ocorre nessa idade. Nessa ciranda, que envolve ensino de má qualidade e postos de trabalho pouco atrativos, os mais prejudicados são os mais carentes – 70% dos “nem-nens” fazem parte dos 40% mais pobres da população. “Também não podemos esquecer que uma parte pode estar envolvida com a criminalidade, muito associada a homens nessa faixa etária”, avalia André Portela, da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas.
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À ESPERA
Daniel, 19 anos, depois de uma tentativa frustrada
de trabalho, promete que ainda volta a estudar
Mas isso não significa que classes sociais altas também não produzam seus “nem-nens”. Em um bairro de classe média da zona oeste de São Paulo, o jovem Daniel Jachimowicz, de 19 anos, largou os estudos em um colégio particular sem nem completar o primeiro ano do ensino médio. “Tomei ‘pau’ duas vezes e desisti”, resume. Neste ano, experimentou trabalhar em um rodízio de comida japonesa, mas achou que era muito esforço para pouco salário. “Durei um mês. Não me sobrava tempo livre”, queixa-se. Decidiu então continuar em casa, acordando tarde e gastando os dias entre computador, videogame, ensaios da banda e rodas de cerveja com os amigos. Para o futuro, planeja um curso de gastronomia, mas primeiro ainda precisa de um diploma do ensino médio.
Em casos como o de Jachimowicz, a geração “nini” brasileira se aproxima mais da europeia. Lá, antes da crise, o conforto provocado pelo crescimento econômico na década passada e o bem-estar social já faziam os jovens enxergarem a casa como uma opção. “Não queria ir para a universidade ainda, porque não tinha certeza do curso a fazer”, diz Thaís Romano, 18 anos. Ela vai prestar vestibular, mas decidiu não priorizar os estudos em seu ano sabático, que dedicou à academia e ao violão. “Vou tentar na raça”, conta. “Meus irmãos mais velhos são os que mais me xingam. Eles me mandam arrumar alguma coisa para fazer.”
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MÃE
Miessa, 25 anos, precisou deixar o trabalho para cuidar do filho Arthur.
Grávida novamente, sabe que não será fácil se reinserir no mercado
Nesses casos em que a família tem mais recursos é mais fácil para os “nem-nens” se reinserirem no mercado. Com menor ou maior intensidade, porém, há sempre perda. “Quanto mais o jovem retarda o início de sua vida profissional e não se qualifica, mais a concorrência se acirra, porque vai haver mais gente com mais experiência disputando vagas”, afirma Eduardo de Oliveira, do Centro de Integração Escola Empresa. É essa experiência que vive hoje Mariana Ferreira Gugê, 20 anos. Filha de pai vendedor e mãe administradora, ela resolveu sair da escola em 2010, sem completar o primeiro ano do ensino médio. Agora, resolveu buscar emprego. Descobriu, porém, que embora haja muitas vagas de trabalho, seu currículo é fraco por causa da formação acadêmica deficiente e da falta de experiência. “Hoje eu me arrependo. No começo foi tudo uma festa, mas depois eu fui ficando cansada de ficar em casa e quis trabalhar”, diz ela, que planeja fazer supletivo em 2013.
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Em abril de 1964, um golpe militar depôs o presidente João Goulart (1961-1964), instituindo um período ditatorial no Brasil com o objetivo de resolver a crise econômica e afastar da política os opositores à nova ordem. Um sentimento comum também unia os diferentes militares que formavam as Forças Armadas brasileiras: o anticomunismo. O temor de o Brasil se tornar um país comunista existia em alguns círculos militares e em parte da sociedade brasileira antes mesmo de 1964, como demonstrou a manifestação de caráter anticomunista formada por cerca de meio milhão de pessoas que foram às ruas da cidade de São Paulo protestar contra a "baderna e a corrupção", conhecida como Marcha da Família com Deus pela Liberdade, ocorrida em 19 de março de 1964.

No dia seguinte à publicação do primeiro Ato Institucional, decretado em 9 de abril de 1964, foi divulgada a primeira lista de cassados: entre os 102 nomes, estavam os dos ex- presidentes João Goulart e Jânio Quadros, de Luís Carlos Prestes, Leonel Brizola e Celso Furtado, assim como de 29 líderes sindicais e alguns oficiais das Forças Armadas. No mês seguinte, seria a vez do ex-presidente Juscelino Kubitschek ser cassado. Os resultados dessas primeiras medidas atingiram cerca de três mil civis e militares que foram punidos por subversão ou corrupção. Os diversos atos institucionais possibilitaram a cassação de direitos políticos e de mandatos parlamentares, extinção dos partidos políticos, estabelecimento de foro militar para civis acusados de crimes contra a segurança nacional, suspensão da garantia do habeas corpus para os acusados de crimes contra a segurança nacional, entre outras medidas repressivas.

A partir de 1964, os sindicatos foram totalmente desorganizados. O movimento estudantil foi posto na ilegalidade e passaria a ser alvo de inúmeras medidas arbitrárias e violentas. A ditadura brasileira surgida bastante antes das suas congêneres do Cone Sul, como a da Argentina, do Chile e do Uruguai, atingiu em 1971 seu apogeu repressivo, assassinando, torturando ou fazendo desaparecer os opositores ao regime. Segundo o historiador Jacob Gorender, nessa época a esquerda já tinha muito menos militantes, o que explicaria, ao menos em parte, o menor número de mortos e desaparecidos ocorrido no Brasil, em termos relativos e absolutos. Existem estimativas de que cerca de 50 mil pessoas tiveram, durante os governos militares, a experiência da passagem pelas prisões e, destas, cerca de 20 mil foram submetidas à tortura. Durante o período ditatorial, a Justiça Militar recebeu 800 processos por crimes contra a segurança nacional, nos quais foram indiciados 11 mil pessoas, 8 mil acusados, resultando em milhares de condenações.

Joaquim vai peitar o congresso?

Pedir a cassação dos deputados condenados pelo mensalão é o primeiro embate de Joaquim Barbosa no comando do STF. O Congresso pressiona para salvar os políticos, mas o novo presidente da corte se diz determinado a mudar a Justiça

Izabelle Torres
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NOVO ESTILO
Joaquim Barbosa quer que o STF tenha a palavra final
sobre a perda de mandato dos políticos
Na tarde da quinta-feira 22, cerca de duas mil pessoas estiveram no Supremo Tribunal Federal para assistir à posse do ministro Joaquim Barbosa na presidência da corte. Não ocorria ali apenas uma troca de comando. A solenidade era a representação de um avanço da sociedade brasileira, com a ascensão do primeiro negro ao mais importante posto do Judiciário. Mas as cerimônias também estavam carregadas de uma forte expectativa institucional: a de que soprem novos ares sobre a Justiça do País. Ou uma verdadeira ventania, a julgar pela determinação, o estilo corrosivo, o ar desafiador e o rigor com que Barbosa tem atuado no julgamento do mensalão. Ninguém duvida. Joaquim Barbosa não deixará passar em vão seus dois anos à frente do STF. Já no discurso de posse, ele criticou a “desigualdade da Justiça”. Defensor de que os juízes não podem ser indiferentes “aos valores e anseios sociais” e dono de um perfil mais combativo, em contraste com a diplomática gestão do antecessor, ministro Carlos Ayres Britto, Barbosa pretende que a Justiça assuma um novo papel. Mesmo que essa mudança toda se reflita sobre o relacionamento com os demais poderes da União.
Pelos planos de Barbosa, o primeiro – e talvez mais explosivo – capítulo dessa transformação ocorrerá com o Congresso Nacional. A presença pífia de políticos na cerimônia de posse serviu de termômetro para os embates que estão por vir. Já nos próximos dias, o novo presidente do STF pretende conduzir uma votação para retirar do Parlamento a prerrogativa de cassar seus integrantes mesmo depois das decisões definitivas do STF. A ideia do ministro é que a perda do mandato deve ser imediata após a conclusão do julgamento. Caso o STF passe a ter a prerrogativa sobre a cassação dos mandatos de parlamentares, a medida atingirá de imediato os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT), condenados no processo do mensalão. Outro que pode ser afetado diretamente é o ex-presidente do PT José Genoino, que espera assumir uma cadeira na Câmara no lugar do deputado Carlinhos Almeida (PT-SP), eleito para a Prefeitura de São José dos Campos (SP). Também perderia o mandato o deputado Natan Donadom (PMDB-RO), condenado em 2010 pelo STF. A corte decidiu que ele deveria cumprir 13 anos e quatro meses de prisão por ter cometido os crimes de peculato e formação de quadrilha, mas o deputado está solto e segue exercendo o mandato parlamentar graças a recursos não julgados. Ainda não está claro, entretanto, qual será a reação do Congresso à perda de prerrogativa, tradicionalmente tão cara aos políticos.
Para a especialista Margarida Lacombe, do Observatório da Justiça, Barbosa pode decidir sobre esta questão já ao final do julgamento do mensalão. “Ele está em um colegiado, não dará a palavra final, mas pode incluir o debate na pauta e elaborar uma jurisprudência para casos posteriores ”, diz. Em outra sinalização sobre quais serão suas prioridades, Barbosa pediu a assessores um levantamento sobre as ações de corrupção e improbidade administrativa que estão paradas na corte. São quase 500, envolvendo parlamentares e gestores públicos. Assim, o ministro demonstra que irá priorizar as ações contra políticos acusados de malfeitos. Ele também quer que os processos sejam públicos, acabando com a publicação apenas das iniciais dos investigados.
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PRONTO PARA NEGOCIAR
O diplomata Sílvio Albuquerque será um dos homens fortes de Joaquim Barbosa,
empossado na quinta-feira 22 durante concorrida cerimônia no STF
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Antes mesmo de assumir o posto oficialmente, Barbosa confidenciou a pessoas próximas que seu maior desejo é adotar estratégias capazes de influenciar a forma como as instituições tratam o dinheiro público. Hoje os políticos são julgados pelos seus próprios pares e tribunais de primeira instância conduzem seus processos, para Joaquim, de forma mais lenta do que o aceitável. Ele quer mudar esse quadro. Acredita que, dessa maneira, o Supremo estará mais próximo dos anseios da sociedade, como deixou claro no discurso de posse que durou 17 minutos. “Quero uma Justiça célere, efetiva e justa”, “sem firulas, sem floreios, sem rapapés”, disse Barbosa, testemunhado pela presidenta Dilma Rousseff e personalidades do meio artístico como os atores Taís Araújo, Lázaro Ramos e Milton Gonçalves, o cantor Djavan, a apresentadora Regina Casé e o tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet.
Outro embate de Joaquim Barbosa será travado com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A amigos, Barbosa afirmou que uma de suas primeiras medidas à frente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) será enfrentar a advocacia de filhos e cônjuges de magistrados de tribunais superiores. Na condição de presidente do colegiado, o ministro vai tentar convencer os 15 conselheiros a proibir essas práticas. Entre os atingidos pelas mudanças na regra estão filhos do atual corregedor do CNJ, ministro Francisco Falcão. A OAB, no entanto, deve reagir.
A busca por maior independência dos magistrados no julgamento das ações é considerada um desafio por Barbosa, que dedicou ao tema boa parte de seu discurso de posse. “É preciso reforçar a independência do juiz. Afastá-lo desde o ingresso na carreira das múltiplas e nocivas influências que podem paulatinamente minar-lhe a independência”, afirmou o presidente do STF. Os demais ministros fizeram coro: “Rogamos que lute em prol de um Judiciário probo, independente, ativo e legitimado”, declarou o ministro Luiz Fux, se dirigindo a Barbosa. Ao mesmo tempo que lutará pela independência dos magistrados, Barbosa promete transparência total no exercício das funções. De acordo com um de seus assessores, o novo presidente do STF pretende abrir na internet os gastos dos tribunais e salários de juízes.
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O novo presidente do STF teve, porém, a prudência de se preocupar em se cercar de pessoas capazes de abrir canais de comunicação com outros órgãos, de negociar em seu nome com os colegas e pensar formas eficientes para gerir o orçamento da Casa, inicialmente previsto para R$ 520 milhões em 2013. Não por acaso ele colocou um ministro do Itamaraty para coordenar o gabinete da presidência: Sílvio Albuquerque. O diplomata é especialista em temas sociais, especialmente sobre negros, e conheceu Barbosa quando sua ONG estava em atividade. Elogiado pela forma suave como conduz conversas e negociações, caberá a ele a função de marcar audiências e receber pessoas em nome do presidente.
Para lidar com os servidores e com a administração da Casa, Barbosa escalou um técnico do Tribunal de Contas da União especializado em gestão de pessoal. A missão de Fernando Camargo será evitar os desgastes do presidente com os quase dois mil funcionários da corte à espera de decisões corporativistas, que Barbosa não pretende tomar. Do antigo gabinete, o ministro levou poucos dos seus funcionários. A primeira a ser escolhida para acompanhá-lo foi Flávia Beatriz Eckhardt, amiga pessoal desde a década de 80 e ex-orientanda de mestrado do atual presidente da corte. Agora, ela será a secretária-geral do Supremo. Disposto a tornar mais transparente e eficiente sua administração, Barbosa convidou para a Secretaria de Gestão Estratégica Patrícia Landi, ex-braço direito do ministro Ricardo Lewandowski no Tribunal Superior Eleitoral. Patrícia foi a responsável por prêmios de eficiência concedidos ao gabinete de Lewandowski quando ele integrava a corte eleitoral.
A equipe escolhida para administrar o STF é discreta e foi orientada a evitar a imprensa e o vazamento de informações internas. Não é para menos. Afinal, a agenda que o STF tem pela frente está cheia de julgamentos emblemáticos como o mensalão mineiro, a divisão dos royalties do petróleo e até as novas regras para o setor elétrico. Estes são temas que devem desaguar na corte nos próximos meses e entusiasmam Joaquim Barbosa. Ele está disposto a alinhar o Supremo com a opinião pública e a tirar o sono dos políticos adeptos de práticas de corrupção. 

CRIMES COMETIDOS PELO GRUPO DE DILMA?



Dilma Rousseff procura justificar seu passado de terrorista usando o lado emocional dos eleitores.  Até chora ao falar das torturas que sofreu nas mãos dos miltares.  Nega que tenha participado do que chama de  'luta armada'.  Mas não foi isso que disse seu antigo companheiro José Dirceu (sua frase está no alto do blog à direita).

Mas não diz nada sobre o que fizeram os grupos assassinos de que participou supostamente  em defesa do país de uma ditadura socialista.   DITADURA SIGNIFICA FALTA DE LIBERDADE, SEJA DE DIREITA OU ESQUERDA.

Antes de ler a  história dos mortos abaixo, observem que os terroristas não matavam  só em defensa de seus ideais ou para se defender.  Muitos, que não tinham envolvimento político algum,  morrerram ao serem assaltados por eles ou tiveram apenas o azar de passar na sua frente na hora errada.  Pessoas inocentes, assassinadas sem saber nem por quê, como o rapaz, um turista inglês de l9 anos, que viera conhecer o Rio de Janeiro e o soldado da PM assassinado por um terrorista que usara documentação falsa para entrar num baile de carnaval.

Fora isso, o fato de não aceitar as idéias vigentes, não garante o direito de tirar a vida dos outros, muito menos de inocentes.  Além disso, ninguém pode se arvorar em ser o dono da verdade, principalmente quando é contra uma ditadura porque pretende trocá-la por outra.

Reparem também que dentre os grupos mais violentos estão justamente a ALN (Ação Libertadora Nacional) e a VPR(Vanguarda Popular Revolucionária),  grupos de que faziam parte alguns ministros do atual governo e a Ministra Dilma Rousseff, candidata de Lula à presidência.


VOCÊ PRECISA SABER EM QUEM VAI VOTAR

VEJAM OS QUE FORAM ASSASSINADOS PELOS TERRORISTAS


1 - 12/11/64 - Paulo Macena, Vigia - RJ
Explosão de bomba deixada por uma organização comunista que nunca foi identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que extinguiu a UNE e a UBES. No Cine Bruni, Flamengo, com seis feridos graves e 1 morto.

2 - 27/03/65- Carlos Argemiro Camargo, Sargento do Exército - Paraná
Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-coronel Jeffersom Cardim de Alencar Osorio. Camargo foi morto a tiros. Sua mulher estava grávida de sete meses.

3 - 25/07/66 - Edson Régis de Carvalho, Jornalista - PE
Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com 17 feridos e 2 mortos. 

4 - 25/07/66 - Nelson Gomes Fernandes, almirante - PE
Morto no mesmo atentado citado acima. Além das duas vítimas fatais, ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva. Além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda. Sebastião Tomaz de Aquino, guarda civil, teve a perna direita amputada.


5 - 28/09/66 - Raimundo de Carvalho Andrade - Cabo da PM, GO
Morto durante uma tentativa de desocupação do Colégio Estadual Campinas, em Goiânia, que havia sido ocupado por estudantes de esquerda. O grupo de soldados convocado para a tarefa era formado por burocratas, cozinheiros etc. Estavam armados com balas de festim. Andrade, que era alfaiate da Polícia Militar, foi morto por uma bala de verdade disparada de dentro da escola.


6 - 24/11/67 - José Gonçalves Conceição (Zé Dico) - fazendeiro - SP  
Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighella, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio.Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois tiros nas costas.


7 - 15/12/67 - Osíris Motta Marcondes, bancário - SPMorto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente. 


8 - 10/01/68 - Agostinho Ferreira Lima - Marinha Mercante - Rio Negro/AMNo dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes, “Dr. Ramon”, que, depois ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN)Neste ataque, Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a morrer no dia 10/01/68. 


9 - 31/05/68 - Ailton de Oliveira, guarda Penitenciário - RJO Movimento Armado Revolucionário (MAR) montou uma ação para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito (RJ)  que, uma vez libertados, deveriam seguir para a região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No dia 26/05/68, o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária Natersa Passos, num pacote, três revólveres calibre 38. Às 17h30, teve início a fuga. Os terroristas foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Foram feridos, e Ailton morreu no dia 31/05/68.  Também ficou gravemente ferido o funcionário da Light João Dias Pereira, que se encontrava na calçada da penitenciária. O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani 


10 - 26/06/68- Mário Kozel Filho - Soldado do Exército - SPNo dia 26/06/68, Kozel atua como sentinela do Quartel General do II Exército. Às 4h30, um tiro é disparado por um outro soldado contra uma camioneta que, desgovernada, tenta penetrar no quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo, que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro para ver se havia alguém no seu interior. Havia uma carga com 50 quilos de dinamite, que, segundos depois, explode. O corpo de Kozel é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino ficam muito feridos. É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR. Participaram do crime os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira, Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva.   NOTA: a família de Lamarca recebeu indenização. De Kozel  -  que foi assassinado  pelos terroristas, quando voou pelos ares - quase ninguém mais se lembra. 


11 - 27/06/68 - Noel de Oliveira Ramos - civil - RJMorto com um tiro no coração em conflito na rua. Estudantes distribuíam, no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas. Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como “Juliano” ou “Julião”, infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira. 


12- 27/06/68 - Nelson de Barros - Sargento PM - RJNo dia 21/06/68, conhecida como a “Sexta-Feira Sangrenta”, realizou-se no Rio uma passeata contra o regime militar. Cerca de 10.000 pessoas ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia Militar. No fim da noite, pelo menos 10 mortos e centenas de feridos. Entre estes, estava o sargento da PM Nelson de Barros, que morreu no dia 27. 


13 - 01/07/68 - Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen - major do Exército Alemão - RJ
Morto no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não-identificado. Todos pertenciam à organização terrorista COLINA-Comando de Libertação Nacional. 


14 - 07/09/68 - Eduardo Custódio de Souza - Soldado PM - SP
Morto com sete tiros por terroristas de uma organização não identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo. 


15 - 20/09/68 - Antônio Carlos Jeffery - Soldado PM - SP
Morto a tiros quando de sentinela no quartel da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco. Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária - VPR. Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como “Diógenes do PT”, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS. 

16 - 12/10/68 - Charles Rodney Chandler - Cap. do Exército dos Estados Unidos - SP
Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início de outubro de 68, um “Tribunal Revolucionário”, composto pelos dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari), João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Maneco) e Ladislas Dowbor (Jamil), condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente da CIA”. Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados por Dulce de Souza Maia (Judite). Quando retirava seu carro das garagem para seguir para a Faculdade, Chandler foi assassinado com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver, na frente da sua mulher, Joan, e de seus 3 filhos. O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira (Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito).   Você acha certo assassinar alguém,  na frente de sua mulher e filhos,  por discordar das idéias de onde ele trabalha ?

17 - 24/10/68 - Luiz Carlos Augusto - civil - RJ
Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil. 


18 - 25/10/68 - Wenceslau Ramalho Leite - civil - RJ
Morto, com quatro tiros de pistola Luger 9mm durante o roubo de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire (Ruivo ou Wilson), ambos integrantes da organização terrorista COLINA(Comando de Libertação Nacional). 


19 - 07/11/68 - Estanislau Ignácio Correia - Civil - SP
Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária(VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.

20 - 07/01/69 - Alzira Baltazar de Almeida - dona de casa - Rio de Janeiro/RJ
Uma bomba jogada por terroristas embaixo de uma viatura policia, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou Alzira, que passava pela rua.


21 - 11/01/69 - Edmundo Janot - Lavrador - Rio de Janeiro / RJ
Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que haviam montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua fazenda.


22 - 29/01/69 - Cecildes Moreira de Faria - Subinspetor de Polícia - BH/ MG

23 - 29/01/69 - José Antunes Ferreira - guarda civil-BH/MG
Policiais chegaram a um “aparelho” do Comando de Libertação Nacional (Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo. Foram recebidos por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da Silva, “Cesar’ ou “Miranda”, que mataram o subinspetor Cecildes Moreira da Silva (ver acima), que deixou viúva e oito filhos menores. Ferreira também morreu. Além do assassino, foram presos os seguintes terroristas: Afonso Celso L.Leite (Ciro), Mauricio Vieira de Castro (Carlos), Nilo Sérgio Menezes Macedo, Júlio Antonio Bittencourt de Almeida (Pedro), Jorge Raimundo Nahas (Clovis ou Ismael) e Maria José de Carvalho Nahas (Celia ou Marta). No interior do “aparelho”, foram apreendidos 1 fuzil FAL, 5 pistolas, 3 revólveres, 2 metralhadoras, 2 carabinas, 2 granadas de mão, 702 bananas de dinamite, fardas da PM e dinheiro de assaltos.


24 - 14/04/69 - Francisco Bento da Silva - motorista - SP
Morto pela Ala Vermelha do PC do B durante um assalto, praticado  ao carro pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na Alameda Barão de Campinas, quando foram roubados vinte milhões de cruzeiros. Participaram desta ação os seguintes terroristas: Élio Cabral de Souza, Derly José de Carvalho, Daniel José de Carvalho, Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Aderval Alves Coqueiro, Lúcio da Costa Fonseca, Gilberto Giovanetti, Ney Jansen Ferreira Júnior, Genésio Borges de Melo e Antônio Medeiros Neto


25 - 14/04/69 - Luiz Francisco da Silva - guarda bancário -SP
Também morto durante o assalto acima relatado.


26 - 08/05/69 - José de Carvalho - Investigador de Polícia - SP
Atingido com um tiro na boca durante um assalto ao União de Bancos Brasileiros, em Suzano, no dia 07 de maio, vindo a falecer no dia seguinte. Nessa ação, os terroristas feriram, também, Antonio Maria Comenda Belchior e Ferdinando Eiamini. Participaram os seguintes terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN): Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Takao Amano, Ney da Costa Falcão, Manoel Cyrilo de Oliveira Neto e João Batista Zeferino Sales Vani. Takao Amano foi baleado na coxa e operado, em um “aparelho médico” por Boanerges de Souza Massa, médico da ALN.


27 - 09/05/69 - Orlando Pinto da Silva - Guarda Civil - SP
Morto com dois tiros, um na nuca e outro na testa, disparados por Carlos Lamarca, durante assalto ao Banco Itaú, na rua Piratininga, Bairro da Mooca. Na ocasião também foi esfaqueado o gerente do Banco, Norberto Draconetti. Organização responsável por esse assalto: Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). 


28 - 27/05/69 - Naul José Montovani - Soldado PM - SP
Em 27/05/69 foi realizada uma ação contra o 15º Batalhão da Força Pública de São Paulo, atual PMESP, na Avenida Cruzeiro do Sul, SP/SP. Os terroristas Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Carlos Eduardo Pires Fleury, Maria Aparecida Costa, Celso Antunes Horta e Ana Maria de Cerqueira César Corbusier metralharam o soldado Naul José Montovani, que estava de sentinela e que morreu instantaneamente. O soldado Nicário Conceição Pulpo, que correu ao local ao ouvir os disparos, foi gravemente ferido na cabeça, tendo ficado paralítico.


29 - 04/06/69 - Boaventura Rodrigues da Silva - Soldado PM – SP
Morto por terroristas durante assalto ao Banco Tozan.


30 - 22/06/69 - Guido Boné - soldado PM - SP
Morto por militantes da ALN que atacaram e incendiaram a rádio-patrulha RP 416, da então Força Pública de São Paulo, hoje Polícia Militar, matando os seus dois ocupantes, os soldados Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira, roubando suas armas.


31 - 22/06/69 - Natalino Amaro Teixeira - Soldado PM - SP
Morto por militantes da ALN na ação acima relatada.


32 - 11/07/69 - Cidelino Palmeiras do Nascimento - Motorista de táxi - RJ
Morto a tiros quando conduzia, em seu carro, policiais que perseguiam terroristas que haviam assaltado o Banco Aliança, agência Muda. Participaram deste assassinato os terroristas Chael Charles Schreier, Adilson Ferreira da Silva, Fernando Borges de Paula Ferreira, Flávio Roberto de Souza, Reinaldo José de Melo, Sônia Eliane Lafóz e o autor dos disparos Darci Rodrigues, todos pertencentes a organização terrorista VAR-Palmares.


33 - 24/07/69 - Aparecido dos Santos Oliveira - Soldado PM - SP
O Banco Bradesco, na rua Turiassu, no Bairro de Perdizes, foi assaltado por uma frente de grupos de esquerda. Foram roubados sete milhões de cruzeiros. Participaram da ação:
Pelo Grupo de Expropriação e Operação: Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Raimundo Gonçalves de Figueiredo, Ney Jansen Ferreira Júnior, José Couto Leal  (Raimundo Gonçalves Figueiredo baleou o soldado Oliveira. Já caído, ele recebeu mais quatro tiros disparados por Domingos Quintino dos Santos);
Pelo Grupo do Gaúcho: Plínio Petersen Pereira, Domingos Quintino dos Santos, Chaouky Abara;
Pela VAR-Palmares: Chael Charles Schreier, Roberto Chagas e Silva, Carmem Monteiro dos Santos Jacomini e Eduardo Leite.


34 - 20/08/69 - José Santa Maria - Gerente de Banco - RJ
Morto por terroristas que assaltaram o Banco de Crédito Real de Minas Gerais, do qual era gerente.


35 - 25/08/69 - Sulamita Campos Leite - dona de casa, PA
Parente do terrorista Flávio Augusto Neves Leão Salles. Morta na casa dos Salles, em Belém, ao detonar, por inadvertência, uma carga de explosivos escondida pelo terrorista.


36 - 31/08/69 - Mauro Celso Rodrigues - Soldado PM - MA
Morto quando procurava impedir a luta entre proprietários e posseiros, incitada por movimentos subversivos.


37 - 03/09/69 - José Getúlio Borba - Comerciário - SP
Os terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN) Antenor Meyer, José Wilson Lessa Sabag, Francisco José de Oliveira e Maria Augusta Tomaz resolveram comprar um gravador na loja Lutz Ferrando, na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua São Luis. O pagamento seria feito com um cheque roubado num assalto. Descobertos, receberam voz de prisão e reagiram. Na troca de tiros, o guarda civil João Szelacsak Neto ficou ferido com um tiro na coxa, e o funcionário da loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente ferido. Perseguidos pela polícia, o terrorista José Wilson Lessa Sabag matou a tiros o soldado da Força Pública (atual PM) João Guilherme de Brito.


38 - 03/09/69 - João Guilherme de Brito - Soldado da Força Pública/SP
Morto na ação acima narrada.


39 - 20/09/69 - Samuel Pires - Cobrador de ônibus - SP
Morto por terroristas quando assaltavam uma empresa de ônibus.


40 - 22/09/69 - Kurt Kriegel - Comerciante - Porto Alegre/RS
Comerciante Kurt Kriegel, morto pela Var-Palmates em Porto Alegre.


41 - 30/09/69 - Cláudio Ernesto Canton - Agente da Polícia Federal - SP
Após ter efetuado a prisão de um terrorista, foi atingido na coluna vertebral, vindo a falecer em conseqüência desse ferimento.


42 - 04/10/69 - Euclídes de Paiva Cerqueira - Guarda particular - RJ
Morto por terroristas durante assalto ao carro transportador de valores do Banco Irmãos Guimarães


43 - 06/10/69 - Abelardo Rosa Lima - Soldado PM - SP
Metralhado por terroristas numa tentativa de assalto ao Mercado Peg-Pag. Autores: Devanir José de Carvalho (Henrique), Walter Olivieri, Eduardo Leite (Bacuri), Mocide Bucherone e Ismael Andrade dos Santos. Organizações Terroristas: REDE (Resistência Democrática) e MRT (Movimento Revolucionário Tiradentes).


44 - 07/10/69 - Romildo Ottenio - Soldado PM - SP
Morto quando tentava prender um terrorista.


45 - 31/10/69 - Nilson José de Azevedo Lins- civil - PE
Gerente da firma Cornélio de Souza e Silva, distribuidora da Souza Cruz, em Olinda. Foi assaltado e morto quando ia depositar, no Banco, o dinheiro da firma. Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário). Autores: Alberto Vinícius Melo do Nascimento, Rholine Sonde Cavalcante Silva, Carlos Alberto Soares e João Maurício de Andrade Baltar.


46 - 04/11/69 - Estela Borges Morato - Investigadora do DOPS - SP
Morta a tiros quando participava da operação em que morreu o terrorista Carlos Marighela. 


47 - 04/11/69 - Friederich Adolf Rohmann - Protético - SP
Também morto durante a operação que resultou na morte do terrorista Carlos Marighela.


48 - 14/11/69 - Orlando Girolo - Bancário - SP
Morto por terroristas durante assalto ao Bradesco.


49 - 17/11/69 - Joel Nunes - Subtenente PM - RJ
Neste dia, o PCBR assaltou o Banco Sotto Maior, na Praça do Carmo, no subúrbio carioca de Brás de Pina, de onde foram roubados cerca de 80 milhões de cruzeiros. Na fuga, obstados por uma viatura policial, surgiu um violento tiroteio no qual Avelino Bioni Capitani matou o sargento da PM Joel Nunes. Na ocasião, foi preso o terrorista Paulo Sérgio Granado Paranhos.


50 - 18/12/69 - Elias dos Santos - Soldado do Exército - RJ
Havia um aparelho do PCBR na rua Baronesa de Uruguaiana nº 70, no bairro de Lins de Vasconcelos. Ali, Prestes de Paula, ao fugir pelos fundos da casa, disparou um tiro de pistola 45 contra Elias dos Santos.



51 - 17/01/70 - José Geraldo Alves Cursino - Sargento PM - São Paulo / SP

Morto a tiros por terroristas.


52 - 20/02/70 - Antônio Aparecido Posso Nogueró - Sargento PM - São Paulo
Morto pelo terrorista Antônio Raimundo de Lucena quando tentava impedir um ato terrorista no Jardim Cerejeiras, Atibaia/SP.


53 - 11/03/70 - Newton de Oliveira Nascimento - Soldado PM - Rio de Janeiro
No dia 11/03/70, os militantes do grupo tático armado da ALN Mário de Souza Prata, Rômulo Noronha de Albuquerque e Jorge Raimundo Júnior deslocavam-se num carro Corcel azul, roubado, dirigido pelo último, quando foram interceptados no bairro de Laranjeiras- RJ por uma patrulha da PM. Suspeitando do motorista, pela pouca idade que aparentava, e verificando que Jorge Raimundo não portava habilitação, os policiais ordenaram-lhe que entrasse no veículo policial, junto com Rômulo Noronha Albuquerque, enquanto Mauro de Souza Prata, acompanhado de um dos soldados, iria dirigindo o Corcel até a delegacia mais próxima.  Aproveitando-se do descuido dos policiais, que não revistaram os detidos, Mário, ao manobrar o veículo para colocá-lo à frente da viatura policial, sacou de uma arma e atirou, matando com um tiro na testa o soldado da PM Newton Oliveira Nascimento, que o escoltava no carro roubado. O soldado Newton deixou a viúva dona Luci e duas filhas menores, de quatro e dois anos.


54 - 31/03/70 - Joaquim Melo - Investigador de Polícia - Pernambuco
Morto por terroristas durante ação contra um “aparelho”


55 - 02/05/70 - João Batista de Souza - Guarda de Segurança - SP
Um comando terrorista, integrado por Devanir José de Carvalho, Antonio André Camargo Guerra, Plínio Petersen Pereira, Waldemar Abreu e José Rodrigues Ângelo, pelo Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), e mais Eduardo Leite (Bacuri), pela Resistência Democrática (REDE), assaltaram a Companhia de Cigarros Souza Cruz, no Cambuci/SP. Na ocasião Bacuri assassinou o guarda de segurança João Batista de Souza.


56 - 10/05/70 - Alberto Mendes Junior- 1º Tenente PM - SP
Esta é uma das maiores expressões da covardia e da violência de que era capaz o terrorista Carlos Lamarca.  No dia 08/05/70, 7 terroristas, chefiados por ele, estavam numa pick-up e pararam num posto de gasolina em Eldorado Paulista. Foram abordados por policiais e reagiram a bala, conseguindo fugir. Ciente do ocorrido, o Tenente Mendes organizou uma patrulha. Em duas viaturas, dirigiu-se de Sete Barras para Eldorado Paulista.  Por volta das 21h, houve o encontro com os terroristas, que estavam armados com fuzis FAL, enquanto os PMs portavam o velho fuzil Mauser modelo 1908. Em nítida desvantagem bélica, vários PMs foram feridos, e o Tenente Mendes verificou que diversos de seus comandados estavam necessitando de urgentes socorros médicos.  Julgando-se cercado, Mendes aceitou render-se desde que seus homens pudessem receber o socorro necessário. Tendo os demais componentes da patrulha permanecido como reféns, o Tenente levou os feridos para Sete Barras.

De madrugada, a pé e sozinho, Mendes buscou contato com os terroristas, preocupado que estava com o restante de seus homens. Encontrou Lamarca, que decidiu seguir com seus companheiros e com os prisioneiros para Sete Barras. Ao se aproximarem dessa localidade, foram surpreendidos por um tiroteio, ocasião em que dois terroristas - Edmauro Gopfert e José Araújo Nóbrega - desgarraram-se do grupo, e os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando junto o Tenente Mendes. Depois de caminharem um dia e meio na mata, os terroristas e o tenente pararam para descansar. Carlos Lamarca, Yoshitame Fujimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram um “tribunal revolucionário”, que resolveu assassinar o Tenente Mendes. Os outros dois, Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima, ficaram vigiando o prisioneiro.

Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram. Yoshitame Fujimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha de um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e se contorcia em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado. Em 08/09/70, Ariston Lucena foi preso pelo DOI-CODI e apontou o local onde o tenente estava enterrado.


57 - 11/06/70 - Irlando de Moura Régis - Agente da Polícia Federal - RJ
Foi assassinado durante o seqüestro do embaixador da Alemanha, Ehrendfried Anton Theodor Ludwig Von Holleben. A operação foi executada pelo Comando Juarez Guimarães de Brito. Participaram Jesus Paredes Soto, José Maurício Gradel, Sônia Eliane Lafóz, José Milton Barbosa, Eduardo Coleen Leite (Bacuri), que matou Irlando, Herbert Eustáquio de Carvalho, José Roberto Gonçalves de Rezende, Alex Polari de Alverga e Roberto Chagas da Silva.


58 - 15/07/70 - Isidoro Zamboldi - segurança - SP
Morto pela terrorista Ana Bursztyn durante assalto à loja Mappin.


59 - 12/08/70 - Benedito Gomes - Capitão do Exército - SP
Morto por terroristas, no interior do seu carro, na Estrada Velha de Campinas.


60 - 19/08/70 - Vagner Lúcio Vitorino da Silva - Guarda de segurança – RJ
Morto durante assalto do Grupo Tático Armado da organização terrorista MR-8 ao Banco Nacional de Minas Gerais, no bairro de Ramos. Sônia Maria Ferreira Lima foi quem fez os disparos que o mataram. Participaram, também, dessa ação os terroristas Reinaldo Guarany Simões, Viriato Xavier de Melo Filho e Benjamim de Oliveira Torres Neto, os dois últimos recém-chegados do curso em Cuba.


61 - 29/08/70 - José Armando Rodrigues - Comerciante – CE
Proprietário da firma Ibiapaba Comércio Ltda. Após ter sido assaltado em sua loja, foi seqüestrado, barbaramente torturado e morto a tiros por terroristas da ALN. Após seu assassinato, seu carro foi lançado num precipício na serra de Ibiapaba, em São Benedito, CE. Autores: Ex-seminaristas Antônio Espiridião Neto e Waldemar Rodrigues Menezes (autor dos disparos), José Sales de Oliveira, Carlos de Montenegro Medeiros, Gilberto Telmo Sidney Marques, Timochenko Soares de Sales e Francisco William.


62 - 14/09/70 - Bertolino Ferreira da Silva - Guarda de segurança - SP
Morto durante assalto praticado pelas organizações terroristas ALN e MRT ao carro pagador da empresa Brinks, no Bairro do Paraíso em são Paulo.


63 - 21/09/70 - Célio Tonelly - soldado da PM - SP
Morto em Santo André. Quando de serviço em uma rádio-patrulha, tentou deter terroristas que ocupavam um automóvel.


64 - 22/09/70 - Autair Macedo - Guarda de segurança - RJ
Morto por terroristas, durante assalto a empresa de ônibus Amigos Unidos


65 - 27/10/70 - Walder Xavier de Lima - Sargento da Aeronáutica - BA
Morto quando, ao volante de uma viatura, conduzia terroristas presos, em Salvador. O assassino, Theodomiro Romeiro dos Santos (Marcos) o atingiu com um tiro na nuca. Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário).


66 - 10/11/70 - José Marques do Nascimento - civil - SP
Morto por terroristas que trocavam tiros com a polícia.


67 - 10/11/70 - Garibaldo de Queiroz - Soldado PM - SP
Morto em confronto com terroristas da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) que faziam uma panfletagem armada na Vila Prudente, São Paulo.


68 - 10/11/70 - José Aleixo Nunes - soldado PM - SP
Também morto na ocorrência relatada acima.


69 - 10/12/70 - Hélio de Carvalho Araújo - Agente da Polícia Federal - RJ
No dia 07/12, o embaixador da Suíça no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, foi seqüestrado pela VPR. Participaram da operação os terroristas Adair Gonçalves Reis, Gerson Theodoro de Oliveira, Maurício Guilherme da Silveira, Alex Polari de Alverga, Inês Etienne Romeu, Alfredo Sirkis, Herbert Eustáquio de Carvalho e Carlos Lamarca. Após interceptar o carro que conduzia o Embaixador, Carlos Lamarca bateu com um revólver Smith-Wesson, cano longo, calibre 38, no vidro do carro. Abriu a porta traseira e, a uma distância de dois metros, atirou, duas vezes contra o agente Hélio. Os terroristas levaram o embaixador e deixaram o agente agonizando. Transferido para o hospital Miguel Couto, morreu no dia 10/12/70.


70 - 07/01/71 - Marcelo Costa Tavares - Estudante - MG
Morto por terroristas durante um assalto ao Banco Nacional de Minas Gerais.  Autor dos disparos: Newton Moraes.


71 - 12/02/71 - Américo Cassiolato - Soldado PM - São Paulo
Morto por terroristas em Pirapora do Bom Jesus.


72 - 20/02/71 - Fernando Pereira - Comerciário - Rio de Janeiro
Morto por terroristas quando tentava impedir um assalto ao estabelecimento “Casa do Arroz”, do qual era gerente.


73 - 08/03/71 - Djalma Peluci Batista - Soldado PM - Rio de Janeiro
Morto por terroristas, durante assalto ao Banco do Estado do Rio de Janeiro.


74 - 24/03/71 - Mateus Levino dos Santos - Tenente da FAB - Pernambuco
O PCBR necessitava roubar um carro para participar do seqüestro do cônsul norte-americano, em Recife. No dia 26/06/70, o grupo decidiu roubar um Fusca, estacionado em Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica. Ao tentarem render o motorista, descobriram tratar-se de um tenente da Aeronáutica. Carlos Alberto disparou dois tiros contra o militar: um na cabeça e outro no pescoço. Depois de nove meses de intenso sofrimento, morreu no dia 24 de março de 1971, deixando viúva e duas filhas menores. O imprevisto levou o PCBR a desistir do seqüestro.


75 - 04/04/71 - José Julio Toja Martinez - Major do Exército - Rio de Janeiro
No início de abril, a Brigada Pára-Quedista recebeu uma denúncia de que um casal de terroristas ocupara uma casa localizada na rua Niquelândia, 23, em Campo Grande/RJ. Não desejando passar esse informe à 2ª Seção do então I Exército, sem aprofundá-lo, a 2ª Seção da Brigada, chefiada pelo major Martinez, montou um esquema de vigilância da casa. Por volta das 23h, chega um casal de táxi. A mulher ostentava uma volumosa barriga, sugerindo gravidez.
a
O major Martinez acabara de concluir o curso da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, onde, por três anos, exatamente o período em que a guerra revolucionária se desenvolvera, estivera afastado desses problemas em função da própria vida escolar bastante intensa. Estagiário na Brigada de Pára-Quedista, a quem também não estava afeta a missão de combate à subversão, não se havia habituado à virulência da ação terrorista.

Julgando que o casal nada tinha a ver com a subversão, Martinez iniciou a travessia da rua, a fim de solicitar-lhe que se afastasse daquela área. Ato contínuo, da barriga, formada por uma cesta para pão com uma abertura para saque da arma ali escondida, a “grávida” retirou um revólver, matando-o antes que pudesse esboçar qualquer reação. O capitão Parreira, de sua equipe, ao sair em sua defesa, foi gravemente ferido por um tiro desferido pelo terrorista. Nesse momento, os demais agentes desencadearam cerrado tiroteio, que causou a morte do casal de terroristas. Eram os militantes do MR-8 Mário de Souza Prata e Marilena Villas-Bôas Pinto, responsáveis por uma extensa lista de atos terroristas. No “aparelho” do casal, foram encontrados explosivos, munição e armas, além de dezenas de levantamentos de bancos, de supermercados, de diplomatas estrangeiros e de generais do Exército. Martinez deixou viúva e quatro filhos, três meninas e um menino, a mais velha, à época, com 11 anos.


76 - 07/04/71 - Maria Alice Matos - Empregada doméstica - Rio de Janeiro
Morta por terroristas quando do assalto a um depósito de material de construção.


77 - 15/04/71 - Henning Albert Boilesen - (Industrial - São Paulo)
Quando da criação da Operação Bandeirante, o então comandante do II Exército, general Canavarro, reuniu-se com o governador do Estado de São Paulo, com várias autoridades federais, estaduais, municipais e com industriais paulistas para solicitar o apoio para um órgão que necessitava ser criado com rapidez, a fim de fazer frente ao crescente terrorismo que estava em curso no estado de São Paulo. Assim, vários industriais, entre eles Boilesen, se cotizaram para atender ao pedido daquela autoridade militar. Por descisão de Lamarca, Boilesen, um dinamarquês naturalizado brasileiro, foi assassinado. Participaram da ação os terroristas Yuri Xavier Pereira, Joaquim Alencar Seixas, José Milton Barbosa, Dimas Antonio Casimiro e Antonio Sérgio de Matos. No relatório escrito por Yuri, e apreendido pela polícia, aparecem as frases “durante a fuga trocávamos olhares de contentamento e satisfação". Mais uma vitória da Revolução Brasileira”. Vários carros e casas foram atingidos por projéteis. Duas mulheres foram feridas. Sobre o corpo de Boilesen, atingido por 19 tiros, panfletos da ALN e do MRT, dirigidos “Ao Povo Brasileiro”, traziam a ameaça:  “Como ele, existem muitos outros e sabemos quem são. Todos terão o mesmo fim, não importa quanto tempo demore; o que importa é que eles sentirão o peso da JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA. Olho por olho, dente por dente”.


78 - 10/05/71 - Manoel da Silva Neto - Soldado PM - SP
Morto por terroristas durante assalto à Empresa de Transporte Tusa.


79 - 14/05/71 - Adilson Sampaio - Artesão - RJ
Morto por terroristas durante assalto às lojas Gaio Marti.


80 - 09/06/71 - Antônio Lisboa Ceres de Oliveira - Civil - RJ
Morto por terroristas durante assalto à boate Comodoro

81 - 01/07/71 - Jaime Pereira da Silva - Civil - RJ
Morto por terroristas na varanda de sua casa durante tiroteio entre terroristas e policiais.


82 - 02/09/71 - Gentil Procópio de Melo -Motorista de praça - PE
A organização terrorista denominada Partido Comunista Revolucionário determinou que um carro fosse roubado para realizar um assalto. Cumprindo a ordem recebida, o terrorista José Mariano de Barros tomou um táxi em Madalena, Recife. Ao chegar ao Hospital das Clínicas, quando fingia que ia pagar a corrida, apareceram seus comparsas, Manoel Lisboa de Moura e José Emilson Ribeiro da Silva, que se aproximaram do veículo. Emilson matou Procópio com dois tiros.


83 - 02/09/71 - Jayme Cardenio Dolce - Guarda de segurança - RJ
Assassinado pelos terroristas Flávio Augusto Neves Leão Salles, Hélio Pereira Fortes, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurora Maria do Nascimento Furtado, Sônia Hipólito e Isis Dias de Oliveira, durante assalto à Casa de Saúde Dr. Eiras.


84 - 02/09/71 - Silvâno Amâncio dos Santos - Guarda de segurança - RJ
Assassinado na operação relatada acima.


85 - 02/09/71 - Demerval Ferreira dos Santos - Guarda de segurança - RJ
Assassinado na operação relatada no item 83


86 - .../10/71 - Alberto da Silva Machado - Civil - RJ
Morto por terroristas durante assalto à Fábrica de Móveis Vogal Ltda, da qual era um dos proprietários.


87 - 22/10/71 - José do Amaral - Sub-oficial da reserva da Marinha - RJ
Morto por terroristas da VAR-PALMARES e do MR-8 durante assalto a um carro transportador de valores da Transfort S/A. Foram feridos o motorista Sérgio da Silva Taranto e os guardas Emílio Pereira e Adilson Caetano da Silva.  Autores: James Allen Luz (Ciro), Carlos Alberto Salles (soldado), Paulo Cesar Botelho Massa, João Carlos da Costa.


88 - 01/11/71 - Nelson Martinez Ponce - Cabo PM - SP
Metralhado por Aylton Adalberto Mortati durante um atentado praticado por cinco terroristas do MOLIPO (Movimento de Libertação Popular) contra um ônibus da Empresa de Transportes Urbano S/A, em Vila Brasilândia, São Paulo


89 - 10/11/71 - João Campos - Cabo PM - SP
Morto na estrada de Pindamonhangaba, ao interceptar um carro que conduzia terroristas armados.


90 - 22/11/71 - José Amaral Vilela - Guarda de segurança - RJ
Neste dia os terroristas Sérgio Landulfo Furtado, Norma Sá Ferreira, Nelson Rodrigues Filho, Paulo Roberto Jabour, Thimothy William Watkin Ross e Paulo Costa Ribeiro Bastos assaltaram um carro-forte da firma Transfort, na Estrada do Portela, em Madureira.


91 - 27/11/71 - Eduardo Timóteo Filho - Soldado PM - RJ
Morto por terroristas, durante assalto contra as Lojas Caio Marti.


92 - 13/12/71 - Hélio Ferreira de Moura - Guarda de Segurança - RJ
Morto, por terroristas, durante assalto contra um carro transportador de valores da Brink's, na Via Dutra.


93 - 18/01/72 - Tomaz Paulino de Almeida - Sargento PM - São Paulo / SP
Morto a tiros de metralhadora no bairro Cambuci quando um grupo terrorista roubava o seu carro. Autores do assassinato: João Carlos Cavalcante Reis, Lauriberto José Reyes e Márcio Beck Machado, todos integrantes do Molipo.


94 - 20/01/72 - Sylas Bispo Feche - Cabo PM São Paulo / SP
O cabo Sylas Bispo Feche integrava uma Equipe de Busca e Apreensão do DOI/CODI/II Exército. Sua equipe executava uma ronda quando um carro VW, ocupado por duas pessoas, cruzou um sinal fechado quase atropelando uma senhora que atravessava a rua com uma criança no colo. A sua equipe saiu em perseguição ao carro suspeito, que foi interceptado. Ao tentar aproximar-se para pedir os documentos dos dois ocupantes do veículo, o cabo Feche foi metralhado. Dois terroristas, membros da ALN, morreram.


95 - 25/01/72 - Elzo Ito - Estudante - São Paulo / SP
Aluno do Centro de Formação de Pilotos Militares, foi morto por terroristas que roubaram seu carro.


96 - 01/02/72 - Iris do Amaral - Civil - Rio de Janeiro
Morto durante um tiroteio entre terroristas da ALN e policiais. Ficaram feridos nesta ação os civis Marinho Floriano Sanches, Romeu Silva e Altamiro Sinzo. Autores: Flávio Augusto Neves Leão Salles ("Rogério", "Bibico") e Antônio Carlos Cabral Nogueira ("Chico", "Alfredo".)


97 - 05/02/72 - David A. Cuthberg - Marinheiro inglês - Rio de Janeiro
A respeito desse assassinato, sob o título "REPULSA", o jornal "O Globo" publicou:

"Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg que, na madrugada de sábado, tomou um táxi com um companheiro para conhecer o Rio, nos seus aspectos mais alegres. Ele aqui chegara como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para comemorar os 150 anos de Independência do Brasil. Uma rajada de metralhadora tirou-lhe a vida, no táxi que se encontrava. Não teve tempo para perceber o que ocorria e, se percebesse, com certeza não poderia compreender. Um terrorista, de dentro de outro carro, apontara friamente a metralhadora antes de desenhar nas suas costas o fatal risco de balas, para, logo em seguida, completar a infâmia, despejando sobre o corpo, ainda palpitante, panfletos em que se mencionava a palavra liberdade. Com esse crime repulsivo, o terror quis apenas alcançar repercussão fora de nossas fronteiras para suas atividades, procurando dar-lhe significação de atentado político contra jovem inocente, em troca da publicação da notícia num jornal inglês. O terrorismo cumpre, no Brasil, com crimes como esse, o destino inevitável dos movimentos a que faltam motivação real e consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de não ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se exprime o alto grau de degeneração dessas reduzidas maltas de assassinos gratuitos".

A ação criminosa, tachada como "justiçamento", foi praticada pelos seguintes terroristas, integrantes de uma frente formada por três organizações comunistas: 
ALN - Flávio Augusto Neves Leão Salles ("Rogério", "Bibico"), que fez os disparos com a metralhadora, Antônio Carlos Nogueira Cabral ("Chico", "Alfredo"), Aurora Maria Nascimento Furtado ("Márcia", "Rita"), Adair Gonçalves Reis("Elber", "Leônidas", "Sorriso");
- VAR-PALMARES - Lígia Maria Salgado da Nóbrega ("Ana", "Célia", "Cecília"), que jogou dentro do táxi os panfletos que falavam em vingança contra os "Imperialistas Ingleses"; Hélio Silva ("Anastácio", "Nadinho"), Carlos Alberto Salles("Soldado");
- PCBR - Getúlio de Oliveira Cabral("Gogó", "Soares", "Gustavo")


98 - 15/02/72 - Luzimar Machado de Oliveira - Soldado PM - Goiás
O terrorista Arno Preiss encontrava-se na cidade de Paraiso do Norte, que estava incluída no esquema de trabalho de campo do MOLIPO. Usava o nome falso de Patrick McBundy Comick. Arno tentou entrar com sua documentação falsa no baile carnavalesco do clube social da cidade. Sua documentação levantou suspeita nos policiais, que o convidaram a comparecer à delegacia local. Ao deixar o clube, julgando-se desmascarado, Arno sacou seu revólver e disparou à queima roupa contra os policiais, matando o PM Luzimar Machado de Oliveira e ferindo gravemente o outro PM que o conduzia, Gentil Ferreira Mano. Acabou morto.


99 - 18/02/72 - Benedito Monteiro da Silva - Cabo PM - São Paulo
Morto quando tentava evitar um assalto terrorista a uma agencia bancária em Santa Cruz do Rio Pardo.


100 - 27/02/72 - Napoleão Felipe Bertolane Biscaldi - Civil - São Paulo
Morto durante um tiroteio entre os terroristas Lauriberto José Reyes e José Ibsem Veroes com policiais, na rua Serra de Botucatu, no bairro Tatuapé. Nesta ação, um policial foi ferido a tiros de metralhadoras por Lauriberto. Os dois terroristas morreram no local.


101 - 06/03/72 - Walter César Galleti - Comerciante - São Paulo
Terroristas da ALN assaltaram a firma F. Monteiro S/A. Após o assalto, fecharam a loja, fizeram um discurso subversivo e assassinaram o gerente Walter César Galetti e feriram o subgerente Maurílio Ramalho e o despachante Rosalindo Fernandes.


102 - 12/03/72 - Manoel dos Santos - Guarda de Segurança - São Paulo
Morto durante assalto terrorista à fábrica de bebidas Charel Ltda.


103 - 12/03/72 - Aníbal Figueiredo de Albuquerque - Coronel R1 do Exército - São Paulo
Morto durante o mesmo assalto à fábrica de bebidas Charel Ltda., da qual era um dos proprietários.


104 - 08/05/72 - Odilo Cruz Rosa - Cabo do Exército - PA
Morto na região do Araguaia quando uma equipe comandada por um tenente e composta ainda, por dois sargentos e pelo Cabo Rosa foram emboscados por terroristas comandados por Oswaldo Araújo Costa, o "Oswaldão", na região de Grota Seca, no Vale da Gameleira. Neste tiroteio foi morto o Cabo Rosa e feridos o Tenente e um Sargento.


105 - 02/06/72 - Rosendo - Sargento PM - SP
Morto ao interceptar 04 terroristas que assaltaram um bar e um carro da Distribuidora de Cigarros Oeste LTDA.


106 - 29/06/72 - João Pereira - Mateiro-região do Araguaia - PA
 "Justiçado exemplarmente" pelo PC do B por ter servido de guia para as forças legais que combatiam os guerrilheiros. A respeito, Ângelo Arroyo declarou em seu relatório: "A morte desse bate-pau causou pânico entre os demais da zona".


107 - 09/09/72 - Mário Domingos Panzarielo - Detetive Polícia Civil - RJ
Morto ao tentar prender um terrorista da ALN.


108 - 23/09/72 - Mário Abraim da Silva - Segundo Sargento do Exército - PA
Pertencia ao 2º Batalhão de Infantaria de Selva, com sede em Belém. Sua Companhia foi deslocada para combater a guerrilha na região do Araguaia. Morto em combate, durante um ataque guerrilheiro no lugarejo de Pavão, base do 2º Batalhão de Selva.


109 - 27/09/72 - Sílvio Nunes Alves - Bancário - RJ
Assassinado em assalto ao Banco Novo Mundo, na Penha, pelas organizações terroristas PCBR - ALN - VPR - Var Palmares e MR8. Autor do assassinato: José Selton Ribeiro.


110 - .../09/72 - Osmar… - Posseiro - PA
"Justiçado" na região do Araguaia pelos guerrilheiros por ter permitido que uma tropa de pára-quedistas acampasse em suas terras.


111 - 01/10/72 - Luiz Honório Correia - Civil - RJ
Morto por terroristas no assalto à empresa de Ônibus Barão de Mauá


112 - 06/10/72 - Severino Fernandes da Silva - Civil - PE
Morto por terroristas durante agitação no meio rural.


113 - 06/10/72 - José Inocêncio Barreto - Civil - PE
Também morto por terroristas durante agitação no meio rural.


114 - 21/02/73 - Manoel Henrique de Oliveira - Comerciante - São Paulo
No dia 14 de junho de 1972, as equipes do DOI de São Paulo, como já faziam há vários dias, estavam seguindo quatro terroristas da ALNque resolveram almoçar no restaurante Varela, no bairro da Mooca. Quando eles saíram do restaurante, receberam voz de prisão. Reagindo, desencadearam tiroteio com os policiais. Ao final, três terroristas estavam mortos, e um conseguiu fugir. Erroneamente, a ALN atribuiu a morte de seus três companheiros à delação de um dos proprietários do restaurante e decidiu justiçá-lo. O comando "Aurora Maria do Nascimento Furtado", constituído por Arnaldo Cardoso Rocha, Francisco Emanuel Penteado, Francisco Seiko Okama e Ronaldo Mouth Queiroz, foi encarregado da missão e assassinou, no dia 21 de fevereiro, o comerciante Manoel Henrique de Oliveira, que foi metralhado sem que pudesse esboçar um gesto de defesa. Seu corpo foi coberto por panfletos da ALN, impressos no Centro de Orientação Estudantil da USP por interveniência do militante Paulo Frateschi.


115 - 22/02/73 - Pedro Américo Mota Garcia - Civil - Rio de Janeiro
Por vingança, foi "justiçado" por terroristas por haver impedido um assalto contra uma agência da Caixa Econômica Federal.


116 - 25/02/73 - Octávio Gonçalves Moreira Júnior - Delegado de polícia - São Paulo
Com a tentativa de intimidar os integrantes dos órgãos de repressão, um "Tribunal Popular Revolucionário" decidiu "justiçar" um membro do DOI/CODI/II Exército. O escolhido foi o delegado de polícia Octávio Gonçalves Moreira Júnior.


117 - 12/03/73 - Pedro Mineiro - Capataz da Fazenda Capingo
"Justiçado" por terroristas na Guerrilha do Araguaia.


118 - Francisco Valdir de Paula - Soldado do Exército-região do Araguaia - PA
Instalado numa posse de terra, no município de Xambioá, fazendo parte de uma rede de informações montada na área de guerrilha, foi identificado pelos terroristas e assassinado. Seu corpo nunca foi encontrado.


119 - 10/04/74 -Geraldo José Nogueira - Soldado PM - São Paulo
Morto numa operação de captura de terroristas.



Você entregaria seu país nas máos
de quem já esteve envolvido com todos esses crimes?


Informações retiradas do blog de Reinaldo Azevedo,
jornalista que escreve para a revista Veja.










30 comentários:

Leandro Sarubo disse...
A CANDIDATA DE UM DOS HOMENS MAIS CÍNICOS DO MUNDO SEGUNDO O JORNAL EL PAÍS, UMA PROVA DO DECLÍNIO MORAL QUE O PAÍS ATRAVESSA

http://www.imil.org.br/blog/para-o-el-pais-lula-e-um-dos-cinco-hipocritas-de-2009/
Anônimo disse...
RIDICULO! sejam mais criativos em tentar derrubar uma candidata! talvez vocês sejam a favor da ditadura..!

PROVEM!!!
Anônimo disse...
Eleitor do Serra é que nem fumante:
sabe que faz mal, mas pensa que ainda estamos em 1960, então vota pra fazer charme.
Anônimo disse...
tuxa460@google.com.br
ah, fez tudo isso? então voto nela é logico!
Anônimo disse...
Para um país cheio de bandido, cai super bem ter uma presidenta bandida. Afinal, cada povo tem o chefe que merece...
Anônimo disse...
Convoco a nação brasileira a efetuar um golpe de estado.
Quem ainda apóia o PT é completamente cego.
antonio norberto disse...
Só existe um culpado para tanta bandalheira e ainda deixar estes babdidos mandar no Brasil, o povo Brasileiro que vota nestes bandidos anistiados eroniamente, este ano tem eleição vamos dizer u NÂO para esta turma e não eleger ninguem deles.
paresse imposivel mais se nos organizarmos nos consiguiremos extrair este cancer da nossa vida publica e politica.
sou voluntario
a internet é uma grande arma, mais podemos sair as ruas e mostrar para o brasil quem esta querendo ser seu presidente.
isto da direito a escadinha, marcola, maniaco do parque, os nardone e qualquer um bandido de amanha querer ser nosso presidente.
antonio norberto
Anônimo disse...
TODOS são e se~ram corruptos,

Mas temos que votar nos menos piores,

Ou seja,

continuo o meu apoio ao PT!!!!!!!!!!
gean carlo disse...
POLITICO É SEMPRE POLITICO; A MELHOR ARMA CONTRA O PT- E A PROPRIA CONTA BANCARIA DO FILHO DO LULA;; DIZEM QUE JA PASSA DE MAIS DE 100 MILHOES A RIQUEZA DO LULA - QUER DIZER O FILHO DO LULA ........NADA MAL PARA QUEM NAO SABE LER E NEM ESCREVER E NEM FALAR DIREITO .....PARA QUEM DEU A UM PEDAÇO DA PETROBRAS A SEU COMPANHEIRO NA BOLIVIA- DE SEU LEGIONARIO CHAVES E SEU PADRINHO LA DE CUBA - E AGORA QUER SE METER COM IRÃ........O QUE VAMOS CONSEGUIR COM A CONTINUIDADE DO PT - E ACABAR DE QUEBRAR O BRASIL E CONQUISTAR O ODIO DE NOSSOS PARCEIROS COMERCIAIS .......VOTE NA DILMA SE FOR CAPAZ!!!
Anônimo disse...
Dima Roussef.SANTINHA mas até quando? A verdade é que ela não engana a nimguém ,apenas existem seguidores seus iguais a mesma.Pena o brasileiro ter acostumado-se a quebra discriminada dos valores, daí eleger um presidente "analfabeto"e "faccioso", ou quem sabe uma presidenciavel "bruxinha de botox".
Anônimo disse...
JUREMA, DEIXA DE HIPOCRISIA..VAI DAR UMA TREPADA QUE É MELHOR...PELO JEITO VOCE DEVE ESTAR NECESSITADA, NÉ FIA?
MANDA O JEGUE USAR CAMISINHA, PARA DEPOIS VOCE NÃO COLOCAR A CULPA EM LULA, OK?
Anônimo disse...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... chora demotucanos.... é Dilma agora e em 2014 e depois mais 2 mandatos para o Lula... acho melhor vocês se mudarem para o Chile... kkkkkkkk
Anônimo disse...
Voto em criminoso nunca mais acabaar com o meio ambiente - "O meio ambiente é uma ameaça ao desenvolvimento sustentável" (Dilma) legalizar o aborto, apagão, mentiras e falta de programa de governo com propostas. Serra é o presidente que o Brasil precisa e que nós termos. 45
Anônimo disse...
Por favor acessew esse site:
www.cleuzaborges22013.com.br.
Seu conteudo ajudara o Brasil.
Anônimo disse...
Esse anônimo babando ovo da Dilma ou é viado, sapatão ou nunca estudou na vida para saber que além de ex terrorista ela é lésbica e ainda responde processo nos EUA. Ela nem pode pisar o pé lá seu mané.......Imagina sua presidenta que não pode entrar em um país por responder processos por terrorismo. O paisinho de gente sem noção é esse Brasil...
Anônimo disse...
E olha só o papo do viado, tem que trepar, necessitada, ah bichona, acho que você tem que acordar para a realidade, a Dilma nem proposta a infeliz tem, só sabe dizer que vai continuar com o governo de Lula. Já fui petista e posso falar mal. É, ele criou no seu governo uma profissão: prostituta, quando vc chama alguém de puta está chamando pela profissão, regulamentada por lei, a família do presidiário ganha uma bolsa de 800 reais, maior do que o salário de um professor de interior que trabalha 40 horas e muitas profissões afora, liberou cirurgia pelo SUS (não só para os hemafroditas) de mudança de sexo, enquanto a saúde básica está nos cacos, vai num posto de saúde hj boiola e tenta fazer uma consulta?
Anônimo disse...
Entrem em outros links e confiram a ilustrissíma presidenta da república: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/para-refrescar-a-memoria-da-candidata-dilma-rousseff/
Anônimo disse...
Zé babão da Dilma, eu sei que tu não sabe nem um milésimo da metade da vida dela. Confira:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dilma_Rousseff
Anônimo disse...
Olha a santinha: http://historiadordocotidiano.blogspot.com/2008/03/dilma-rousseff-assaltante.html


Tudo isso é mentira? mentira é a vida de uma pessoa que não acredita em nada que está vendo de uma pilantra dessas.....
Anônimo disse...
Nossa, me irrita como o brasileiro é BURRO! Cara, ela é o simbolo de tudo o que não deve ser feito. Quem votar nela precisa tomar vergonha na cara!!!
Wallas Saraiva disse...
está ai a resposta porque ela é a favor do aborto....tanto sangue derramado nas costas , tantos crimes...sou Serra 45!!!
Mr.Anderson disse...
Militares no poder, JÁ!!!

Não podemos permitir que a inimiga das forças armadas, si torne comandante do exercito!
Anônimo disse...
Só queria entender, A Dilma não serve para ser Presidente, em continuidade ao Governo Lula, porque é guerrilheira. Mas o Serra~também não é fundador de um grupo armado - Ação Popular ? Os militares eram bonzinhos por que defendiam o interesse americano em nossas terras, quem não concordasse com isso era terrorista. Militar pode matar, civil nao ? É ISSO ?
Anônimo disse...
Os militares estão ai para defender nossas divisas, e quando ocorre um golpe militar é pq internamente as coisas não vão bem, a história da Dilma e seus crimes todos conhecem, o PT está mascarando a histório por intermédio do Lula. Se a Dilma se eleger, tenho a convicção que não terminará seu gorverno e será deposta pelos militares.
Anônimo disse...
Siga a Bíblia: "Atire a primeira pedra quem nunca pecou ou cometeu algum tipo de crime". Vá dizer que o Serra é santo. A prova de que ele é criminoso está no próprio nome "Serra" que comete crime ambiental.

Ernani (Salinas/MG)
Anônimo disse...
ONDE ESTÁ A LEI FICHA LIMPA???
PRENDAM ESSA CRIMINOSA!!!
DRI MOURA disse...
Viva Dilma!!!!
que vc possa dar seguimento ao que Lula começou..... Viva a mulher no poder viva o PT viva lula
Ronaldo Florentino disse...
Cínicos! Por que não enumeram as torturas e mortes comandadas pelo regime militar que antecederam os atos que vocês chamam de terrorismo. Estudantes e trabalhadores já haviam sido mortos antes que qualquer organização desse o primeiro tiro. CÍNICOS!
Jurema Cappelletti disse...
Em resposta aos comentários abaixco:

Este blog se chama ""Dilma - os crimes de ontem e as mentiras de hoje"", portanto não cabe a mim relacionar crimes cometidos por outros.l

QUEM QUISER, ESCOLHA OUTROS CRIMINOSOS E FAÇA O SEU BLOG .

Jurema Cappelletti
Jurema Cappelletti disse...
Anônimo disse...
RIDICULO! sejam mais criativos em tentar derrubar uma candidata! talvez vocês sejam a favor da ditadura..!

Ô besteirol! Quem é a favor da ditadura são vocês que nem sabem que a intenção dela e seu grupo era implantar uma outra ditadura, só que uma ditadura comunista. ACORDEM E NÃO FALEM BESTEIRA.