“OS
DIÁCONOS CONFORME A BÍBLIA”
1.
Introdução:
Atos 6:1-7. Definição da palavra DIÁCONO – Originalmente, esta palavra
significa SERVO. “Escolhido para servir”.
1º -
porque o exemplo de Jesus Cristo, que não veio para ser servido, mas para
servir e dar a SUA vida em resgate de muitos. Mateus 20:28.
2º -
porque com o crescimento maravilhoso da Igreja Primitiva, o próprio ESPÍRITO
SANTO levou os apóstolos sentirem a necessidade de que fosse separado um grupo
de valorosos oficiais, constituindo-os sobre tão “IMPORTANTE NEGÓCIO”. V. 3. O
privilégio sublime e que enobrece altamente a qualquer diácono. O fato de
servir e servir BEM à causa de Cristo, a ela proporcionando muito progresso
espiritual. V. 7. Distintamente, os diáconos são escolhidos para servirem em
três áreas, que são:
1)
Servir a Cristo
2)
Servir à Igreja
3)
Servir ajudando no desempenho do MINISTÉRIO
pastoral (naquela época apostólico)
1.1– Há
quem dica não haver mais necessidade de diáconos nas igrejas alegando o
seguinte:
a) A
diferença do mundo atual, em confronto aos dias primitivos da Igreja Cristã;
b) A má
interpretação do ofício do diácono;
c) Os
choques ocorridos entre pastores e diáconos;
d) Visto
que há hoje tantos outros oficiais na Igreja.
Todos estes argumentos tem
certa razão de ser. Entretanto, nenhum deles justifica a eliminação do
diaconato, cujo princípio, fundamenta-se nas Escrituras Sagradas. Caem por
terra estes argumentos, quanto aplicamos a lógica que um erro não justifica
outro erro, mas sim, o reparo a estes erros... a verdade é que as igrejas
sempre precisaram, precisam e ainda precisarão dos diáconos não obstante as
épocas e circunstancias diferentes mas, o Novo Testamento que norteia as igrejas
é e será o mesmo.
2.
PARA
QUE OS DIÁCONOS NAS IGREJAS? – Partindo do princípio de
que o Novo Testamento é a nossa regra de conduta, fé e prática, não podemos
excluir o diácono das nossas igrejas, sendo ele o 2º grupo de oficiais
essencialmente Bíblicos, organizando à luz do ESPÍRITO SANTO. Eis algumas
razões claras respondendo para que os diáconos nas igrejas:
2.1 –
DEIXAR DEMBARAÇADOS OS MINISTROS – Ninguém na Igreja deverá estar mais
interessado em ver o pastor desembaraçado para o desempenho do MINISTÉRIO do
que o diácono. Devem os diáconos oferecer ao pastor uma condição desempedida
para dedicar-se à ORAÇÃO e pregação da PALAVRA de Deus. Atos 6:3-4.
2.2 –
APLACAR MURMURAÇÕES E PROMOVER A PAZ NAS IGREJAS – No caso de Atos 6, estava
havendo clamores e murmurações a respeito das viúvas e necessitados contra os
apóstolos, amotinando o trabalho da Igreja. Foi aí então que entrara os
diáconos para jogarem a água da paz e apagar o fogo já fumegando pelas
murmurações. Que abençoado trabalho feito pelos diáconos!!!
2.3 - TESTEMUNHANDO
FIRMEMENTE AJUDANDO A IGREJA CRESCER – Enquanto os diáconos procuravam suprir
as atuais necessidades, os apóstolos oravam e pregavam com autoridade DIVINA e
a Palavra de Deus crescia, e em Jerusalém multiplicavam muito o número dos
discípulos e grande parte dos sacerdotes obedecia a fé. V. 7.
2.4 - PARA
REFORÇAR A LIDERENÇA – Ai dos apóstolos se não fora aqueles homens de Deus
entrosados em meio ao grande grupo dos salvos, ajudando coordenar as coisas nos
seus devidos lugares!!! Ainda em nossos dias, pastores inteligentes e
abençoados, hão de serem gratos a Deus pelos diáconos dedicados ao Senhor, que,
introduzidos à Diretoria da Igreja, reforçam o EDIFICIO ESPIRITUAL, para que suas paredes
seja levantadas no PRUMO e com a máxima resistência.
3.
QUALIDADE
ESSENCIAIS PARA INGRESSAR-SE NO DIACONATO – É bom que se diga que as boas qualificações
exigidas de um diácono, são em geral, requeridas de todos os demais crentes, e
especialmente do pastor.
O diácono não é um homem cem
por cento, mas luta para melhorar. Não é um crente perfeito, mas batalha em
busca da perfeição – não é um modelo por excelência, mas está sempre olhando
para Jesus – é aquele que por si mesmo, às vezes não se acha digno para o
diaconato, entretanto a Igreja o escolhe levando em contas as suas excelentes
qualidades, consagração e humildade porque assim aconteceu na escolha dos sete
em Atos 6.1-7.
3.1 UM
CRENTE DE “BOA REPUTAÇÃO” – Homem, cujo nome, merece sempre boa referência –
além de merecer a confiança dos irmãos de fé, os incrédulos também não tem o
que acusar-lhe de pecado e difamação, pois a sua vida é equilibrada social e
espiritualmente.
3.2 UM
CRENTE “CHEIO DO ESPÍRITO SANTO E DE SABEDORIA” – Um vaso cheio do que é bom,
só vai transmitir bondade – uma vida cheia de Sabedoria DIVINA, sempre há de
ser um reflexo do CÉU – uma vida cheia do Espírito Santo é um crente
inteiramente nas mãos de Deus. Assim precisa ser todo aquele que é chamado para
integra-se no diaconato. (Ler no Livro O DIÁCONO NA BÍBLIA, PÁG. 31) O que é um
crente cheio de sabedoria? É aquele, do qual, Jesus Cristo apossou-se de toda a
sua vida. I Cor. 1.24. “Lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de
Deus.”
3.3 UM
CRENTE “CHEIO DE FÉ” – Quem descobre que o crente tem uma vida de fé? Os olhos
daqueles que o cercam. Não foram os SETE quem disseram: Temos fé para sermos
escolhidos. Não, mas foi a Igreja que descobriu neles, tais características. É
bem possível que eles mesmos nem sequer pensassem em ser escolhidos. Estando
eles cheios de ESPÍRITO SANTO, de SABEDORIA e de FÉ, conclui-se que estavam
cheios de poder. (Estevão foi um dos 7 maiores exemplos entre eles – Leita todo
o cap. 7 de Atos.) Todos os salvos precisam estar unidos destas qualidades,
muito especialmente os DIÁCONOS.
3.4 UM
CRENTE DE DISCERNIMENTO EM NEGÓCIOS – É claro que todas as deliberações
administrativas cabem a Igreja decidir ante a cada uma delas. Porém os diáconos
precisam ser inteligentes ajudando a Igreja canalizar os seus negócios e
finanças, com a máxima sabedoria, nunca perdendo de vista o alcance das
prioridades. V. 3
QUALIDADES
APRESENTADAS POR PAULO
3.5 I
Tim. 3. 8-13
a) “não
de língua dobre”
b) “não
dado a muito vinho”
c) “não
cobiçoso de torne ganancia”
d) “guarde
o mistério da fé numa pura consciência”
e) “provado”
f) “irrepreensível”
g) “marido
de uma só esposa e bom governante de sua casa.” ( O Diácono na Bíblia – Pág.
46)
QUE
DEVE PENSAR O CANDIDATO DE SI MESMO?
3.6 Ao
ser escolhido pela Igreja, o candidato ao diaconato deve ter pelo menos quatro
(4) opiniões formadas a respeito de si mesmo. Ei-las:
1. Deve
desejar ser tudo quanto Deus quer que ele seja
2. Deve
estar resolvido a ser o melhor crente possível.
3. Deve
estar insatisfeito como que é no presente
4. Deve
propor subir a escada ESPIRITUAL, buscando sempre crescer na graça de nosso
Senhor Jesus Cristo, desejando sempre no amanhã ser melhor do que foi hoje.
4
– COMO ELEGER E CONSACRAR DIÁCONOS – Faz-se a escolha em
espírito de oração, olhando cuidadosamente entre os membros da Igreja. Aqueles
mostram possuir as qualidades Bíblicas, sendo que mais corretamente devem ser
eleitos diretamente pela Igreja, por votação unânime e bem planejada.
Eleitos os diáconos, uma vez
provado de que eles estão servindo a contento, a Igreja poderá (se quiser)
promover para eles a Ordenação, ou seja, a solenidade da IMPOSIÇÃO DAS MÃOS. O
concílio só deverá ser formado de pastores e diáconos já consagrados. (O
Diácono na Bíblia, pág. 60 – 61)
4.1 A
QUANTIDADE DE DIÁCONOS PARA CADA IGREJA – O número ou quantidade é relativo,
dependendo da quantidade de membros existentes em cada igreja, como também da
sua carga de atividades administrativas e dependendo ainda do número de pessoas
a altura para exercer o ofício diaconal. Não tem necessariamente que ser SETE
na Igreja Primitiva? Talvez por causa do valor simbólico que este número tinha
para o judeu, ou então porque esta quantidade fosse o suficiente para o
momento. Este assunto tem dado polêmica
através dos tempos.
4.2 POR
QUANTO TEMPO DEVE SERVIR O DIÁCONO – O tempo de serviço do diácono é também
variável, conforme o critério da Igreja. Mais comumente os diáconos eleitos em
experiência têm seus mandatos por um ano. Podendo após isto a igreja
reelege-los ou eleger outros. Aqueles que são consagrados, uma vez servindo
satisfatoriamente à Igreja não precisam passar pelo processo de reeleição para
continuar servindo.
Ao pedir carta para outra Igreja, o diácono só será
diácono daquela Igreja se ela quiser incluí-lo no seu diaconato. Do contrário,
ele só será membro daquela igreja.
5 – O DIÁCONO E SUA INFLUÊNCIA NA IGREJA – É inegável que todo o
diácono exerça certa parcela de influência na sua igreja. Daí, a necessidade de
ter uma vida de muita oração, para que o inimigo não venha usar esta influência
para rumos errados, mas sim, canalizar sempre esta influência à luz do ESPÍRITO
SANTO, mesmo nos momentos e decisões mais complexas.
5.1 SUA INFLUÊNCIA AO LADO
DO SEU PASTOR – Sendo o diácono um oficial participante direto de parte do
MINISTÉRIO confiado por Cristo ao pastor deve, portanto haver uma amizade e
confiança entre ambos de tal forma, que seja incalculável ou imedível. Deve
haver entre si, mútua liberdade para o estudo dos problemas da Igreja. Precisam
ser abertos para reparar confidencialmente os pontos
fracos entre ambos, procurando cada um ajudar e buscando também ser ajudado.
Quanto mais aproximação, camaradagem e humildade de ambos diante de Deus, mais
fácil fica para se resolver qualquer tipo de problema. Um diácono espiritual e
zeloso, que trabalha com um pastor humilde e cheio da graça de Cristo, hão de
fazer do MINISTÉRIO uma bênção no
crescimento da IGREJA.
5.2 SUA INFLUÊNCIA JUNTO AOS
MEMBROS DA IGREJA – Dos membros da Igreja, o diácono deve merecer toda a
confiança, respeito e muita estima, a mando indistintamente a todos, cultivando
um coração cheio de profunda compaixão, inclusive, compadecendo também das
almas perdidas, tudo fazendo para leva-las aos pés de Cristo.
5.3 SUA INFLUÊNCIA ENTRE OS
COLEGAS – O diaconato forma uma irmandade distinta da igreja. Daí, quanto mais
calor espiritual e amizade houver entre o grupo, maior também será a luz de
Cristo a brilhar destas vidas separadas pelo ESPIRITO SANTO para o desempenho
de tão esplêndido Ministério.
5.4 SUA INFLUÊNCIA COMO
COOPERADOR NA IGREJA – O amor que o diácono devota às atividades da Igreja, à boa
ordem dos cultos, o zelo pela beleza do santuário e o cuidado para com o
patrimônio da Igreja, todas estas e tantas outras coisas, devem ser objeto de
preocupação e interesse do diácono, visando o progresso da Igreja de Cristo.
5.5 SUA INFLUÊNCIA AO FALAR
EM FINANÇAS OU DINHEIRO – Se alguma Igreja imprudentemente coloca no seu
diaconato um membro que não é dizimista, ela comete pecado. Como, um homem
infiel a Deus poderá solicitar fidelidade dos outros? Isto seria hipocrisia e
farisaismos. Ao incentivar aos demais crentes a que sejam fiéis na entrega dos
dízimos, o diácono precisa antes de mais nada acertar a sua fidelidade. Quem
rouba de Deus sempre há de estar levando
doloridas chicotadas. Ao invés de ter as JANELAS DOS CÉUS abertas sobre si.
Cada um de nós deve pensar nisto e não brincar com Deus!!
É muito grande a influência
do diácono na administração da igreja, a este privilégio ele deve retribuir com
a sua fidelidade ao Senhor, com um coração abrasado de pura fé. Um crente
inabalável e um BATISTA convicto na defesa das doutrinas Neotestamentárias,
honrando sempre a CRISTO e a SUA Igreja, da qual, ele faz parte como membro.
O diácono dotado destas
características e princípios sagrados, há de merecer as promessas feitas por
Deus e o reconhecimento de sua Igreja.
6 – O LAR DO DIÁCONO – Voltando ao exemplo dos SETE, vamos ao LAR de
Filipe, Atos 21:8-9. Um excelente LAR para hospedar Paulo em Cesaréia, onde não
só ele, mas também as suas quatro filhas, eram fabulosos evangelistas. Ah, um
LAR assim consagrado, compara-se a um pedaço do CEU aqui na terra!!! Já no meu
curto período de MINISTÉRIO, tenho encontrado não poucos LARES assim, e não de
diáconos, mas também muitos outros crentes.
6.1 O DIÁCONO – UM BOM
GOVERNANTE DO SEU LAR - I Tim. 3:4-5. 12
o equilíbrio do diácono na administração do seu LAR. Caracteriza lhe boa
condição para ajudar na ordeira liderança da sua igreja. Um crente que por
infelicidade tenha um LAR anarquizado nunca deve ser incluído no diaconato,
porque foge aos princípios Escrituristicos acima exposto. Muito embora, todos
os LARES que compõem a Igreja de Cristo, devem ser exemplos de fé nesta
sociedade miseravelmente corrompida pelo diabo.
6.2 E A ESPOSA DO DIÁCONO - Esta, é osso dos seus ossos e carne da sua
carne. É a metade da sua vida, como também é a esposa de qualquer outro servo
de Deus. Agora além de uma batalhadora pela felicidade e prosperidade do LAR, é
também uma colaboradora com seu esposo no desempenho da metade ou mais, do
MINISTÉRIO DE CRISTO entregue à SUA Igreja.
Dela requer-se quatro (4)
qualidades essenciais, que são:
1)
Uma esposa HONESTA – I Tim. 3.11. Oh, como auxilia o diácono, possuir uma esposa
honrada pela Igreja!!! Uma crente louvada pela sua vida e dedicação a Cristo e
SUA Igreja – Uma vida dignificada pelos irmãos – Estimada pelos vizinhos, por
sua dignidade e moral, social acima de tudo espiritual. Uma vida que espelha no
rosto o que sinceramente vem do coração. Isto para com o seu esposo, seus
filhos, sua Igreja e seu Senhor.
2)
Uma esposa NÃO MALDIZENTE – Esta palavra é
terrivelmente pesada e significa “falso acusador”. E traduzida também do grego
significando “diabo”. A esposa do diácono tem que ser sempre uma santa mulher e
nunca um diabo – Suas palavras devem promover a paz e nunca um incêndio – deve
prudentemente dizer só a verdade e nunca proferir “falsas acusações”. Seu viver
e suas palavras devem refletir a luz do Espirito Santo.
3)
Uma esposa SÓBRIA – Isto significa ser
“temperada”. Significa também “ponderada”, ou ainda “não precipitada”. É aquela
mulher que nunca age brusca ou impensadamente. Merece toda a confiança do seu
esposo e nele também confia como convém as santas mulheres, nunca ciumando dele
o precioso tempo empregado na obra do Senhor Jesus Cristo. (O Diácono na
Bíblia, pág. 163)
4)
Uma esposa FIEL EM TUDO – Ser fiel. É ser o
que é, e não o que parece ser. É de uma esposa assim que cada crente precisa, e
muito especialmente o diácono. Mulher virtuosa, cujo caráter, é intocável.
7 – PODE SER ELEITO DIÁCONO SOLTEIRO? – Não
há qualquer proibição neste caso particular. Diz-se claramente, que, se o
diácono é casado, que tenha uma única esposa. Entretanto, caso alguém solteiro
seja indicado para o diaconato, deverá fazer certas considerações:
1)
A seriedade de tal responsabilidade. Teria
ele disponibilidade de tempo para SERVIR?
2)
Ao casar-se futuramente, não seria
prejudicado por uma esposa incompreensiva? Pois a esposa do diácono,
automaticamente deve ser uma diaconisa.
7.1 – E ESPOSA DE OUTRA DENOMINAÇÃO? É outro caso extra,
sem proibição, mas por demais complexo. Caso desta natureza deverá ser
analisado à luz da realidade. O que é difícil de se conciliar, é um crente que
tenha uma esposa incrédula vir a ingressar-se no diaconato.
8
– CONCLUINDO – Quanto deve ganhar um diácono pelo seu serviço?
“Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e
muita confiança na fé que há em Cristo Jesus”, I Tim. 3.13. “Bem está servo bom
e fiel, sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do
teu Senhor.” Mat. 25:21. “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e
constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho
não é vão no Senhor.” I Cor. 15.58
Assim como Moisés,
aconselhado por seu sogro Jetro, precisou de auxiliares para distribuir tarefas
Ex. 18:13-27; do mesmo modo que Elias dependeu de Eliseu no seu ministério I
Reis 19:21 e Eliseu precisou de Geazi, muito embora, um companheiro infiel que
veio pagar o preço de sua avareza II Reis 5:26-27 – Assim o MINISTÉRIO de
Cristo sempre precisará de contar com estes incansáveis homens de Deus chamados
diáconos, para a realização da sua grande obra. O valor destes homens para a
Causa do Mestre, só a eternidade poderá registrar lá na glória de Deus Pai.
Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário