sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O ARREBATAMENTO

O primeiro acontecimento na série de eventos dos últimos dias é o arrebatamento da Igreja. O arrebatamento dá início ao período dos últimos dias. Não há meio de saber quando ocorrerá, mas, ao acontecer, desencadeará os outros eventos que, por sua vez, seguir-se-ão de uma maneira previsível.  Significa que o arrebatamento é o evento profético que a igreja aguarda, e pode acontecer a qualquer momento. não há nenhum outro evento que aconteça anterior a ele, numerosas indicações mostram que poderá ser num futuro próximo.

A. Mencionado na Escritura
Como sinal da sua importância, menciona-se o arrebatamento muitas vezes nas Escrituras. É bom notar algumas das passagens mais significativas no começo do estudo. Jesus falou dele ao começar a Sua última mensagem aos discípulos antes da crucificação, dizendo: " Voltarei e vos receberei para mim mesmo, para onde eu estou estejais vós também" (Jo 14:3). A cena era o cenáculo, imediatamente após a instituição da Santa Ceia. Jesus falou de deixar os Seus discípulos em breve e de ir preparar um lugar para eles, isto significando o céu. Então disse estas palavras importantes, que voltaria para buscá-los para que pudessem estar com Ele no lugar que Ele havia preparado. A passagem revela várias coisas sobre o arrebatamento:

          Primeira, será um evento programado; na hora da Sua despedida, Cristo já visava o Seu retorno para os discípulos. Segunda é relevante aos seguidores de Cristo. Ele falava somente aos discípulos quado fez a promessa. Terceira, o retorno de Cristo para os seus será pessoal. Ele próprio virá em vez de mandar um anjo, ou dar uma permissão geral para a igreja se juntar a Ele. Quarta, o resultado do arrebatamento é que a igreja sairá do mundo. Jesus disse voltaria e receberia os discípulos, para onde Ele fizera os preparativos, eles pudessem está também. A igreja não permanecerá aqui na terra em alguma posição melhorada, mas será levada da terra para o céu.

          Outra passagem importante é 1 coríntios 1:7, onde Paulo se refere ao arrebatamento com as palavras, "aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo". Neste pensamento ele baseou a exortação aos crentes de Corinto, "de maneira que não vos falte nenhum dom", Enquanto procurava servir e viver para Deus. Assim Paulo diz que a esperança do arrebatamento dá sentido para a vida do cristão seja totalmente dedicada a Deus. O pensamento principal de Paulo é desafiar a este tipo de dedicação. A sua referência ao arrebatamento mostra que devia motivar o crente para este fim.
          Em Felipenses 3:20 Paulo fala do arrebatamento como sendo o tempo quando os cristão irão ao lugar da sua verdadeira cidadania. A passagem diz, "Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo". O pensamento é que, uma vez que o lar final do crente e o céu e não este mundo problemático, ele anseia chegar lá. visto que o arrebatamento é a ocasião quando ele será levado para lá, é, portanto, de suma importância para ele.
          O escritor do livro aos Hebreus menciona o arrebatamento ao contrastar o propósito da segunda vinda de Cristo ao alva da primeira vinda. Declara, " Assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação"(Hb 9:28). O pensamento é que  Cristo veio a primeira vez para pagar a penalidade do pecado do homem, mas a segunda vez virá para libertar o homem do mundo. A frase, "sem pecado", não quer dizer que Cristo tenha pecado na Sua primeira vinda, certamente; mas a segunda vinda Ele não estará envolvido de nenhum modo com o pecado, com foi na primeira vinda ao carregar os pecados do homem. O arrebatamento será a ocasião quando Cristo tirará o cristão do mundo para Si.
          O mesmo escritor se refere ao arrebatamento novamente como sendo uma razão de esperança por parte dos crentes aflitos. Declara, "Porque ainda dentro de pouco tempo aquele que vem virá, e não tardará" (Hb 10:37). O arrebatamento é uma fonte de consolação verdadeira para cada filho de Deus, visto que qualquer tipo de sofrimento que o crente possa enfrentar aqui na terra acabará, pois Cristo voltará para trazer libertação.

B.   Distinguido da Revelação de Cristo

A vinda de Cristo no arrebatamento deve ser distinguida da Sua vinda na chamada revelação de Cristo. Esta última aparição não ocorrerá antes da tribulação e terá outro propósito. A revelação será tratada em detalhe no capítulo oito. Entretanto, é bom anotar algumas diferenças básicas entre as duas aparições. Primeira: a revelação acontece após a tribulação enquanto o arrebatamento ocorre antes. Isto e vê, por exemplo, em Mateus 24:29,30. Significa que as duas vindas são separadas por sete anos.
Segunda: descreve-se a revelação como uma vinda "em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhece a Deus" (2 Ts 1:8). Aqui o quadro é diferente da sua vinda para receber a igreja para Si.
Terceira: Ele volta na revelação COM os Seus santos, não para buscar-los, como no arrebatamento. Judas 14 declara, "Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades".
Quarta: na revelação Cristo desce à terra, vindo ao Monte das Oliveiras (Zc 14:4), de onde ascendeu ao voltar ao céu. Entretanto, no arrebatamento Ele desce só até as nuvens para encontrar os Seus santos nos ares (1 Ts 4:17).

C.   Descrito em 1 Tessalonicenses 4:13-18

Um dos relatos mais completos do arrebatamento encontra-se em 1 Tessalonicenses 4:13-18. Esta passagem exige atenção especial.
          Quando Paulo escreveu a primeira epístola aos tessalonicenses, ele os havia deixado há poucas semanas atrás. Fora forçado a sair apressadamente por causa de perseguição (At 17:1-10), depois passou pouco tempo em Bereia (At 17:10-14), e continuou até Atena (At 17:15-34), antes de chegar em Corinto onde escreveu o livro. Timóteo e Silas haviam chegado de Tessalônica (At 18:5; 1 Ts 3:6) e relataram preocupação entre os santos acerca daqueles dentre os seus que haviam falecidos, talvez em consequência da perseguição contínua na cidade. A pergunta dele tratava da situação destes mortos na ocasião da volta de Cristo. Parece que não se preocupavam tanto com o seu próprio destino em serem levados ao céu na época, mas havia dúvidas sobre o que aconteceria com os mortos.
         Paulo apresenta a resposta no quarto capítulo de 1 Tessalonicenses. começa por assegurá-lo de que não precisam se preocupar (v.13). Todos aqueles "que dormem em Cristo" serão arrebatados para se encontrar como Senhor no arrebatamento, mesmo antes dos que ainda estão vivos. Isto incluirá a ressurreição dos mortos, um evento que se assemelhará à ressurreição do próprio Senhor Jesus (v.14).
Paulo continua, dando a segurança que "pela palavra do Senhor", os vivos na época não "precederão" os que dormem (v.15). Em vez disso, " o Senhor mesmo, dada a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (v.16). Depois, os "vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares"(v.17).
          Deve-se notar uns fatos adicionais sobre o arrebatamento. Um é que se inclui uma ressurreição, uma ocasião quando aqueles que já morreram morreram em Cristo ressuscitarão. outro é que os ressurretos serão arrebatados antes dos vivos. e mais, ambos os ressurretos e os vivos se encontrarão com Cristo nos ares e não em algum lugar na terra.    Continuando, esta vinda de Cristo será acompanhada por sinais audíveis, "a palavra de ordem", "a voz do arcanjo", e "a trombeta de Deus". A "Palavra de ordem" poderia se referir ao comando de Cristo, mencionado em João5:28,29, para a saída dos que estão nos túmulos. 
Visto que somente Miguel tem o título de "Arcanjo" nas escrituras (Jd 9), provavelmente será ele quem acompanha Cristo e é responsável pela "voz" mencionada. talvez ele profira um brado de triunfo pelo evento que ora acontece. 
A trombeta de Deus em 1 Coríntios 15:52, ambas as expressão, significando libertação. As vezes cristãos usam a expressão, "arrebatamento secreto". O termo não é totalmente certo porque, embora o tempo seja incerto, estes sinais audíveis ocorrerão. Certamente todos os santos os ouvirão, e possivelmente os descrentes também. Os sinais avisariam os descrentes do acontecimento significante e que foram deixado fora.

D.     A Ressurreição dos Santos da Igreja

Menciona-se muito nas Escrituras a ideia de ressurreição nos últimos dias. Poucas passagens refere-se á ressurreição de ambos justos e injustos de tal maneira que sugira que ambos os grupos serão ressurretos ao mesmo tempo. Por exemplo, Jesus diz, "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiveram praticado o mal, para a ressurreição do juízo"(Jo 5:28,29; cf. At 24:15). Porém em outras passagens, onde o contexto pede mais detalhes, se referem somente a um ou outro grupo sendo ressurreto em qualquer tempo. É o caso da passagem ora estudada, 1 Tessalonicenses 4:13-18, onde a referência é somente dos "mortos em Cristo" sem menção dos mortos descrentes. Também é o caso de Apocalipse 20:13, onde se refere ao outro grupo, os descrentes. Esta passagem declara, "Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia.  E foram julgados, um por um, segundo as suas obras". Claramente esta ressurreição segue o reinado milenar de Cristo porque uma descrição daquela grande época precede imediatamente estas palavras. Também, esta ocasião de ressurreição vem junta à que se chama da "segunda morte"(v.14), que o versículo 6 diz não ter poder sobre aqueles da primeira ressurreição. Então, os dois grupos foram ressurretos em tempos diferentes.
          Outra distinção sobre os tempos de ressurreição tem que ser feita, a que pertence somente aos salvos mortos. Um grupo dos salvos será ressurreto no arrebatamento, como notamos; porém, mais dos grupos serão levantados em outras duas épocas. Um grupo será ressurreto no fim da tribulação. Incluirá os que são salvos e depois morrem durante  a tribulação, e também os santos dos seculos do Antigo Testamento (no capítulo oito debate-se as passagens pertinentes das Escrituras). O outro grupo será ressurreto no milênio. Consistirá dos santos que morreram durante aquele período de mil anos. As Escrituras não falam especificamente desta ressurreição, mas conclui-se isto claramente. Se os santos do milênio hão de participar nas bênção eternas junto ao santos das épocas anteriores, terá de haver uma ocasião de ressurreição para eles tanto quanto para os outros.
          Expõe-se a ideia de tal sequencia de ressurreições em 1 coríntios 15:20-24, onde Paulo fala da ressurreição de Cristo e depois declara que pelo mesmo modo "todos serão vivificados em Cristo". Imediatamente ele explica que seguirá uma programação: "cada um, porém, por sua própria ordem". Isto é, as "primícias", o padrão para os outros que O seguirão a ressurreição de Cristo. Uma já aconteceu quando uns santos ressurgiram imediatamente após a morte de Cristo. Mateus fala da ocasião: Abriram-se sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos"(Mt 27:52,53). 
O propósito desta ressurreição provavelmente foi providenciar outra prova pra confirmar a ressurreição de Cristo. Os ressurretos na certa eram pessoas que haviam morrido há pouco tempo e eram bastante conhecidos pelos amigos ainda vivos. Que impressão deve ter causado, ver mortos vivificados e saudáveis, andando pelas ruas de Jerusalém!
Acredita-se que estas pessoas não morreram outra vez, ao contrário de Lázaro e outros que foram ressuscitados sob circunstâncias totalmente diferentes. Provavelmente aqueles foram levados diretamente ao céu após terem exercido a função planejada por sua ressurreição.
          A outra ocasião de ressurreição ainda vai acontecer, justamente das "duas testemunhas" que viverão e morrerão durante a tribulação (Ap 11:3-12).  Estas duas pessoas testificarão Deus em Israel por 1.260 dias e então serão mortas pela "besta" (o Anticristo) no fim daquele tempo. Seu corpo ficarão exposto nas ruas de Jerusalém por três dias e meio, porque ninguém ousará ou quererá enterrá-los. No fim destes dias, serão vivificados repentinamente e depois serão assuntos para o céu.
          Então, a ressurreição no arrebatamento é uma fase dentro da série de ressurreições apresentadas na escatologia bíblica. No evento estudado, os ressurretos serão os santos da igreja, isto é, os salvos durante o período da igreja, desde o começo no dia de Pentecoste até o momento do arrebatamento. O número de pessoas incluídas será muito grande, bem maior que o número dos santos vivos na época, que serão arrebatados sem passar pela morte. O segundo grupo incluirá somente aquela geração viva, enquanto os santos ressurretos incluirão todas as muitas gerações desde o começo do primeiro século. Esta ocasião da ressurreição é um tempo que cada cristão pode esperar com alegria porque, naquele tempo, ele verá entes queridos mortos novamente junto aos grandes santos de outros tempos.

E.   Corpos Glorificados

Os justos receberão corpos glorificados na ocasião da sua ressurreição. Não se fala nada nas Escrituras sobre corpos vivificados dos descrentes, mas se fala muito sobre os corpos dos justos, fato tal que encaixa com a distinção já feita entre as duas ocasiões. Paulo se refere à mudança de corpo dos justos, dizendo que nós que "temos as primícias do Espírito... gememos em nossos íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo"(Rm 8:23). Isto é, santos cujos espíritos foram renovados, esperam com ansiedade o dia quando os seus corpos também serão vivificados. Nesta vida, o corpo ainda age com obstáculo ao espírito redimido. Precisa da transformação que a ressurreição providenciará.
          O assunto é tratado externamente em 1 Corintios 15:35-54, Paulo começa por levantar questão, "como ressuscitam os mortos ? e em que corpo vêm?" Então ele descreve o corpo. No versículo 42 ele diz que será um corpo incorruptível, não sujeito a decomposição; no versículo 43, ele diz que será um corpo de "glória" (honrado por Deus e livre dos efeitos da maldição), e de "poder",(não sujeito a fraqueza, cansaço, ou doença); e no versículo 44, destaca que será um "corpo espiritual", significando que embora real, não estará sujeito a todas as limitações naturais dos corpos atuais, necessitando de alimentação, repouso, cuidados médicos, etc.
Após esta discrição, Paulo declara, em versículos 51,52, que também aqueles ainda vivos receberão corpos glorificados, mas através de mudança repentina em vez de ressurreição. Ele diz que isto ocorrerá, "num abrir e fechar de olhos". Acrescenta que estes corpos transformados serão incorruptíveis e imortais (v.53).
          Talvez, a ajuda maior em entender a natureza dos corpos glorificados venha da declaração de Paulo que Deus "transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória"(Fl 3:21; cf. 1 Jo 3:2). Então corpos glorificados serão como corpo ressurreto de Cristo. Naquele corpo de Cristo podia entrar numa sala fechada (Jo 20:19,26); desaparecer enquanto falava com outros (Lc 24:30,31); permanecer desconhecido aos outros até iluminação especial ser dada (Lc 24:15,16,31; Jo 20:15,16); e desafiar a lei da gravidade em ascender da terra para desaparecer nas nuvens At 1:9). Ao mesmo tempo, Seu corpo era real, porque podia ser tocado (Jo 20:27), era capaz de falar (Lc 24:17-32), e podia comer (Lc 24:30; Jo 21:12-15). Portanto, corpos glorificados serão reais e físicos, mas não sujeitos a morte nem a corrupção; não cansarão nem adoecerão; não precisarão de alimentos para se manter, embora sendo capazes de comer em certas ocasiões; e não serão limitados nem por matéria física comum, nem por leis naturais, sendo capazes de desaparecer e aparecer a vontade e a desafiar a gravidade em subir.
Visto que Cristo na Sua assunção aparentemente foi da terra ao céu com a rapidez de pensamento, certamente isso será possível também aos santos glorificados. Os santos da igreja serão dotado de tais corpos  no arrebatamento, e já com eles subirão para encontrar com Cristo nos ares.

F.    Repentina e Sem Aviso

A vinda de Cristo para Sua igreja será repentina e sem aviso. 
Nenhum aviso prévio será dado. Cristãos não poderão recuperar tempo perdido no seu serviço nem se envolver com interesses espirituais na última hora. Nem os descrentes terão outra chance final para procurar Cristo.  A volta de Cristo pegará as pessoas fazendo coisas normais de maneira normal. Isto é esclarecido em várias passagens bíblicas, como a do relato de Jesus sobre os servos esperando a volta do seu Senhor que estivera fora assistindo a um casamento (Lc 12:36-38). Jesus diz, "Bem aventurados aqueles servos a quem o Senhor quando vier os encontre vigilantes; ...quer ele venha na segunda vigília, quer na terceira".
          Jesus dá sequencia a esta história com outra sobre um ladrão vindo assaltar uma casa. E diz, "Se o pai da família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, (vigiaria e) não deixaria arrombar a sua casa"(v.39).
Ladrões não dão aviso prévio. O ocupante da casa precisa estar de sobreaviso o tempo todo. Jesus adverte, "Ficai também vós apercebidos, porque à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá". (v.40).
          Numa passagem paralela, Jesus compara a hora da Sua vinda com o tempo de Noé (Lc 17:26,27). Como o dilúvio pegou as pessoas despreparadas (estavam ocupados em comer e beber em se entregar a uma vida de pecado), assim será na vinda de Cristo. Também compara-a com o tempo de Ló (Lc 17:28,29), dizendo que, como a chuva de fogo e enxofre pegou Sodoma totalmente despreparado e "destruiu a todos", assim será "no dia em que o Filho do homem se manifestar".  Prossegue, dizendo que na hora da Sua vinda "dois estarão numa cama; um será tomado, e deixado o outro; duas mulheres estarão juntas moendo; uma será tomada, e deixada a outra" (Lc 17:34-36). Jesus estava avisando claramente que todos precisam estar pronto antes do tempo para a vinda de Cristo, para que preparativos de última hora não precisem ser feitos. Os descrentes precisam ser salvos enquanto há oportunidade; os crentes precisam estar ocupados na causa do Senhor, vivendo para Ele o tempo todo, para que não se envergonhe ao vê-lo.

G.   O Tribunal de Cristo

"O tribunal de Cristo" é um período de julgamento para os santos arrebatados. Acontecera logo após o encontro inicial com o Salvador. O caso a ser tratado não se refere ao estado "salvo" ou "perdido" dos réus, porque somente aqueles já pertencentes á igreja serão julgados neste tempo. Quem não creu em Cristo como Salvador pessoal e que não foi justificado pelo Pai não estará presente. O assunto será outro,, a conduta de vida de cada pessoa desde que se converteu a Cristo.
          O Termo usado nas Escrituras para se referir a esta ocasião é o "tribunal de Cristo"; emprega-se em 2 Corintios 5:10 e Romanos 14:10. o "tribunal " (grego - bema) do mundo Grego e Romanos era o lugar onde um juiz sentava. Por exemplo, usa-se a palavra "bema" do lugar onde pilatos sentou quando se pronunciou sobre Cristo (Mt 27:19; Jo 19:13) e do lugar onde Gálio sentou quando Paulo foi levado perante ele em Corinto (At 18:12,16 cf. 25:6).
Então, o tribunal de Cristo será o lugar onde Cristo Promulgará julgamento aos santos arrebatados, glorificados da igreja.

          1. A necessidade do tribunal
          As escrituras são bem claras que todo os homens, salvos ou perdidos, são responsáveis perante Deus. Isto significa que deverá haver um período de julgamento para cada pessoa. O tribunal de Cristo é onde isto vai acontecer para os salvos. várias passagens indicam a necessidade desta ocasião  de juízo. Em Mateus 12:36, Jesus diz que "toda palavra frívola que proferirem os homens" será chamada à prestação de contas; isto é uma declaração geral, na certa se referindo aos salvos e perdidos. Em Gálatas 6:7, Paulo dá o princípio que todos vão colher o que semearam. Em Colossenses 3:24,25, Paulo fala em particular aos cristãos quando diz que os servirem bem ao Senhor receberão do Senhor a recompensa da herança", mas os que fizerem errado colherão pelo errado que fizeram.
         E mais, ambos os textos mencionados identificando a ocasião são significantes. Romanos 14:10-12 diz que "cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus", referindo claramente aos cristãos. Indica que ninguém estrá isento nesta questão. O mesmo pensamento é expressada em 2 Corintios 5:10 com as palavras: "Importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo".

          2. O tempo do julgamento
          Este julgamento de cristãos acontecerá logo após o arrebatamento e certamente durante o período de sete anos de tribulação: Em primeiro lugar, é sustentado por dedução lógica. Se crentes hão se ser julgados pelas obras feitas antes do arrebatamento, faz sentido que tal julgamento seguir-se-á de perto ao arrebatamento.Parece lógico fazer saber os resultados do julgamento o mais cedo possível. Segundo, em Lucas 14:14, Jesus diz que a recompensa pelas obras praticadas será entregue "na ressurreição dos justo", e isto acontecerá, como vimos, na época do arrebatamento.  Terceiro, 1 Corintios 4:5 e Apocalipse 22:12  indicam que Cristo conferirá galardões na épocas de Sua vinda para os Seus, com a sugestão que acontecerá muito perto daquela vinda.

          3. Os resultados do julgamento
          Os resultados do julgamento serão ou um galardão por obras aprovadas ou uma sensação de perda por feitos desaprovados. Isto é claro pela maneira como Paulo trata o assunto em 1 Corintios 3:9-15. Ele fala sobre material de construção de duas categorias: "ouro, prata, pedras preciosas" não sujeitas a destruição de fogo, e "madeira, feno, palha "que são. Ele declara que os "cooperadores de Deus" podem construir com materiais de uma ou outra classe no seu serviço por Ele; mas o fogo do juízo revelará de que classe vêm. Aquele cujas obras são da primeira categoria "receberá galardão", mas naquele cujas obras não resistem ao fogo, "sofrerá ele dano". As obras que agradam a Deus, que fazem uma contribuição digna ao "edifício  de Deus", serão declaradas "ouro, prata, pedras preciosas"; os feitos que não agradam, que não contribuem ao edifício, serão julgados "madeira, feno,palha".
          Nesta passagem não há descrição da natureza dos galardões a serem recebidos pelas obras aceitáveis, mas passagens paralelas sugerem que a recompensa tomará a forma de "coroas". 
Distingue-se cinco "coroas" distintas em vários textos: 
(1) a "coroa incorruptível" para aqueles que dominam a velha natureza (1 Co 9:25);
(2) uma "coroa em que exultamos" para aqueles que levam outros a Cristo (1 Ts 2:19);
(3) uma "coroa de justiça" para os que mama a vinda de Cristo (2 Tm 4:8); 
(4) uma "coroa de vida" para aqueles que mantém o seu amor pelo Senhor no meio de tribulação ( Tg 1:12);    (5) uma "coroa de glória" para aqueles que são bons pastores no rebanho de Deus (1 Pe 5:4).
Não foi revelado se coroas verdadeiras de vários estilos serão entregues ou se a palavra "coroa" é simbólica. De certo, Deus conferirá com justiça, conforme o que cada pessoa merece.
          A perda experimentada por aqueles cujas obras foram queimadas não diz respeito à salvação da pessoal. Paulo esclarece isto na passagem tratada ao acrescentar, "mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo" (1 Co 3:15). A perda trata de galardões. A pessoa não receberá uma coroa, resultando num senso de vergonha e perda que não utilizou melhor o seu tempo na terra. Paulo parece ter previsto tal possibilidade para si e desejava ardentemente evitá-la, ao escrever, "esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (1 Co 9:27).  Ele não falava de  perder a salvação, porque não se pode perder isto, mas de perder a sua utilidade na construção do "edifício de Deus" e, como resultado, perder o seu galardão. Todo cristão deveria considerar cuidadosamente o fato deste tempo vindouro de juízo. Uma vida desperdiçada vai parecer muto tola perante Cristo naquele dia.

H.   As Bodas do Cordeiro
Há um segundo evento que ocorre para os santos da igreja logo após o arrebatamento. Apocalipse 19: 7-9 refere-se a isto como "as bodas do Cordeiro". Nesta ceia Cristo será o Noivo e igreja será a Sua Noiva.  
As figuras de um noivo e sua noiva em se referir a Cristo e sua igreja são usada frequentemente em outras passagens do Novo Testamento (veja, por exemplo, Jo 3:29; Rm 7:4; 2 Co 11:2; Ef 5:25-33).
As bodas celebrarão a união formal de Cristo com a Sua igreja num relacionamento externo.  Até este momento terão sido separados, Um no Céu  e a outra na terra, mas deste instante em diante sempre juntos.

          1.  O período do casamento

         O Casamento ocorrerá entre o arrebatamento e a volta de Cristo à terra após a tribulação. Não precederá o arrebatamento, porque até aquele momento os dos permanecem separados. Não será após a vinda ao fim da tribulação, porque, em primeiro lugar, a descrição das bodas antecipa o relato daquela volta em Apocalipse 19:11-21. E, segundo, a igreja vem com Cristo com Sua noiva, naquela volta. Provavelmente segue o "tribunal de Cristo", porque nas bodas a igreja será vestida em "atos de justiça dos santos". Isto sugere que esta justiça já terá sido julgada e achada válida. O tempo deste evento não pode ser estabelecido mais do que isto. Pode haver significado no fato de ser descrito em Apocalipse logo antes da vinda de Cristo à terra. Por outro lado, a lógica aponta uma ocasião mais cedo, logo após o julgamento: visto que a igreja estará na presença de Cristo do tempo do tribunal em diante, não parece have necessidade  para atrasos. Tudo que pode ser dito é que ocorre em algum ponto entre o tribunal e a volta após a tribulação.

          2. Uma possível distinção

          Alguns estudantes de profeta fazem distinção entre esta ocasião, chamada "o casamento do Cordeiro", e um evento posterior, que chama de "as bodas do Cordeiro", e um evento posterior, que chamam de "as bodas do Cordeiro".
Como base para esta distinção, usam trés passagens que  descrevem uma festa de casamento: Mateus 22:1-14; 25:1-13 e Lucas 14:16-24. Dá-se á explicação de que estes relatos mostram Israel na terra esperando dos céus a volta de Cristo, como o Noivo, e a igreja, com Sua noiva, para que as bodas acontecessem. 
Assim as bodas acontecer aqui na terra durante o milênio. O casamento em si, identificado como "as bodas do Cordeiro" (Ap 19:7-9), já terá acontecido no momento da volta de Cristo. De acordo com esta opinião, será somente depois desta volta que a festa de celebração acontecerá. Só envolverá Cristo e a igreja no casamento em si, mas Israel será incluído como convidado na ceia posterior. Pessoalmente, vejo esta interpretação como possível mas não provável. O assunto depende do significado das passagens sobre as "festas".
Parece que são compreendida melhor como revelando verdade sob o simbolismo de uma ceia de casamento, sem identificar tempo ou período específico para tal ocasião, em vez de profetizar um certo evento histórico.  Também contra esta interpretação é o fato que o evento descrito em Apocalipse 19:7-9 já tem o nome de "as bodas do Cordeiro". 

          



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