domingo, 17 de abril de 2011

EGITO- Maior guerra de Batalha Espíritual de toda história

Sabemos que a História pouco ou quase nada fala sobre o Êxodo... a derrota de Satanás foi tão humilhante que ele procurou apagá-la dos relatos que o Homem conhece.
          A Irmandade procura apagar vestígios que possam fortalecer o Povo de Deus; contudo, não negam a existência de Moisés, nem o fato de que ele sobreviveu à matança dos filhos dos Hebreus. Depois disso, com relação às dez pragas e à saída do Egito, são pouco convincentes e evitam falar muito. Fato é que todos aqueles Principados, Espíritos Territoriais convidados a ficar e a governar a terra do Egito foram confrontados, um a um.
          Não se sabe quanto tempo levou isso, mas se Moisés regressou ao Egito no 63° ano do reinado de Ramsés II, ele veio a morrer pouco depois. E toda essa impressionante história ficou na cabeça de Merneptah, o sucessor, que relatou alguma coisa em sua Estela.
          Embora as datas de nascimento de José e Moisés não sejam condizentes com a Cronologia Histórica Bíblica, prefiro usar de dois fatores Históricos inquestionáveis para determinar as datas que citei:

A primeira evidência é que o Faraó foi contemporâneo a Moisés, e presumivelmente amigo deste, já que Moisés foi criado pela filha do Faraó Seth I, é Ramsés II.

A outra evidência, e que se encaixa com esta em termos de datas, é a "Estela de Israel", que deve ter ficado esquecida na História e chegou até nossos dias.

          Estas evidências são fundamentais por serem Históricas, mas há outras, menos diretas, menos aparentes, mas que demonstravam o desejo de Satanás de engrandecer o Egito o mais possível, porque sabia que poderia haver um confronto.
           Embora os meninos tenham sido mortos.... será que justo aquele escapou? Não se via mais rastro dele em canto algum, mas era bom "pecar pelo excesso". Repare, então, que o Egito na época de Ramsés II, cria cada vez mais o esplendor, a glória e a magnificência que se pressupõe que o Reino mais Poderoso da Terra tivesse.
          Realmente Ramsés II fez do Egito, naquela época, algo grandioso. Isso não apenas politicamente falando, mas pelo programa de construções sem precedentes, cuja finalidade era exaltar a figura do Rei e a Realeza.
          A arte no período de Ramsés II era colossal; tudo tinha que ser enorme e espetacular. Nenhum outro Faraó construiu tanto quanto ele. Tudo tinha que surpreender e ser repleto de ornamentos e significados. Os Templos encomendados por Ramsés apresentavam efeitos visuais e perspectivas estranhas, modernas, diferentes. Quem visita a Sala Hipostila no Templo de Amon-Rá, em Karnak, sente-se como um inseto numa floresta de rocha.
           O Ramesseum é completamente surpreendente pela variação contínua das estruturas, num jogo arquitetônico cuja única regra  é evitar a repetição e a simetria. O monumento mais característico do período é o seu Grande Templo, em Abu-Simbel. Sua característica mais impressionante não é visível de imediato ao espectador. O Templo é baseado em um plano "telescópico" típico, com uma série de corredores decrescentes e muitos Templos ao ar livre. Ainda assim, este relicário foi desenvolvido na verdade dentro da encosta de uma montanha. Esta forma de interiorização quase esconde a mensagem transmitida como um todo pela estrutura. Não é pura obra do acaso!
          Raciocine um pouco - quando Moisés fugiu do Egito, depois de matar um Egípcio por causa de um Judeu, não foi difícil ao Reino Espiritual finalmente perceber que ele era ele ! O Selado de Deus que durante 40 anos usufruiu o Egito e de seus conhecimentos sem ter sido notado!!! Mas o Selado tinha fugido, tinha sido demais para ele, estava confuso demais. Não voltaria. Morreria no deserto. Desapareceria do mapa! Mais um motivo porque não nos causa admiração que o período de reinado de Ramsés II tenha sido marcado por tornar o Egito uma Nação ainda mais invejável, com suas fronteiras muito bem posicionadas e grandiosidade por todos os lados. Se aquele indivíduo voltasse... teria muito o que enfrentar!
           Como já dissemos, por mais que a Babilônia tenha sido um lugar mundano, não se fala ali numa guerra de Poderes como a que seria travada no Egito. Embora os Imperadores Romanos tenham sido instrumentos de Satanás na perseguição do Povo de Deus, não houve ali, em momento algum, tamanha manifestação do sobrenatural do Inferno quanto no confronto do Egito. Os Romanos se destacam pela sua maldade no âmbito humano, natural... mas não na Magia. Claro que eram instigados pelo Inferno, eram instrumentos do Maligno... mas não tinham a famosa "aliança"; não eram filhos do Fogo e portanto a eles não foi dado o conhecimento da Alta Magia que os Egípcios receberam.
          Quando Moisés retornou — justamente quem! — o confronto não foi pequeno, mostrando a dureza do Faraó (mais do que convencido da sua supremacia) e o poderio dos Bruxos do Egito. Nove Principados e o próprio Lucifér teriam de ser derrotados durante o terrível confronto. Em nenhum outro local da Bíblia é narrado tão grande guerra entre os Poderes Espirituais!
          Sabendo que, teologicamente, a figura do Faraó personifica Satanás, não é de causar espanto que ele "deitou e rolou". Não somente no momento do confronto em si, mas desde antes. Usando de uma mesma família, exatamente como aconteceu com a família de Queóps, Lucifér usou Ramsés I para extirpar os descendentes homens dos Hebreus, e depois usou Seth I e Ramsés II para piorar a vida dos escravos, especialmente Ramsés II, no momento do confronto.
          Assim, os Israelitas estavam ali, prisioneiros de uma Poderosa Nação. A perda de controle momentâneo vivida no tempo de José estava mais do que recuperada.
          Não deixa de ser o que a Irmandade faz hoje com as Igrejas. Podem crescer, desde que não incomodem, sejam inoperantes. Como escravos, os Judeus eram totalmente inoperantes. O Diabo não conseguiu impedir a formação daquele Povo, mas podia impedir que eles atrapalhassem. Ele tinha um Povo mais forte para contê-los! A estratégia não mudou muito... as Igrejas podem existir, podem até ser grandes, bem grandes... mas estando quietinhas, submissas... sem verem a realidade, sem conhecerem realmente o Deus a quem pensam servir.... tudo bem!
          Quando Moisés confrontou os Poderes das Trevas, já haviam abertas 10 Janelas Dimensionais, um número sugestivo que faz alusão ao próprio Governo do final dos Tempos. Satanás estava preparado e terminantemente disposto a não ceder, deixando o Povo ir. Somente no Egito houve um cenário destes... somente o Egito aprisionou como escravos o Povo de Deus por 400 anos... somente o Egito foi o causador de tamanho infanticídio, momento no qual Moisés é lançado no rio, dentro do cesto. Ramsés II, da mesma forma, era o sujeito ideal naquele instante; afinal tinha sido forjado para tal, preparado ao longo da sua história.
          Como seu pai, Seth, segundo os Egípcios encarnação deste deus, que era uma personificação de um ser maligno, Ramsés II também foi consagrado para tornar-se um filho do Fogo. Seth, mesmo sendo personificação do Mal... uma vez aliançado com o Mal, uma vez que o Mal estava ao lado dele... como escudo, como protetor... então ele já não é mau, mas bom (é como andar com um Pit Bull na rua, um cão tido pela maioria como cruel; mas, como ele está ao seu lado, então... ele o defende!).
          Por isso, Seth não era considerado um Faraó ruim, ao contrário.
          Quanto ao seu filho Ramsés, que somente conheceu o pai aos 14 anos, segundo o protocolo Faraônico, contra todos os princípios da Hierarquia, herdou o Trono no lugar de seu irmão mais velho. Ele foi o escolhido dos Demônios!
          Certamente eram enormes o seu orgulho e altivez, o típico homem que não receberia ordens de ninguém, muito menos depois de tudo o que realizou no Egito, dos constantes Rituais Secretos dos quais participou... e participava periodicamente. Sabendo-se encarnação do deus mais poderoso - no seu entender -, fosse o nome que fosse o desse pretenso deus, a verdade é que a aliança de Ramsés, ao longo dos anos e do seu mergulho mais e mais profundo no Abismo, era com o próprio Lucifér. Nem poderia ser diferente, num momento crítico como este.
           Perceba também o poder dos Sacerdotes, os Magos e Feiticeiros do Faraó, que fizeram grandes proezas também; não se tratava de uma Magia qualquer, Magia esta que não é descrita na Bíblia com tantos detalhes em nenhum momento. Enquanto Moisés, pelo Poder de Deus, não derrotou todos os
Principados, uma a um... o Povo não pôde sair.
          Antes de enfrentar o próprio Satanás, na noite da morte dos Primogênitos, cada um dos Batedores Demoníacos, os quatro Grandes Príncipes e mais cinco poderosos Principados já tinham sido postos de escanteio. Quando os primogênitos morreram, inclusive o do Faraó - encarado como personificação de "deus" - era como se o Senhor estivesse dizendo a ele, e ao Diabo: "Você se julga deus... mas não pode dar Vida!"
          Nem mesmo quando Israel, já como Nação e conquistando outros povos, era orientado por Deus a NÃO ADERIR aos seus deuses, não há confronto igual pois nenhum daqueles Povos tinha o porte do Egito, pois Satanás não tinha apostado neles, mas no Egito.....
          A verdade é uma só: se o Povo escapasse dali... já era! Seria muito, muito mais difícil contê-lo depois. Mas, quem conhece a História de Israel, sabe quantas vitórias Satanás teve sobre ele; contaminou o coração dos príncipes, que ao darem com os filhos de Anaque em Jericó, perderam a bênção da Terra Prometida. Quarenta anos se passaram até que todos perecessem no deserto. Deus quase os destruiu, pois estavam a adorar o bezerro de ouro, como tinham aprendido a fazer, no Egito; não fosse a intercessão de Moisés...
            Mais tarde, os Reis foram contaminados, houve muitos governantes de Israel que fizeram, mal, muito mal diante de Deus, levando o Povo a pecar, adorar os Demônios novamente. Mataram os verdadeiros Profetas do Senhor, foram de dura cerviz, desobedientes. Finalmente, o Reino foi dividido; e a casa dividida não prevalece. Israel e Judá passaram pelos Exílios. Israel nunca mais retornou, sua linhagem perdeu-se para sempre. Os exilados de Judá reconstruíram o Templo, mas este já não tinha a mesma Glória do templo Salomão. Mais tarde, dominados pelo Império Romano, recusaram o Messias....
          Não é pequeno o Poder do Inimigo. Naquele tempo, no Egito, somente um Homem recebeu o Poder de Deus para enfrentar tamanha Batalha: Moisés, predestinado para ser o Libertador de seu Povo. A derrota dos Egípcios e de Satanás só aconteceu porque Moisés era a pessoas certa, que foi no tempo certo, e fez a coisa certa. Nosso relato, de maneira alguma, pretende ser um discurso triunfalista!
          Vamos ver um pouquinho mais sobre os Egípcios, só um pouquinho. Embora o autor a quem pedimos uma ajudazinha não tenha tido nenhuma intenção em falar do Diabo, selecionamos um trecho relativamente pequeno (diante de um conjunto de 5 livros inteiros) para que você entenda melhor tudo o que explicamos até aqui. Leia os trechos com atenção:

1. O Segredo Destinado Às Altas Hierarquias Sacerdotais E Alguns Faraós

          "Naquele décimo ano de reinado, Seth decidira levar Ramsés a dar um passeio decisivo; embora tivesse apenas 18 anos, o regente seria incapaz de reinar enquanto não tivesse sido iniciado nos mistérios de Osíris. O Faraó teria preferido ver o filho amadurecer mais, mas o destino talvez não lhe concedesse muito tempo. Assim, apesar dos perigos que encerrava essa iniciativa para o equilíbrio do jovem Ramsés, Seth decidira levá-lo a Abido.
          Ele, Seth, o homem do deus Seth, o assassino do seu irmão Osíris, construíra para este último um Templo imenso, o maior dos Santuários Egípcios. Assumindo pelo seu nome uma terrível força de destruição, o Faraó transformava-a em força de ressurreição. (...)
          Caminhando atrás do pai, Ramsés transpôs a porta monumental do primeiro pilão; dois Sacerdotes purificaram-lhe as mãos e os pés numa bacia de pedra. Depois de ter passado diante de um poço, descobriu a fachada do Templo coberto. Em frente a cada estátua do deus Osíris havia ramos de flores e cestos cheios de víveres.
          - Eis a região da luz - revelou Seth.
          As portas de Cedro do Líbano, recobertas de uma liga natural de prata e ouro, pareciam impossíveis de abrir.
          — Deseja ir mais longe? Ramsés aquiesceu.
          As portas entreabriram-se.
          Um Sacerdote com veste branca, crânio raspado, obrigou Ramsés a curvar-se.  Logo que avançou sobre o solo de prata, sentiu-se transportado para um mundo diferente onde imperava o odor de incenso. (...). Seth (...) conduziu o filho pelo corredor dos antepassados. Ali estavam gravados o nome dos Faraós que tinham reinado no Egito (...).
          - Estão mortos — disse Seth — mas o seu ka permanece; será ele que alimentará o seu pensamento e guiará a sua ação. Enquanto existir céu, esse Templo existirá; aqui, se comunicará com os deuses e conhecerá seus segredos. (...).
          Seth e Ramsés saíram do Templo e dirigiram-se para uma colina plantada com árvores.
          - O túmulo de Osíris; poucos seres o contemplam. Desceram para uma entrada subterrânea, assinalada por uma série de degraus, e percorreram um corredor abobadado ao longo de uma centena de metros, com as paredes cobertas com escritos que revelavam os nomes das Portas do Outro Mundo. Uma curva em ângulo reto, para a esquerda, conduzia a um Monumento extraordinário: dez pilares maciços erguidos sobre uma espécie de ilha rodeada de água e sustentando o teto de um Santuário.
          - Osíris ressuscita todos os anos nesse Sarcófago Gigantesco, quando da celebração dos seus Mistérios; é idêntico à primeira saliência que brotou do oceano de energia quando o UM se tornou DOIS e criou milhares de formas sem deixar de ser UM. (...). Que o seu espírito mergulhe nele, franqueie as fronteiras do visível e beba a sua força naquilo que não tem começo nem fim.
            Na noite seguinte, Ramsés foi iniciado nos Mistérios de Osíris. Bebeu água fresca proveniente do oceano invisível e comeu trigo nascido do corpo de Osíris ressuscitado; depois, foi vestido de linho fino antes de entrar na procissão dos fiéis do deus, guiada por um Sacerdote com máscara de chacal (...)
          Travou-se uma luta ritual, ritmada por uma música angustiante. (...). Na colina sagrada, começaram uma sessão fúnebre na qual participavam as sacerdotisas, entre as quais a Rainha, sua mãe, que encarnava Ísis (...).
          Ramsés conservaria no coração cada uma das palavras pronunciadas durante aquela noite fora do tempo; não era a sua mãe que oficiava, mas uma deusa.
          A Iniciação transportou o espírito de Ramsés ao coração dos Mistérios da ressurreição; por diversas vezes vacilou, julgou perder todo o contato com o mundo dos homens e dissolver-se no Além. Mas saiu vencedor daquele estranho combate e seu corpo permaneceu ligado à sua alma".
·    Não há muito o que dizer, está claro. O Ritual secreto de Iniciação tinha que acontecer para que o jovem sucessor do Trono abrisse Portais e recebesse em si mesmo a conexão com os Demônios de Alta Patente.

2. O Conhecimento Profundo Do Templo E Seu Trabalho Contínuo

          As Visitações Demoníacas Se Fazem Presentes Sutilmente Nas Entrelinhas, Enquanto Ramsés Permanece Ali.
          "Ramsés passou várias semanas em Abido; meditou perto do lago sagrado, rodeado de árvores imensas. Ali navegava, à mercê dos mistérios, a barca de Osíris que fora construída pela luz e não por mão humana. (...) Para ele foi aberto o tesouro do Templo (...). Todos os homens que trabalhassem para o Templo deviam conhecer o seu dever e nunca se afastar dele; era por isso que todas as pessoas empregadas no domínio de Abido seriam protegidas dos abusos de poder, das tarefas pesadas e do recrutamento. (...). Os bens de Abido eram inalienáveis. Todos (os trabalhadores) ali viviam em paz, sob a dupla proteção do Faraó e de Osíris. A fim de que ninguém o ignorasse, Seth mandara gravar o seu decreto até o coração da Núbia (...). Quem quer que fosse que pretendesse modificar as regras do Templo ou deslocar um dos seus servidores contra sua vontade receberia duzentas pancadas com um pau e teria o nariz ou as orelhas cortadas.
          "Participando da vida cotidiana do Templo, Ramsés constatou que o sagrado e o econômico não estavam separados, mesmo que fossem nitidamente distintos um do outro. Quando o Faraó se comunicava com a presença divina no santo dos santos, o mundo material deixava de existir, mas fora necessário o gênio dos arquitetos e dos escultores para construírem o Santuário e tornarem as suas pedras falantes. (...) Local da energia espiritual, Vaso de Pedra cuja imobilidade era apenas aparente, o Templo purificava, transformava e sacralizava. Coração da Sociedade Egípcia, vivia do amor que ligava a divindade ao Faraó, e fazia com que os homens vivessem por intermédio desse amor."
          • Permanecendo ali, os Demônios consolidavam seu poder no jovem sucessor de Seth, por meio de mais Rituais, e experiências fortes na presença dos Principados.

3. O Lugar Onde Foram Abertos Os Portais Dimensionais

          "Seth iniciou seu 11° ano de reinado fazendo uma oferenda à Esfinge de Gizeh, o Guardião do Planalto sobre o qual tinham sido construídas as Pirâmides dos Faraós Queóps, Quéfren e Miquerinos. Graças à sua vigilância, nenhum profano podia penetrar essa área sagrada, fonte de energia de todo o País. (...).
          O local impressionou Ramsés; a força que dele se desprendia penetrava em cada fibra do seu ser. Depois da intimidade e do recolhimento de Abido, Gizeh era a mais espantosa afirmação da presença do ka, dessa força invisível presente por todo lado (...). Aqui, tudo permanecia imutável; as Pirâmides gastariam o tempo".
·    Você logo entenderá porque havia uma sensação tão forte de Poder emanando de Gizeh. Aguarde o estudo dos Portais Dimensionais.

4. As Obrigações Permanentes Para Com As Entidades - Principados

          "- Não penetrei em todos os Mistérios de Abido, mas este longo retiro ensinou-me que o mistério se encontrava no coração da Vida - (disse Ramsés).
          - Regresse lá com freqüência e vele por aquele Templo. A celebração dos Mistérios de Osíris é uma das chaves essenciais para o equilíbrio do País — (respondeu Seth)".
·     Está claro que haveria uma periodicidade nos Rituais. A entrega já estava feita, Ramsés seria Faraó; e Lucifér saberia cobrar muito bem, e inundá-lo mais e mais nas profundezas do Inferno.

5. As Mudanças Comportamentais Geradas Pelos Ritos De Abertura De Portais E A Presença Constante Das Entidades      

          Por Trás Da Figura Humana, O Futuro Faraó - Principados E Potestades Reinariam Sobre O Egito
          "(...) Quando Ramsés avançou na sua direção, ela sentiu-se subjugada. Ramsés tinha mudado, tinha mudado muito; já não era apenas o adolescente apaixonado por quem ela estava enamorada, mas também um autêntico regente, cuja função tornava-se cada vez mais evidente. A jovem teve a sensação de se encontrar diante de alguém que não conhecia e sobre quem não exercia qualquer poder. Sua raiva dissipou-se, dando lugar a um receio respeitoso(...)
          - Abido e o touro selvagem revelaram minha verdadeira natureza; na verdade não sou um homem como os outros (...). Meu pai colocou-me sobre os ombros uma carga que talvez me esmague, mas aceito o desafio".
·    Dispensa comentários. Claro que as mudanças físicas, emocionais, mentais e espirituais de Ramsés tinham mudado e mudariam muito mais, até torná-lo naquele Monarca que confrontaria Moisés.

6.  Mais Segredos Do Egito - As Revelações Do Inferno

          "A Casa da Vida de Heliópolis era a mais antiga do Egito; ali eram conservados os livros que encerravam os Mistérios do Céu e da Terra, os Rituais Secretos, os Mapas do Céu, os Anais Reais, as Profecias, os Textos Mitológicos, as Obras de Medicina e de Cirurgia, os Tratados de Matemática e de Geometria, as Chaves de Interpretação dos Sonhos, os Dicionários de Hieróglifos, os Manuais de Arquitetura, Escultura e Pintura, os Inventários de Objetos Rituais que os Templos deviam possuir, os calendários das Festas, as recolhas de Fórmulas Mágicas, as Sabedorias redigidas pelos Antigos e os textos de "Transformação em Luz", permitindo viajar para o outro Mundo.
          - Para um Faraó - declarou Seth - não há lugar mais importante. Quando as dúvidas o assaltarem, venha aqui e consulte os arquivos. A Casa da Vida é o passado, o presente e o futuro do Egito; procure os seus ensinamentos e verá, como eu vi".
          • Também dispensa comentários: é uma súmula de tudo o que dissemos, só que escrito por um Historiador e Egiptólogo.

7.  A Verdadeira Condição Do Ser Humano Que Serve A Lucifér

          Poder... Sim... E Nada Mais. Uma Ilusão....
          "- Não terei nenhum aliado? (Indagou Ramsés).
          - Não confie em ninguém; não terá irmão, nem irmã. Será aquele a quem muito ajudou que o trairá, será o pobre que enriqueceu que o ferirá pelas costas, será aquele a quem estendeu a mão que fomentará rebelião contra você. Desconfie dos seus subordinados e dos que lhe são próximos, não conte com ninguém a não ser com você mesmo. No dia da desgraça, ninguém o ajudará. (...) Desde o tempo dos deuses, o Egito é a filha única da Luz e o filho do Egito está sentado num Trono da Luz. (...). (Respondeu Seth).     
          - Não estou ainda pronto.
          - Nunca ninguém está; quando o seu antepassado, o primeiro Ramsés, abandonou esta terra para voar em direção ao sol, eu estava tão angustiado e perdido como você pode estar hoje. Quem deseja reinar é um insensato ou um incapaz; apenas a mão do Criador, Rá, se apodera de um homem para fazer dele um ser de sacrifício. Como Faraó será o primeiro servidor de seu Povo, um servidor que nunca mais terá o direito ao repouso e às alegrias serenas dos outros homens. Estará só, desesperadamente só como alguém que esteja perdido, mas como o capitão do Navio que deve escolher a rota procurando compreender a verdade das forças misteriosas que o rodeiam. Ame o Egito mais do que a você mesmo e o caminho se abrirá." .

          Celtas
          Como já dissemos, a revelação do Mal é progressiva.
          Parte dos Ritos Celtas, praticados pelos Druidas, vieram como aperfeiçoamento do próprio Egito; isto é, a eles foi ensinado o que os Egípcios sabiam, e algo mais. O período "áureo", por assim dizer, dos Sacerdotes Druídicos, aconteceu antes da Idade Média.
          Os Egípcios já tinham conhecimento e faziam uso da Licantropia, da consagração de pessoas a Entidades, da materialização demoníaca, dos Espíritos Territoriais, dos conhecimentos de Numerologia, Astrologia, Astronomia, Poções Mágicas, da abertura de Portais e Janelas Dimensionais. (Aguarde! Logo falaremos sobre as Janelas, sei que você já deve estar cansado de esperar!) etc... etc...
          Mas tudo isso foi sendo ampliado. Especialmente as Poções foram ampliadas. Elas têm a finalidade de baixar o estado de consciência (lembram-se do veneno das cobras, das ervas?); quando se está plenamente lúcido, muito do consciente humano bloqueia as experiências que os Demônios podem produzir.
          O estado de alerta põe em evidência os nossos cinco sentidos; porém, quando eles são postos num estado mais torporoso, entra em vigor o sexto sentido. Perceba que isso já vai fazendo parte da Filosofia Satânica Moderna.
          Esse "sexto sentido" pode ser chamado de várias coisas: Paranormalidade, Terceira Visão, Telepatia. Aí estão os primórdios das "Artes Mágicas" (Leia "Filho do Fogo5"). Claro que não ainda tão aperfeiçoadas, aquilo que a Irmandade viria a chamar verdadeiramente de Artes Mágicas aí começou.
          A Magia ia sendo aperfeiçoada, Lucifér ensinava novos Rituais, outros tipos de  Pactos, Sinalizações Demoníacas das quais os Rituais estão repletos. Assim como o homem estabeleceu uma linguagem de sinais para surdos-mudos, os Rituais também são cheios de sinais, músicas específicas, danças. Na época dos Druidas, isso foi mais ampliado do que no Egito, embora as Sacerdotisas Egípcias sejam famosas pelas danças sensuais e o corpo extremamente flexível.

5 . Textos extraídos do livro "Ramsés — o Filho da Luz" - Christian Jacq)

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