segunda-feira, 25 de março de 2013


As coisas da carne


A carne tem muitas saídas. Aprendemos que é hostil a Deus e não pode Lhe agradar de nenhum modo. Entretanto, nem o crente nem o pecador podem avaliar genuinamente a absoluta inutilidade, perversidade e contaminação da carne da maneira que o vê Deus, se não o mostra o Espírito Santo. Só quando Deus, por seu Espírito, revela ao homem a verdadeira condição da carne tal como Deus a vê, pode o homem enfrentar-se com sua carne.
As manifestações da carne são bem conhecidas. Se um homem for rigoroso consigo mesmo e se negar a seguir, como costumava, «os desejos do corpo e da mente» (Ef. 2:3), se dará conta com facilidade de quão sujas são estas manifestações. A carta do Paulo aos Gálatas dá uma lista destes pecados da carne para que ninguém se possa confundir:

«Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos (literalmente, "seitas"), as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.» (5:19-21).
Podemos dividir estas obras da carne em cinco grupos:
1) pecados que mancham o corpo, tais como a imoralidade, a impureza, a libertinagem;
2) comunicações sobrenaturais pecaminosas com as forças satânicas, tais como a idolatria, a bruxaria;
3) temperamento pecaminoso e suas peculiaridades, tais como inimizade, lutas, ciúmes, ira;
4) seitas e bandos religiosos, tais como o egoísmo, as dissensões, o espírito partidarista, a inveja;  e
5) lascívia, tais como a embriaguez e as orgias. Cada uma destas é facilmente observável. Os que as fazem são da carne.
Nestes cinco grupos distinguimos alguns pecados que são menos pecaminosos e outros que sujam mais, mas apesar de que possamos considerá-los mais repugnantes ou mais refinados, Deus revela que todos têm a mesma procedência: a carne. Aqueles que cometem com freqüência os pecados mais degradantes sabem que são da carne; entretanto, como é difícil para os que triunfam sobre estes pecados relativamente mais degradantes, reconhecer que são carnais!
O primeiro passo na obra do Espírito Santo é nos convencer e nos declarar culpados de nossos pecados. Assim como sem a iluminação do Espírito Santo um pecador nunca verá a maldade de seu pecado e não fugirá da ira futura para a obediência de Cristo, também um crente precisa ver seu pecado pela segunda vez. Um cristão deveria reprovar a si mesmo pelo seu pecado. Como poderá ser espiritual se não se der conta de toda a perversa e desprezível que é sua carne e não se detesta a si mesmo? Oh, seja como for que pequemos, continuamos pertencendo à carne! Agora é o momento de nos prostrar humildemente diante de Deus, dispostos a que o Espírito Santo nos convença de novo de nossos pecados.




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